quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Elementos basicos de desenho
Cia de Dança do Teatro Alberto Maranhão--- Eu, Vós e Ele
Espetáculo contemplado pelo edital Cena Aberta!
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
ESSA SEMANA NA CASA DA RIBEIRA (16/12/2011)
Maebh Castello : Os venenos da mãe natureza
© Maebh Costello, "Poison".
"Poison" é o novo trabalho da designer irlandesa Maebh Costello. Centrada no ciclo da vida, retrata a imagem de uma viúva negra numa teia rodeada de heras: dois elementos extremamente venenosos. No primeiro caso, a fêmea alimenta-se do macho após a cópula e a sua picada pode ser fatal. No segundo, temos a hera, uma planta que, quando ingerida, causa náuseas, dores abdominais, problemas respiratórios e neurológicos. Serviu mesmo de inspiração para a personagem Hera, da Marvel Comics. Tanto a aranha como a hera representam o lado perigoso da mãe natureza.
Outros trabalhos de Costello mostram também composições com elementos da Natureza. Por exemplo, em "Swallowed", um trabalho que envolve fotografia, uma mulher afunda-se no mar e o seu corpo mistura-se ao de alforrecas brilhantes. Este trabalho representa também uma das suas paixões e medos: a designer pratica surf e sente-se muito próxima do mar.
© Maebh Costello, "Swallowed".
Em "Children of Lir", dois gansos, lado a lado, saem do tronco de um homem e toda a imagem se vai tornando líquida, escorrendo. Em "Jeux de Seduction" (feito em colaboração com Sahir Khan) o rosto e tronco de uma mulher ganham relevo. E "Bio Sight" é, mais uma vez, a junção do corpo humano à Natureza. Finalmente, em "Growing up" vemos uma planta a crescer, ansiando por luz, o que é também uma metáfora da evolução da designer: neste trabalho ela começou a aperfeiçoar a técnica mista, deixando de usar unicamente o meio digital. Passou a integrar os desenhos a lápis nas suas ilustrações digitais.
© Maebh Costello, "Children of Lir".
© Maebh Costello, "Jeux De Seduction".
© Maebh Costello, "Bio Sight".
© Maebh Costello, "Growing Up".
Com traços finos e precisos, as cores predominantes do trabalho de Costello são os cinzas, os cremes e os tons mais quentes derivados do vermelho. A mulher tem também um papel importante no seu trabalho.
Especializada em ilustração e design, Costello trabalha na área há cinco anos e já teve como clientes a Canon, a Shell e a Dell. A ilustradora descreve-se como uma aprendiz rápida e interessada em adquirir novos conhecimentos. Apaixonada por arte, até nos tempos livres se dedica ao design, fotografia e artes. Trabalha maioritariamente no computador, através de programas como o Photoshop. E passa muito tempo fora de casa, sempre com a máquina fotográfica.
Conheça mais trabalhos da designer irlandesa no seu site pessoal ou siga-a no Twitter.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Um brinde (Yuri Magalhães)
Um brinde...
Gostaria de propor um brinde a nós, artistas.
Um brinde à nossa eterna generosidade,
Somos generosos porque aceitamos, de bom grado, trabalhar, quase como escravos, por preços irrisórios. E nossa generosidade é tanta que, além de aceitar trabalhar por preços irrisórios ainda aceitamos receber fiado, ou seja, o artista é tão generoso que aceita trabalhar e receber até um ano depois.
Também somos modestos! Por que somos? Porque o artista, principalmente, o artista local acostuma-se com a ideia de que não é “grande coisa”, estendendo sempre um tapete vermelho ao artista nacional, aceitando inclusive receber infinitamente menos que ele, e claro, recebe mil reais fiado, enquanto o artista nacional só trabalha se receber 200 mil antecipadamente.
Também somos compreensivos, compreendemos o tempo inteiro que se o Governo não investe em Saúde, nem em Educação, investirá muito menos na Cultura. O artista é tão compreensivo que se acostuma a pensar que não tem grande relevância por não ser celebridade, aceita ser sempre colocado em último lugar em tudo.
