sábado, 29 de setembro de 2012

Vote Neu # 3

Nada como um pouco de humor pra apimentar  a campanha eleitoral.

No 3º Programa da série "Vote Neu" : O deputado Dominácio Oligárquico vem mostrar seu apoio aos mais "criativos" candidatos de sua coligação. Com evidencia para um bonequinho de estimação (Patolino) e uma referencia aos candidatos alegóricos de nosso quadro politico atual.


Confira:

Eu Criança (Lid Galvão)



Depois dos últimos dias de cinza,
Minha cor torna-se negra.
Assim como veste-se a morte,
Que ao meu lado senta desolada.

Acho que não preciso dizer,
Imagino que enxergou-me ao longe.
Eu criança – e a sombra do tédio.

Sua imagem não me angustia,
Pois não mais o vento bate as folhas.
O som agora é de meus pés riscando o chão.

Não há flores murchas, não há flores!
Apenas a tormenta de meus batimentos,
Apenas meu sangue escorrendo invisível.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Momento de Ócio #2 - Fernando de Noronha é Papa Jerimum.

Fernando de Noronha (RN-PE)


Por Fábio Fernandes.

Sabe-se muito bem que a ilha de Fernando de Noronha está geograficamente mais próxima do estado do Rio Grande do Norte, porém pertence ao estado de Pernambuco, não consigo entender como isso é possível, mas o que se argumenta é que se trata de uma questão meramente política. A ilha é tida como uma das Maravilhas brasileiras, porém os créditos vão todos para o estado Pernambucano, isso mostra que nós enquanto potiguares não teríamos competência pra administrar esse arquipélago. Na boa, é obviamente perceptível que acabo de atirar no pé do norte-rio-grandense ao acreditar em tal possibilidade administrativa. 
Este, no entanto, não é o fator principal desta resenha, me interesso mesmo em levantar uma questão que está visivelmente se passando despercebido, o fato de a política deter de autonomia em grande parte das decisões para a população e afins.
O arquipélago fica há 380 km de Natal, a 455 km da Paraíba e 545 km de nosso querido estado do Pernambuco, se caso eu fosse um professor de geografia do Brasil e perguntasse a um aluno numa avaliação escolar onde fica a ilha de Fernando de Noronha, e caso ele consultasse o mapa e dissesse que ficaria no RN, eu jamais que diria que ele estava equivocado, uma vez que de fato esta esplêndida ilha é “nossa” pela própria natureza.
Mesmo sabendo que esta se encontra geograficamente no Rio Grande do Norte, caso eu responda uma questão dessas em algum concurso público, mesmo sabendo que não está, vou ter que arbitrariamente afirmar que pertence a Pernambuco, ou seja, pouco importa o que pensamos sobre algo, o que vale é a visão dos que detém o sistema político do país determinam, e que se “dane” os fatos óbvios.
Fato semelhante é o que acontece com o Pico do cabugí de minha terra natal – Lages-RN. Esta proeza natural possui 590 metros de altitude. Lajes, está localizada na Região Central do Estado, a 125 km da capital Natal. Mesmo sabendo que esta beleza natural é parte orgânica desse município, politicamente o espaço físico pertence a outro município conhecido por Angicos.
 Mas enfim, se esta página virtual é dedicada a falar de arte, por que é que se fala em geografia? Bem, caso muitos não saibam, a arte pertence a uma parte da sociedade organizada desde o principio da vida, e se faz necessário sermos ao mínimo políticos e críticos a cada assunto que se revele em nosso cotidiano.
Cabugí - Lages-RN


Pensando nesse assunto, o programa “momento de ócio #2 ” de nosso blog propõe abordar a temática levantada, confira o resultado:

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Quimera (Lid Galvão)


Fosse o céu tão divino quanto o gosto seu;
Tão paraíso quanto su’alma desnuda,
E tão salvador quanto seu dizer 'Te amo'.
Mas o céu é triste.
Nuvens choram e roucos trovões lamentam.
O sol, na verdade, é gélido.
Não flamejam as horas e toda riqueza
D’alvorada apenas limita o despertar...



