Qualificar algo como bonito ou feio é extremamente complexo. Porém, existem certas características que fazem nosso cérebro, à primeira vista, qualificá-lo como tal.
Filósofos e artistas, ao longo dos tempos, se preocuparam em definir a beleza. É por isso que existem inúmeras teorias estéticas e histórias da arte. O mesmo não aconteceu com a feiura. Neste assunto, os teóricos têm sido bastante moderados e as pessoas parecem se conformar com a ideia simples de que o feio é o oposto do belo.
Aceitar que a feiura é relativa e depende dos tempos e das culturas. O que era inaceitável ontem pode se tornar aceitável amanhã, o que antes era considerado feio pode se tornar belo. “O belo é feio e o feio é belo”, disseram as bruxas Macbeth com sabedoria.
Conceito de beleza na idade média
Voltamos ao passado e agora estamos entrando na época da Idade Média para conhecer os cânones da beleza e dos costumes relacionados à moda e à estética.
Durante as primeiras décadas da Idade Média, esqueceram-se dos cuidados com a beleza e surgiu um novo conceito sobre a mulher ligado ao Cristianismo, baseado no fato de que as mulheres só precisavam se preocupar com a salvação de sua alma e esquecer aspectos frívolos, como a moda do vestido ou cuidados com o corpo e os cabelos.
O tempo passou e as mulheres cristãs começaram a usar maquiagem e óleos, influenciadas pela cultura muçulmana, como sinal de cuidado do corpo.
O cânone da beleza daquela época baseava-se em mulheres de pele muito clara, cabelos loiros compridos, olhos e nariz pequenos, batom nas bochechas e lábios, corpo esguio com mãos finas e brancas, seios pequenos e quadris estreitos.
O ideal de beleza das heroínas medievais, descrito nos romances, era: pele clara, rosto alongado, cabelos louros, boca pequena, olhos azuis e sobrancelhas bem desenhadas. Com exceção do rosto, as partes do corpo feminino raramente foram descritas.
Conceito de beleza para Kant
Segundo Kant, a estética apresenta um paradoxo. O julgamento estético tem uma base universal comum à natureza humana. A estética é subjetiva, mas quando se torna universal dá origem a uma certa objetividade baseada em leis naturais.
A beleza da natureza é uma coisa bela, a beleza artística é uma bela representação de uma coisa, conforme expresso em sua “Crítica do julgamento”.
Conceito objetivo e subjetivo de beleza
O objetivista afirma que a beleza ou a feiura das coisas se baseia nas qualidades do próprio objeto. E são elas que provocam emoções no espectador, para que todos sintamos o mesmo ou quase o mesmo.
Essa postura foi dominante, desde a Antiguidade clássica até o Renascimento. Em seguida, basearam-se em proporções que consideravam perfeitas. Ainda, alguns cânones de beleza que governavam a sociedade da época como o “David” de Michelangelo, que mantém uma proporção e harmonia perfeitas. Ou seja, o tamanho da escultura oito vezes o tamanho da cabeça, representava assim o ideal de beleza masculina.
De acordo com o naturalismo ou realismo, a arte deve ser como um espelho da realidade. A beleza consiste em captar a realidade da maneira mais exata possível para que a reconheçamos e admiremos. Portanto, se não consegue representar bem a realidade, considera-se que a obra não é bonita.
Posição subjetivista
A posição subjetivista afirma, portanto, que a feiura ou a beleza das coisas está na mente de cada um, e se refere às emoções sentidas em relação a determinados objetos. Portanto, para os defensores dessa posição, a beleza não é algo objetivo com o qual todos devemos estar de acordo, mas é algo pessoal, que depende de cada observador. Essa postura vem se espalhando desde os tempos modernos até a atualidade. Ou seja, quando a arte deixou de ser entendida como reprodução da natureza para ser entendida como expressão da subjetividade e da liberdade do criador.
Posição objetiva
Comparando as duas posições em detalhes, podemos concluir que quando nos deparamos com a questão de ser a beleza objetiva ou subjetiva, a resposta dependerá do fato de a beleza estar no próprio objeto.
O que é beleza?
A beleza está associada ao belo. É uma apreciação subjetiva, o que é bonito para uma pessoa pode não ser para outra. No entanto, certas características que a sociedade em geral considera atraentes, desejáveis e bonitas são conhecidas como cânones da beleza . A concepção de beleza pode variar entre diferentes culturas e mudar ao longo dos anos. A beleza produz um prazer que vem das manifestações sensoriais e que pode ser experimentado pela visão.
Beleza para Platão
Platão foi o primeiro a desenvolver um tratado sobre o conceito de beleza que teria um grande impacto no Ocidente, tomando certas ideias expressas por Pitágoras sobre o senso de beleza como harmonia e proporção e fundindo-as com a ideia de esplendor. Para ele, a beleza vem de uma realidade alheia ao mundo, que o ser humano não é capaz de perceber plenamente.
Beleza na arte
Na arte, a beleza é aquela que está associada a um conjunto de princípios estéticos intrínsecos a uma determinada disciplina artística. Nesse sentido, a beleza é a maior aspiração artística, pois combina harmonia de formas, impacto expressivo, potencial simbólico e verdade filosófica dentro dos recursos oferecidos por disciplinas como música, literatura, dança, arquitetura, escultura, pintura e cinema, a fim de para nos comover, impressionar e nos encantar.
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