Um brinde, por sermos tão pacientes, tão conformistas, por achar que vida de artista é isso mesmo, e um brinde ao pensamento imbecil diz que para ser artista é preciso sofrer. O brinde a extraordinária inteligência do artista que é conivente com este tipo pensamento, que em virtude de uma ideologia “fajuta” se submete a todo tipo de humilhação e limitações, principalmente de ordem financeira.
Um brinde ao nosso comportamento pacífico, que em vez de brigarmos por políticas públicas de cultura, nos contentamos em participar do Auto de Natal, achando que o “Auto de Natal” é o décimo terceiro da classe artística.
Um brinde a nossa consciência! Passamos o ano inteiro reclamando do Governo do Estado e da Prefeitura. Porém basta que a prefeita esteja presente, que muitos nós iremos abraçar, apertar a mão, e tirar foto, em vez de expor nossos problemas.
Um brinde aos grandes diretores, aos grandes artistas, que apenas conseguem se consagrar no âmbito municipal e estadual, graças a amizade com o políticos.
Um brinde aos artistas adolescentes que se dizem “politicamente engajados” e nas eleições votam em Rosalba Ciarlini e em José Agripino.
Um brinde à ingênua esperança do artista que vai a São Paulo achando que terá mais chances e viverá mais dignamente, vive reclamando das políticas locais para a cultura aqui, e quando chega em São Paulo vai reclamar da política lá, e enquanto nós aqui em Natal passamos a consagrar o artista que parou de se humilhar aqui para se humilhar em São Paulo.
Um brinde a diretores e coreográfos que vivem de nariz em pé por passarem a vida organizando quadrilhas juninas, blocos de carnaval, e vão para a TV dizer que a prefeita está de “parabéns” por promover uma festa popular, quando não está fazendo mais do sua obrigação.
Também devemos brindar a nossa humildade. O artista é tão humilde que se recusa a exigir o mínimo de respeito para não ser interpretado como “estrela”, ou “arrogante”.
Um brinde também para esse protesto clichê, de reclamar da vida dura de artista, ou falar mal do governo, típico de quem não tem o que fazer e de quem não tem assunto melhor.
Enfim, para encerrar, devo esclarecer que esse brinde é a cara do artista. Por que? Primeiro, porque ele não será feito com taças, será com copos descartáveis. Pois é exatamente isso que somos aos olhos de muita gente, descartáveis. A bebida não será champagne, será cachaça! Porque é essa bebida quente a amarga, que desce rasgando, que merecemos tomar! Porque é isso que passivamente nos enfiam guela abaixo para tolerar as atrocidades.
Brindemos!
Yuri Magalhães
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Falta (Lidiane Blanchet)
ESSA SEMANA NA CASA DA RIBEIRA (10/12/2011) VT4
Dia 10, Sábado às 16h - R$ 5,00
Coordenação geral: Gustavo Wanderley
Coordenação de Produção: Mariana Hardi
Edição, Direção de Criação e Arte: Dillo Tenório
ESSA SEMANA NA CASA DA RIBEIRA (09/12/2011) VT3
Dia 09, Sexta às 20h - R$ 5,00
Coordenação geral: Gustavo Wanderley
Coordenação de Produção: Mariana Hardi
Edição, Direção de Criação e Arte: Dillo Tenório
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
O Lado de Dentro do Canto da Sereia
Apresentação de conclusão de disciplina com a montagem final da peça do renomado dramaturgo Makarios Maia "O Lado de Dentro do Canto da Sereia" com elenco da escola Maria Madalena da Silva -Baixa do Meio/Guamaré -RN orientação acadêmica de Naira Ciotti e a direção de Fabinho Fernandes. |
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
ARTISTAS CIRCENSES COMEMORAM O DIA DO PALHAÇO.
Em Natal, pelo segundo ano consecutivo, algumas companhias como Circo Grock, Tropatrupe, Trotamundos e vários artistas independentes irão realizar no Circo Grock às 10 horas da manhã do dia 10 de dezembro, um espetáculo inteiramente gratuito para 150 crianças advindas das casas de passagem e aldeias infantis (rede de acolhimento à crianças destinadas para adoção) e também do Grupo de Apoio à criança com câncer – GAAC, com vários números como malabares, pernas de pau, palhaços, acrobacias, muita pipoca, algodão doce e ainda com direito a comemorar o aniversário de um dos palhaços presentes na festa.
