quinta-feira, 13 de novembro de 2025

FRAGONARD: A GENIALIDADE DO ARTISTA ROCOCÓ

FRAGONARD, Jean-Honoré. L’Escarpolette

Ao contemplarmos a tela "O Balanço (1766), de Jean-Honoré Fragonard" notamos que essa obra artistica é uma pintura Rococó de grande delicadeza e humor. A tela por sua vez, incorpora o ideário da frivolidade das cortes e dos universos ocultos por entre as florestas e jardins privados de palácios, onde o flerte podia ocorrer por entre as árvores. À primeira vista, a obra não parece revelar o grande tema de parte das obras de Fragonard, o galante e o libertino. Porém, notamos que na pintura rococó, a força imagética de surpreender e ancantar os espectador não está muito distante de sua proposta inicial. 

O Rococó, também conhecido como Barroco Tardio, se configura como um estilo excepcionalmente ornamental e dramático de arquitetura, arte e decoração que combina assimetria, curvas onduladas, dourado, cores brancas e pastéis, molduras esculpidas e afrescos no intuito de criar ilusão de movimento, drama e surpresa. Foi sobretudo um estilo francês do século XVIII, atendia o publico aristocratico e se espalhou por outras regiões do velho continente, chegando até a america.

L'aurore

Nesse contexto, um nome de destaque no rococoó foi Jean-Honoré Fragonard, talentosissimo pintor francês, cujo o estilo estetico foi distinguido por sua notável facilidade, exuberância e tambem hedonismo. Ele produziu mais de 10.000 pinturas do estilo. Entre suas obras mais populares podemos destacar  as pinturas de gênero, que transmitem uma atmosfera mais íntima, caracteriza-se por ser um estilo sóbrio, realista, comprometido com a descrição de cenas rotineiras, temas da vida diária como homens dedicados ao seu ofício, mulheres cuidando dos afazeres domésticos, ou até mesmo paisagens.  



Jovem Lendo" 
(1776)

A obra em destaque mostra uma jovem dama francesa embrenhada na solitária leitura de um livro de bolso, provavelmente um romance, a tela. Fragonard em A Leitora reflete inúmeras imagens de leitura que povoam a obra de pintores europeus a partir do século XVIII, quando a "febre de ler" está instaurada na Europa. 

No quadro em destaque, a menina se apresenta com uma cor exuberante contrastando com a penumbra do fundo. As cores são ricamente misturadas, na medida em que os contornos do corpo se mesclam com este fundo. Suas costas são suportadas por uma espécie de abundância maternal de um travesseiro de cor rosácea.

Ela está abrosvida por seu livro, tão desprotegida como uma ninfa de Boucher. Um manto vertical pende na parede amarelo-amarronada e contrasta com o reluzente braço da cadeira.


Ao observar a obra "A Leitura", notamos a habilidade de transcender a ornamentação que distingue Fragonard. Desse modo, notamos que Fragonard é mais profundo do que parece e sua sensibilidade genuína se revela na forma que descreve a cena.


Retrato

A genialidade de Fragonard foi grandemente ignorada, assim comco grandes genios da pintura em vida. Isso fez com que que Lübke: um dos renomados escritores pioneiros da história da arte na Alemanha, viesse a omitir a menção de seu nome no livro "A HIstoria da ARTE". No entanto, a influência de Fragonard na manipulação de cor local e expressiva não pode ser subestimada.

Le verrou, 1780

Fragonar na última fase de sua vida pintou cenas de amor e da natureza com maestria e grandeza, morreu em Paris, pobre e quase esquecido.

La visite à la nourrice

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