O MARICAL
Arte em evidência!
sexta-feira, 28 de março de 2025
SERTANIAS E TAIPAS
LIVROS SOBRE A HISTORIA DA ARTE NO BRASIL
Venho sugerir alguns títulos literários referentes ao ensino de arte no Brasil, segue a lista:
15 filmes potiguares para assistir online
por Diana Coelho
Coletivo Foque
Embora listas sempre me pareçam insuficientes, compreendo que também servem para visibilizar produções que, muitas vezes, permanecem desconhecidas pela maior parte da população norte rio-grandense.
Assim, decidi reunir 15 curtas e médias metragens potiguares lançados na última década que estão disponíveis online, e ainda 3 webséries. Há inúmeras obras que poderia indicar, mas muitas ainda não estão disponíveis na rede.
Obviamente, trata-se aqui de uma listagem pessoal. Incentivo vocês a deixarem outras indicações nos comentários ou compartilharem suas próprias relações.
1. A Parteira (2019), de Catarina Doolan Fernandes
A Parteira é um documentário protagonizado por Ana Maria Valcácio, mais conhecida como Donana, parteira tradicional de São Gonçalo do Amarante. Com sua sabedoria e espontaneidade, Donana tem cativado o público e a obra tem emplacado inúmeras premiações.
https://www.youtube.com/watch?v=I8Q7skbRjco&feature=emb_logo
2. Verde Limão (2018), de Henrique Arruda
Desde seu filme de estreia, “Ainda Não Lhe Fiz Uma Canção de Amor” (2015), Henrique Arruda tem produzido curtas-metragens interessantíssimos, em sua maioria com personagens LGBT. Em “Verde Limão”, uma veterana Drag Queen, prestes a entrar no palco pela última vez, revisita todas as cicatrizes que formam o seu carnaval.
3. Nada Foi em Vão (2018), de Sihan Félix
O documentário tem como protagonistas os cativantes pais do realizador, que descreve o filme como uma fábula sobre o maior sentimento que pode unir duas pessoas.
4. Vida Vaza (2016), de Carito Cavalcanti
Carito é um dos realizadores mais profícuos que conheço, então é difícil destacar apenas uma de suas obras. Em “Vida Vaza”, ele reúne artistas que refletem as dores da sociedade contemporânea, com participação especial da historiadora Leilane Assunção. Seus filmes estão disponíveis no canal da Praieira Filmes.
(Recomendo ainda “Noturnos” (2012), dele e de Joca Soares!)
5. Pedro (2015), de Pedro Borges
Narrado em primeira pessoa, o documentário é protagonizado por Pedro, homem trans que reflete sobre sua história e percepções acerca de si.
https://vimeo.com/149174832
6. Se Essa Rua, Se Essa Rua (2015), de Paula Vanina Cencig
Além de participar como atriz e diretora de arte de produções locais, Paula Vanina é também animadora. Em “Se Essa Rua Se Essa Rua”, a realizadora aborda de maneira poética questões relacionadas a mobilidade urbana.
7. O Menino e a Caixa Misteriosa (2015), de Leonardo Maximiliano e Andrieli Torres
Uma das produções do Nós do Audiovisual, coletivo audiovisual de São Miguel do Gostoso (RN). Neste filme, a chegada de uma caixa misteriosa atrai a atenção de Luiz e de todos da vizinhança.
https://www.youtube.com/watch?list=PLE_Jkb-AEBVhu9wOmzaHpmn3b2KEW21AU&v=xnamhqIDLMI&feature=emb_logo
8. RapPresenta (2015), de Wallace Yuri e Luara Schamó
Documentário produzido durante o Festival Rap presenta, que reúne Mc’s e bandas dialogam sobre desafios, conquistas e expectativas dentro da cena do Hip Hop Potiguar.
9. Ubuntu — A África em Natal (2015), de Herison Pedro
“Ubuntu: a África em Natal” narra a trajetória de estudantes africanos que buscam qualificação profissional e melhor qualidade no ensino superior.
10. Sêo Inácio ou o Cinema do Imaginário (2014), de Hélio Ronyvon
Curta-metragem bastante conhecido e premiado, o documentário conta um pouco da vida do cinéfilo potiguar Inácio Magalhães de Sena, que já assistiu a mais de 20 mil filmes e alia sua sabedoria a uma vivacidade intensa.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=8&v=2k0hiiaqH-8&feature=emb_logo
11. Sailor (2014), de Victor Ciriaco
Pedro está diante de uma relação nunca vivenciada. Johnny veio de longe e segue o ciclo de sua vida. “Sailor” é o primeiro curta de ficção de Victor Ciriaco, que também assina “Abraço de Maré” (2013) e “No Fim de Tudo” (2016), este último atualmente licenciado para o Canal Brasil.