Lembrados e adorados há mais de quatro mil anos, os palhaços são figuras que, com roupa desengonçada, calça largada, andar atrapalhado e sapato exagerado, conseguem tirar o público do seu mundo de preocupações para simplesmente sorrir a vida, porque afinal... alegria contagia!
Atualmente, os palhaços romperam a fronteira do circo e cumprem sua função social, seja em circos, palcos, hospitais ou na rua, fazendo-nos lembrar que sorrir é ainda o melhor remédio para curar todos os males!
“Acreditamos que uma ação social é o melhor “protesto” que podemos fazer para lembrar a sociedade e aos gestores públicos que a figura dos artistas circenses como os palhaços, necessitam não somente serem lembrados pelo riso, mas também de políticas culturais específicas para o circo, dada a situação crítica que os mesmos enfrentam no Brasil pela falta de apoio, infra estrutura, etc, fazendo com que se esqueça desse patrimônio cultural valiosíssimo”, disse o artista e palhaço Zeca Santos.
O Brasil tem queridos e inesquecíveis palhaços como: Piolin, Arrelia, Carequinha, Fuzarca, Pimentinha, Torresmo, Bozzo, Pururuca, Picolino, entre outros.
A arte ponta-grossense vai ao Louvre
Teatros da memória
Giorgio de Chirico, um dos mais influentes pintores da arte moderna no mundo, chega ao Brasil em mostra itinerante.
A crítica aponta que ambos têm pinturas de prédios solitários e isolados: De Chirico em referência a monumentos e praças de Roma, Iberê em fachadas de hospícios no Rio de Janeiro. Esse diálogo poderá ser conferido in loco, já que o quarto andar do edifício projetado pelo arquiteto Alvaro Siza fica sempre reservado às obras de Iberê, independentemente da exposição temporária em cartaz. Atualmente, a mostra "Conjuro do Mundo", com curadoria de Adolfo Montejo Navas, tem 73 obras. A cada seis meses, uma nova curadoria apresenta novas propostas e trabalhos. Com essa dinâmica, a fundação garante a saudável circulação de seu acervo de cinco mil obras, garantindo o diálogo permanente entre Iberê e seus pares.
FONTE
http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Noticias.asp?id=5215
As diferentes faces de Frida Kahlo
Salvador/BA
O artista visual Mário Britto homenageia a mexicana Frida Kahlo com pinturas que inspiram na linguagem pictórica, nas histórias em quadrinhos, nas artes gráficas contemporâneas e na semiologia das tatuagens. A mostra Frida's Faces é composta de 23 telas pintadas em tinta acrílica. Graduado em Artes Plásticas pela UFBa, o pintor realiza anualmente exposições dedicadas à memória da artista que ele pesquisa há 17 anos.
Galeria Jayme Fygura (Teatro Gamboa Nova) - Rua Gamboa de Cima, 3, Aflitos. Telefone: 3329-2418
Data: até 18/12, qua a sab, 16h às 20h
Entrada franca
Artista usa círculos para recriar ícones pop
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
O Autismo Cultural no Rio Grande do Norte ( Por: Fernando Yamamoto Postado em: Fevereiro 3, 2011 )
Há cerca de uma década assola no teatro potiguar uma onda de encenações ao ar livre, em geral montadas em grande estruturas, popularmente conhecidas por “autos”. Para quem jamais ouviu falar, a matriarca destes espetáculos é a famigerada Paixão de Cristo encenada na cidade pernambucana de Nova Jerusalém.
