sexta-feira, 29 de julho de 2016

Eloy Cia Teatral & ARTEMANHA estreiaram suas peças.


Imagens : Washington Fernandes

Na ultima Sexta feira (22/07/16) As companhias teatrais da Escola Municipal Dr. Eloy de Souza estrearam suas montagens. Na casa de cultura popular, a população pode conferir as peças "La trupe del A.S Egypcio & La Moskytta" e a "Lenda de Chorosa", ambas, produções coletivas.
 O teatro ARTEMANHA apresentou "A Lenda de Chorosa", uma história fictícia que mistura personagens imaginários. A peça se passa numa noite tenebrosa onde várias criaturas do além surgem numa próximo a uma casa abandonada, na qual vive vagando uma alma chamada Luana Assombrosa, ela procura por sua boneca Chorosa que na verdade é uma menina enfeitiçada. A história mescla humos e drama, e rebusca o imaginário popular dos misteriosos personagens mal assombrados. 


 Por sua vez a Eloy CIA Teatral, apresentou "La trupe del A.S Egypcio & La Moskytta". Uma comédia musical politicamente incorreta que aborda temas como a dengue e suas mazelas em meio ao cenário político atual do Brasil.
 Os espetáculos entraram em cartaz e agora se preparam pra turnês pelo estado. Viva o Teatro!

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Sobre meu reflexo. - Fábio Fernandes



Sei que muito se fala "o que vale é o caráter".
Pois bem, o caráter é algo que subsiste de si mesmo, ou seja, se tem ou não. Porém atinge-se um determinado momento em que chegamos a cair no senso comum de acreditar que precisamos ser narcisistas, se amar acima de tudo e não ver nossos defeitos e imperfeições físicas, externas e  socializadas; tanto, que exageramos nessa divagação adoradora de nós mesmos. Vale a pena vivermos o que somos, nossa essência, bla, bla, bla e muitos textos prontinhos... Mas e se nossa essência “apenas” não preencher nosso ego? Não há como negar que nos achamos sempre especiais nesse território vitalício, que atribuímos valores a nossas ações, que gostamos de elogios a uma crítica perversa e necessária, mesmo que essa venha ser de natureza produtiva. Nos escondemos muitas vezes em sorrisos amarelados, mecânicos e hipocritamente afirmamos uma real felicidade.

Será mesmo que estamos satisfeitos com nosso corpo, nossa aparência exteriorizada? Porventura não seria melhor emergir das nossas zonas de conforto e tentar reagir ao descaso e ao suvenir sedentário? Será mesmo que se nos despirmos dos nossos egos infláveis vamos ser mesmo felizes e realizados apenas por sermos portadores de caráter incontestável?  Será que nossa autoestima está em alta? Será que cultuar nossas carcaças nos torna fúteis? São dilemas que queremos de certo modo ignorar.


Creio que se soubermos dosar nosso intelecto e externar um contentamento de nós mesmos, sem estar sendo artificiais pode nos ajudar a afirmar nossas incapacidades e dificuldades de aceitar o plano mutável. Eu não penso estar bem por certos momentos, a imagem relaxada e de certo modo esquecida torna-me um ser pensante e que aceita o conceito de “beleza” apenas teoria filosófica e como uma forma emergente de consolo. Até onde devemos buscar o caráter da beleza? Será mesmo que somos seres felizes? Enquanto isso, seguimos a divagar.