Ao contemplarmos a tela "O Balanço (1766), de Jean-Honoré Fragonard" notamos que essa obra artistica é uma pintura Rococó de grande delicadeza e humor. A tela por sua vez, incorpora o ideário da frivolidade das cortes e dos universos ocultos por entre as florestas e jardins privados de palácios, onde o flerte podia ocorrer por entre as árvores. À primeira vista, a obra não parece revelar o grande tema de parte das obras de Fragonard, o galante e o libertino. Porém, notamos que na pintura rococó, a força imagética de surpreender e ancantar os espectador não está muito distante de sua proposta inicial.
O Rococó, também conhecido como Barroco Tardio, se configura como um estilo excepcionalmente ornamental e dramático de arquitetura, arte e decoração que combina assimetria, curvas onduladas, dourado, cores brancas e pastéis, molduras esculpidas e afrescos no intuito de criar ilusão de movimento, drama e surpresa. Foi sobretudo um estilo francês do século XVIII, atendia o publico aristocratico e se espalhou por outras regiões do velho continente, chegando até a america.
Nesse contexto, um nome de destaque no rococoó foi Jean-Honoré Fragonard, talentosissimo pintor francês, cujo o estilo estetico foi distinguido por sua notável facilidade, exuberância e tambem hedonismo. Ele produziu mais de 10.000 pinturas do estilo. Entre suas obras mais populares podemos destacar as pinturas de gênero, que transmitem uma atmosfera mais íntima, caracteriza-se por ser um estilo sóbrio, realista, comprometido com a descrição de cenas rotineiras, temas da vida diária como homens dedicados ao seu ofício, mulheres cuidando dos afazeres domésticos, ou até mesmo paisagens.
Jovem Lendo" (1776)
No quadro em destaque, a menina se apresenta com uma cor exuberante contrastando com a penumbra do fundo. As cores são ricamente misturadas, na medida em que os contornos do corpo se mesclam com este fundo. Suas costas são suportadas por uma espécie de abundância maternal de um travesseiro de cor rosácea. |
Ela está abrosvida por seu livro, tão desprotegida como uma ninfa de Boucher. Um manto vertical pende na parede amarelo-amarronada e contrasta com o reluzente braço da cadeira. Ao observar a obra "A Leitura", notamos a habilidade de transcender a ornamentação que distingue Fragonard. Desse modo, notamos que Fragonard é mais profundo do que parece e sua sensibilidade genuína se revela na forma que descreve a cena. |
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