Estes espetáculos normalmente têm por característica homenagear santos – em geral padroeiros das cidades onde acontecem –, mas também podem prestar tributos a fatos históricos, como o dia em que a polícia expulsou o bando de Lampião da cidade de Mossoró, ou até mesmo – pasmem! – a inauguração de uma ponte. Outros traços marcantes destes espetáculos é a utilização repetida do mesmo texto por anos a fio, em alguns casos ad infinitum, o que resulta em tentativas, por parte dos encenadores, de criar a cada ano novas pirotecnias para despertar algum tipo de interesse no público em assistir o mesmo espetáculo, com a mesma dramaturgia, com uma nova demão de tinta a cada ano. Por falar em pirotecnia, outro traço marcante destes espetáculos é, inevitavelmente, serem encerrados por suntuosas – e, por consequência, despendiosas – queimas de fogos de artifício. Por fim, é comum também estes espetáculos serem seguidos de shows musicais de artistas de destaque (ou não) no país, de Gilberto Gil a Calypso, de Titãs a Calcinha Preta.
Estas práticas, que se tornaram recorrentes, alastram-se a uma assustadora velocidade e, por incrível que pareça, superam diferenças de gestões, passando de governo para governo sem nenhum tipo daquele tradicional pudor de dar continuidade a ações da gestão anterior. Os autos têm trazido distorções e contradições que se amplificam ano a ano, como por exemplo:
· Enquanto os artistas norte-riograndenses seguem assistindo a total ausência de uma proposta de política pública para as artes, sempre partindo da alegação da ausência de verba, caminhões de dinheiro são despejados nestes tais “autos”;
· Enquanto os chamados “artistas da terra” – como os gestores públicos adoram nos chamar – degladiam-se para conseguir um lugarzinho ao sol nos disputados elencos destes espetáculos (a troco de medíocres cachês), a grande parte do dinheiro investido é voltada para a infra-estrutura – banheiros químicos, folders luxuosos, etc. – e para bancar a vinda dos milionários shows musicais que procedem às apresentações;
· Enquanto os gestores públicos defendem que estes espetáculos formam público, pelos numerosas platéias que levam às ruas – ignorando o fato de artistas e bandas de grande apelo midiático nacionais se apresentam logo em seguida – as casas de espetáculo durante todo o ano continuam com públicos minguados nas corajosas (insanas?) temporadas dos grupos locais;
· Enquanto milhares de reais são investidos em ações pontuais com duração de poucas semanas, os grupos de teatro do estado seguem sem nenhum tipo de fomento – editais, prêmios, programas voltados à manutenção, produção, circulação ou pesquisa – durante todo o ano, o que torna praticamente impossível a sobrevivência destes grupos que, diante deste panorama, seguem tocando seus trabalhos nas madrugadas e finais de semana (e com resultados estéticos condizentes à estas condições).
Estas iniciativas, aliadas a inócuos mecanismos de benefício fiscal estadual ou municipal, compõem a totalidade das ações para a cultura no Rio Grande do Norte. Durante anos, esta questão foi tratada como tabu entre os artistas do estado, parte por temerem a perda da sua fatia do bolo, parte por acreditarem que essa “política de autos” jamais será desfeita e, por isso, seria perda de tempo refletir, discutir ou tomar qualquer posicionamento.
O certo é que os frutos mais expressivos destas ações são de cunho eleitoral e mercadológico, garantindo a permanência dos mesmos gestores – com algumas variações que pouco mudam o panorama, já que vivemos num estado sem oposição –, favorecendo o turismo (pois que utilizem dinheiro desta secretaria!) e, principalmente, enchendo os olhos da população com espetáculos que nada acrescentam ao crescimento da linguagem cênica potiguar, mas que trazem um verniz que faz parecer aos olhos leigos uma política cultural bem sucedida.
O que parece, finalmente, é que uma parcela dos artistas do Rio Grande do Norte finalmente decidiu debruçar-se sobre a questão, debatê-la, questioná-la, e propor uma reflexão mais consistente sobre o tema. Resta saber se o poder público se dispõe a sentar, e a começar a pensar sobre a sua função de fomento à práticas continuadas, de pesquisa e formação, batendo de frente à hedionda lógica ditatorial do mercado, entendendo a cultura como ferramenta de construção de uma sociedade mais justa e democrática.
Qual o próximo passo?
Fonte
http://www.primeirosinal.com.br/artigos/o-autismo-cultural-no-rio-grande-do-norte