12. O (Impreciso) Mar que nos Move (2014), de Alexandre Santos, Dênia Cruz, Fernanda Gurgel, Rômulo Sckaff
O documentário traz entrevistas de cineastas independentes deixando o acaso e a metalinguagem moldarem a reflexão sobre as dificuldades em fazer um filme de baixo-orçamento, abordando também o futuro do cinema no mundo. Obra coletiva produzida durante participação no Festival Off Plus Camera 2013, na Cracóvia-Polônia.
(não consegui o link do vídeo!)
13. Janaina Colorida Feito o Céu (2014), de Babi Baracho
Um dia na vida da protagonista que, apesar de não saber seu nome, mantém uma serenidade arrebatadora diante da condição em que se encontra e das situações de risco que se coloca.
14. Três Vezes Maria (2014), de Marcia Lohss
Inicialmente concebida como piloto de uma série, “Três Vezes Maria” é a obra de estreia do Coletivo Caboré Audiovisual. O curta-metragem é protagonizado por Dorinha, Cida e Paloma, que vivem e trabalham num cabaré em Santo Antônio do Salto da Onça.
15. Estrondo (2013), de Ygor Felipe
Estrondo é um documentário que traz depoimentos de moradores de Ponta Negra, narrando acontecimentos que marcaram a história de uma das praias mais populares da cidade de Natal.
Filme bônus
O Menino do Dente de Ouro (2014), de Rodrigo Sena
“O Menino do Dente de Ouro” circulou em diversos festivais de audiovisual e é um dos mais solicitados no acervo da Cinemateca Potiguar. O filme ainda não está disponível online, mas será exibido no dia 28 de abril, às 21h05, no Cine Brasil TV.
Webséries
SEPTO (1ª, 2ª e 3ª temporadas)
Uma das produções potiguares mais conhecidas, SEPTO é uma websérie com temática LGBT que atualmente está em sua terceira temporada. Após conhecer Lua, Jéssica, uma triatleta de carreira promissora passa a repensar os rumos de sua vida. Aproveita para maratonar neste link:
Dalton/Hebe
Produzido pela Casa da Praia Filmes, o título da websérie faz referência ao seriado “Downton Abbey”. Na versão potiguar, Hebe e Dalton trocam seus Tinders para que um ache pro outro o par ideal, gerando uma discussão que os faz pensar sobre vida, família, amizade e romance.
Estações
Produzida pela Buraco Filmes, coletivo atuante em Mossoró (RN), a websérie foca no público jovem, ao abordar os conflitos de universitários em uma Faculdade de Artes, envolvendo questões como sexualidade, drogas, relacionamentos amorosos e familiares. Recomendada para amantes de Sandy & Jr.
Para quem ficou interessado em conhecer mais, recomendo acompanhar o calendário de festivais e eventos de audiovisual que acontecem no Estado, e fazer uma visita a Cinemateca Potiguar, localizada no IFRN Cidade Alta, que tem um acervo de mais de 300 obras potiguares.
quinta-feira, 27 de março de 2025
Alzira mulher, vira filme e entra na galeria de obras cinematográficas do audiovisual potiguar
O cinema potiguar no cenário atual tem expandido suas produções e consequentemente ganhado muita notoriedade no meio artístico no ramo do audiovisual. dentre as inúmeras produções, uma que se apresenta como produção independente de relevância é o filme Alzira Mulher, uma obra cinematográfica que reflete as memorias de Alzira Soriano, a primeira mulher eleita prefeita de toda américa latina. A história tem como objetivo central a presentar uma jovem moça do interior potiguar que recebe influencias políticas, enfrenta uma sociedade machista da década de 20 e se consagra como a primeira prefeita da américa latina.
Alzira é uma jovem moça que reside na fazenda primavera, no pequeno povoado de Jardim de Angicos. Ela sempre recebeu influencias do seu pai, o coronel Miguel Teixeira, que constantemente a incentivava a prosseguir ajudando na sua carreira política, mesmo sabendo que na década de 1920, mulheres não tinham direito a votar muito menos concorrer a cargos eletivos. Mesmo assim, enfrentando o modelo patriarcal, ela consegue suportar alguns conflitos pessoais, sendo reconhecida pela sua postura de liderança, o que desperta na ativista feminista Bertha Lutz e no senador Juvenal Lamartine a incentivarem a moça a concorrer uma vaga à prefeitura de Lajes/RN. Esse ato de empoderamento, contribui para que Alzira quebre o paradigma social, ao se tornar a primeira prefeita eleita democraticamente de toda américa latina.
Alzira Mulher, a trajetória da primeira prefeita é um filme totalmente potiguar, contemplado pela Lei Complementar nº 195/2023 Paulo Gustavo de fomento a cultura/RN, com texto e direção de Fábio Fernandes, direção de arte e fotografia de Everton Fernandez e a coprodução de Vienio Leonardo além da atuação brilhante do grupo Juventude Teatral Lajense.