Disponível em:

Vau da Sarapalha


Baseado no conto Sarapalha, de Guimarães Rosa, com adaptação, cenário e direção de Luiz Carlos Vasconcelos, o espetáculo conta com os atores do Grupo Piollin, que se dedica ao trabalho pedagógico e social com crianças de João Pessoa, Paraíba.

 Foto: extraída da internet

A ação se concentra entre dois primos que, vítimas de malária, esperam a morte sentados lado a lado. No trabalho físico cuidadosamente elaborado, cada parte do corpo dos atores cumpre um papel expressivo, tanto na postura global da personagem quanto em movimentos sutis ligados à ação, de forma a compor uma coreografia de gestos da qual participam os pés, o pescoço, a máscara facial. Um simples ficar de pé tem o peso da entrada do naipe de metais em uma sinfonia e é realizado em um tempo próprio ao contexto dramático, ao subtexto da personagem e à musicalidade da cena. Todo o espetáculo está construído sobre uma partitura musical, da qual fazem parte não só as palavras mas também os grunhidos e os sons do ambiente em que se encontram as personagens e que são executados pelos próprios atores.

Além das duas personagens que se encarregam da parte verbal do espetáculo, há a mística Negra Ceição que murmura sons e ladainhas incompreensíveis, rondando a conversa dos dois homens. A mulher procura evitar que a conversa tome um rumo trágico: um dos primos nutre uma paixão secreta pela mulher do outro, que fugiu de casa com outro homem. Esta revelação será feita ao final, quando o marido abandonado começa a agonizar. A cena é precedida de um ritual em que Negra Ceição, levando na mão uma cabaça de água, circunda os dois homens com a urgência de quem deve realizar um salvamento. Ao contrário dos homens, que permanecem sentados, a atriz trabalha sempre em deslocamento e, como personagem que comenta a ação central, sua composição tem humor, sem que ele seja sua finalidade. Ao lado dos dois homens está o Perdigueiro Jiló, cuja interpretação dá lugar, segundo a crítica Barbara Heliodora, a "um dos mais extraordinários exemplos de criação corporal que temos visto em nossos palcos".1 É o cão que inicia o espetáculo, deitado no palco, dormindo um sono atormentado que se agrava pela angustiante coceira. Separado dos atores, mas dentro da cena, está o Capeta, que sonoriza o espetáculo com objetos, além de fazer o fogo e emergir dele.

Se a história não chega a todos os espectadores pelas sobrecargas visuais e sonoras que se sobrepõem ao texto, chegam as imagens que, segundo a crítica de O Globo, recriam a literatura: "... por um ato de amor, de carinho com cada mínimo detalhe da obra do escritor, Vasconcelos conseguiu essa coisa rara que é a recriação, em outro veículo, de uma obra bem-sucedida no original (...)".

Em 1993, o espetáculo recebe o Prêmio Shell na categoria especial. O espetáculo é apresentado em todo o Brasil e, mesmo sem fazer longas e contínuas temporadas, permanece em apresentação por dez anos.

Disponível em:

Morre o baterista Brad Parker durante show em MG.

A morte não é um acontecimento que nos agrada enquanto seres materiais, porém temos que aceitar com o tempo (cronos) que estamos vivendo apenas uma passagem muito curta por esse território multicultural, não temos como escolher o dia, local, hora e ação (causa/consequência) para se entregar aos caprichos mortais. Essa noticia que posto agora, me deixou comovido porém, me fez perceber que se fossemos capazes de escolher a ação e o local de nosso falecimento material, sempre morreríamos fazendo o que mais nos dar prazer.
 

O baterista Brad Parker, da banda Generation Esmeralda, versão atual do grupo franco-americano Santa Esmeralda, fenômeno de vendas na década de 1970, morreu na madrugada deste domingo em Ubá, na Zona da Mata mineira, durante uma apresentação.
 
A banda participava da Festa das Nações, promovida pela Associação Comercial local. O músico, de 59 anos, caiu sobre o instrumento aos 40 minutos de show. “Primeiro ele desfaleceu, mas a banda continuou a performance enquanto ele permanecia tombado. Quando caiu do lado, todos perceberam a situação e pararam o espetáculo. Havia um médico nos bastidores que já o encontrou morto”, relata o diretor da TV Viçosa, Luís Neno, que estava no local gravando imagens para um DVD.

