domingo, 9 de março de 2025

EDUCAÇÃO MUSICAL, COGNIÇÃO DE MUNDO E FÍSICA

 





A educação musical torna o homem mais “profundo” no sentido que Nietzsche dá ao termo: o homem profundo é aquele que ama o conhecimento e foge das futilidades. Profundidade no homem é o contrário de “superficialidade”, com todo o peso semântico que damos a esta última palavra na atualidade.                

Neste sentido, qualquer conhecimento que adquiramos da matéria mesma da música transforma-nos em nosso interior cognitivo, capacita-nos, assim, para uma compreensão refinada do mundo ao nosso redor.

O mundo é repleto de sons. Todo som é um fenômeno físico, é energia pura, e por isso necessita de um meio para se propagar de um ponto do espaço para outro, do emissor para o ouvinte, do instrumento musical para nosso ouvido. Esse meio é sobretudo o ar que respiramos. É pelo ar que caminha o som.


O som não chega ao nosso ouvido sem identidade. Ele apresenta quatro propriedades - ou identidades - fundamentais, a saber: timbre, altura, intensidade e duração. No nosso encontro de hoje falaremos sobre a mais complexa destas propriedades citadas: o TIMBRE.

Quando um imitador está falando com a voz do Sílvio Santos, por exemplo, ele está reproduzindo o “timbre” do Sílvio Santos. Quando ouvimos um som de violão sabemos que não é um violino que está tocando, mesmo que não o possamos ver. É por meio de um som de voz com um timbre conhecido que percebemos que nosso Pai está nos chamando à distância, e não um homem qualquer. É por meio da propriedade do timbre que podemos diferenciar o som da voz do homem do de uma mulher, etc.

Entenderam?

Pois muito bem, o TIMBRE é a propriedade do som que permite distinguir um som de outro, mesmo sem ver o emissor, o instrumento ou a pessoa que fala.

Note que o som é algo bem humano enquanto fenômeno porque possuímos um aparelho auditivo capaz de captar um certo registro em hertz (Hz) – mais tarde falaremos mais detalhado acerca desse assunto. Isto quer dizer, que, um som que nunca ouvimos na vida não seremos capaz de identificar enquanto timbre (a voz de um Extra Terrestre, por exemplo), a não ser enquanto similaridade com o que já ouvimos na nossa experiência real.

Mas agora relaxe... repare no mundo ao redor. Ouça-o. Deixe que os nomes das coisas que está ouvindo apareçam na sua mente.

Incrível, hein!?

Há, no mundo, muitas identidades de timbre, não é mesmo?

Espero ter sido claro e ajudado na vossa compreensão e educação musical.

Até a próxima...



Por
    Arcesio Andrade

PANELA DE BARRO

 



Usando panelas de barro, resolvi fotografar algumas composições a partir do objeto como assunto e saiu algumas imagens bem distribuídas da tão utilitária panela de barro.


A Proposta da panela de barro tratada sobre a pedra bruta com a vegetação emergindo, cria uma composição poética e equilibrada.



A luz sobre a matéria mostra as suas texturas especificas, evidenciando o natural do artificial.


Madeira, barro, pedra, vegetação. Todos se fundem numa mesma imagem.

por

Fábio Fernandes

Leandro Souza e as palhas do sertão.


Leandro Souza é um jovem artesão lajense que viu nas palhas um meio de criar sua arte. Sempre foi um grande apoiador da cultura local, participando com bastante zelo de cada momento cultural do município, como também de eventos alusivos do segmento artístico. Sempre dando o melhor em suas produções de artesanato em palha de carnaúba. 
É através das feiras local e intermunicipal que ele vem mostrando suas produções artísticas. No momento o artesanato em palha de carnaúba é sua principal fonte de renda, sobrevive do artesanato com peças ornadas de criatividade e técnica. 

Leandro pretende em breve se formalizar, ampliar o seu espaço para dar oportunidade de vivencias artesanais à outras pessoas, como também qualifica-las. Uma vez que sua trajetória cultural vem a décadas compondo seu cotidiano cultural.

"Venho trabalhando com Artesanato em Palha de Carnaúba desde do ano de 2004, quando fiz parte de uma COOPERATIVA DE ARTESÃOS. COOCAFUL (Cooperativa Cabugi Futuro de Lajes), órgão formado através de um projeto do Governo do Estado da Época. PRONAGER- Programa Nacional de Emprego e Renda. Desde então venho me aperfeiçoando cada dia mais, com a finalidade de aprender e ensinar quando necessário. Como também proliferar a arte aqui no Estado do Rio Grande do Norte. Participei de associações comunitárias local. Trabalhei como guia de turismo aqui na minha cidade, trazendo melhorias para a mesma. Hoje o artesanato é minha principal fonte de renda."


Os traços da cultura popular e cotidiana regem a vivencia artística de Leandro.




As obras de artesanato vão se desenhando com a junção de outro materiais que formam a peça.


A simplicidade do artista em momento de divagação e criatividade.


As palhas são complementos vitais do seu ateliê.


A maquina de costura auxilia na produção das obras.

Um misto de concentração e ócio criativo.


O artista se reinventa sempre que possível, uma vez que as inúmeras possibilidades criativas surgem com o processo. Leandro Souza, artesão lajense, vive a arte pra sobreviver na vida.


Por:

Fábio Fernandes