Elenco:
Ana Beatriz
Maria Isabeli
João Heitor
Fábio Fernandes
Ericlecia Marques
Rubens Adriano
Wallace Mauricio
Natã Pedro
Giovana
Carlos Emanuel
Ingryd Santos
João Helio
Clara Moreira
Marlos
Tacio Lourenço
Sabrina
Thiago Paiva
Alice Palhares
Vienio Leonardo
Staff
Everton Fernandes
Vienio Leonardo
Natã Pedro
Pedro Pegado
Clara Moreira
Washington Potiguar
Narração teaser 03
Rayane Karla
Direção geral
Fabio Fernandes
🎥 STUDIO DOM CIATIVO 📽
quarta-feira, 19 de março de 2025
COR
A ciência que estuda a medida das cores é chamada de calorimetria. Esses estudos são capazes de desenvolver métodos de quantificação da cor e estuda o tom, a saturação e a intensidade que a cor apresenta. Desse modo podemos perceber que o elemento cor pode ser melhor definido a partir dessas qualificações a ela atribuídas. O tom da cor é que faz com que ela seja identificada como azul, verde, amarela por exemplo. A saturação indica se a cor é visível de forma natural ou pigmentada artificialmente e por ultimo, a intensidade caracteriza a força da cor. A arte sobretudo, necessita entender de fato essas qualidades para assim ser utilizadas em seus processos criativos, não somente no campo das artes visuais, mas também nas demais modalidades artísticas como na fotografia, na luz cênica, na luz cinematográfica entre outras.
Desde criança, aprendemos na escola que as cores são divididas em primárias, secundárias, terciárias e neutras. Mas como de fato entender essas subdivisões, visto que na natureza existem milhares de tonalidades de cores, assim como milhares de notas musicais, que são condensadas em sete notas básicas, desse modo notamos que sua divisão resulta em cores de naturezas primarias, secundarias e terciárias da seguinte forma:
As cores primárias são: vermelho, amarelo e azul. Estas são consideradas as primeiras cores, pois não é necessário haver junção de nenhuma outra para que elas sejam concebidas. O vermelho é uma cor quente que mostra vitalidade, geralmente utilizada para simbolizar cenas fortes, impactantes que ligam a paixão. O amarelo por ser uma cor suave e alegre que simboliza a vitalidade e otimismo e o azul é a cor que remete a concentração, geralmente representando coisas calmas, frias e tranquilidade.
As cores secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias. As cores secundárias são: verde, roxo e laranja. O azul misturado com o amarelo origina o verde. O azul misturado com o vermelho origina o roxo, e o vermelho misturado com o amarelo origina o laranja.
Já as cores terciárias resultam da mistura de uma cor primária com uma ou duas cores secundárias. São todas as outras cores, como o marrom, que é a mistura de amarelo ou vermelho com preto.
Entretanto, as cores consideradas neutras são usadas para complementar uma cor desejada, sendo que as cores neutras têm pouco reflexo. Entre as cores neutras podemos citar o branco, o cinza e o marrom. O branco é luz isenta de cor, o preto é a ausência de cor e os tons cinza são a mistura do branco com o preto.
terça-feira, 18 de março de 2025
BELO E GROTESCO
Qualificar algo como bonito ou feio é extremamente complexo. Porém, existem certas características que fazem nosso cérebro, à primeira vista, qualificá-lo como tal.
BELAS ARTES - O QUE É DE FATO BELO?
Dessa modo, a expressão belas-artes se refere às artes plásticas, que de forma didática podem ser as formações expressivas realizadas, nas quais utilizam-se técnicas de produção que manipulam materiais para construir formas e imagens revelando uma concepção estética e poética, processo esse, que surge desde o aparecimento do homem na terra até a evolução da espécie humana.
O conceito de "belas-artes" surgiu no século XVIII junto à ideia de que um certo conjunto de características e manifestações artísticas é superior aos demais. Logo, ao perceber essa definição concreta de que a arte é algo fixo e sem possibilidades de expandir-se no campo além de regras pré-estabelecidas por uma classe de pensadores, não abre-se margem para uma fruição artística ampla. Por esse motivo, até meados do século XIX, os acadêmicos passavam sempre a classificar as formas de arte em basicamente dois tipos, sendo elas:
- as belas-artes
- as artes aplicadas ou artes secundárias
Podemos notar que as belas-artes eram aquelas que, segundo o ponto de vista do período, possuíam a dignidade da nobreza . Sendo mais claro, seriam aquelas que atendiam o gosto de um determinado grupo social, notando assim a limitação da arte no que condiz ser belo, agradável, palatável a quem a consome. Uma vez que as artes aplicadas, devido ao fato de serem praticadas por trabalhadores , pessoas populares, eram desvalorizadas. A pintura , a escultura e o desenho, determinavam o que era uma arte bela ou não.
Sendo assim, retomamos a problemática sobre o que é arte certa ou não, do que é belo ou grotesco, erudito ou popular. o fato é que a arte está a transitar numa esfera bem mais ampla do que meras rotulações, e continua de fato a mostrar sua indefinição no tocante a existência humana.
Texto:
Fábio Fernandes