O artista já chegou morto ao Hospital Santa Isabel, em Ubá. De acordo com o produtor da banda aqui no Brasil, Sérgio Lopes, o grupo musical estava gravando um DVD no Horto Florestal de Ubá. Cerca de 5 mil pessoas acompanhavam o show quando o incidente aconteceu. Sérgio, que também é médico, informa que Brad sofreu um infarto fulminante.

O corpo de Brad deve ser levado para a Califórnia. O produtor da banda espera os trâmites legais do consulado americano aqui no Brasil para poder fazer o traslado. O vocalista do Generation Esmeralda, Jimmy Goings, vai ficar no país para acompanhar o processo. O restante do grupo volta para os Estados Unidos. Além de Brad, da formação original da banda restaram ainda Jimmy Goings, Tom Poole, Tony Baker e Mic Valentino.
Criado pelo vocalista e saxofonista norte-americano Leroy Gomez, o grupo ficou conhecido por apresentar-se no palco com bailarinas vestidas de dançarinas de flamenco e por um cuidadoso trabalho instrumental. O primeiro sucesso foi a versão de Don't let me be misunderstood em ritmo de discoteca, lançada em 1977 e logo chegou às paradas, alcançando a marca de 25 milhões de cópias vendidas. Até hoje, o sucesso da música rendeu a Gomez 48 discos de ouro e 42 de platina. Desde 2003 Leroy Gomez tem os direitos do uso do nome “Santa Esmeralda”. Os integrantes da antiga formação resolveram então retornar à estrada rebatizados de Generation Esmeralda, mantendo o mesmo espírito que os consagrou.

Veja o video:



Disponível em:

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Protógenes quer suspensão do filme 'Ted' por suposta apologia às drogas



Ontem postei um belo artigo da blogueira Liliana Martins sobre hipocrisia, hoje, vi uma noticia que vai bem a calhar com o raciocínio do texto. A dissertação a seguir noticia o fato de um deputado querer encontrar "meios legais" para impedir a exibição de um filme, no qual um ursinho de pelúcia é usuário de maconha. Seria bem mais interessante, se esses deputados parassem com o  falso moralismo em prol de suas auto-promoções e também proibissem a bandalheira que os mesmos realizam no congresso nacional, ou seja, parassem de "roubar" mais e realmente fizessem  o que na teoria eles fazem : se importar realmente com o bem popular.
Desta forma segue o raciocínio segundo o site G1
O deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) disse nesta segunda-feira (25), pelo Twitter, que irá acionar os "meios legais" para impedir que o filme "Ted" seja exibido nas salas de cinema do país por supostamente fazer apologia ao uso de drogas. O filme foi lançado na última sexta-feira (21) e, segundo o portal especializado Filme B, vendeu mais de 207 mil ingressos.
Destinado ao público jovem e não recomendado para menores de 16 anos, o filme conta a história de um homem adulto que tem como único amigo um urso de pelúcia que fuma maconha, ingere bebidas alcoólicas e fala palavrões.
Protógenes contou no Twitter, na noite de domingo (23), que levou o filho Juan, de 11 anos, para ver o filme e achou "um absurdo" ver uma cena em que o urso, personagem do filme, consumia drogas. Segundo o deputado, a cena é "apologia" às drogas.
"O filme 'Ted' não esta apropriado para nenhuma faixa etária. Incentivar o consumo de drogas é crime, usando ainda ícones infantis", disse o deputado na rede social. "Não aceitamos mais esses enlatados culturais americanos no Brasil", completou em seguida.
Protógenes afirmou que irá "apurar responsabilidades" e cobrar explicações do Ministério da Justiça "a fim de impedir que o lixo do filme infantil-juventil 'Ted' seja exibido nacionalmente". A pasta é responsável pela classificação indicativa, mas não tem poderes para fazer uma retirada forçada do filme de cartaz, só possível por meio de decisão judicial.
O deputado não atendeu às ligações do G1 e sua assessoria de imprensa informou que até o início da tarde desta terça (25) ele não havia encaminhado o pedido de suspensão do filme a nenhum órgão.
Procurada, a distribuidora do filme no Brasil, a Paramount Pictures, disse, por meio de sua assessoria, estar "tranquila" em relação à exibição por ter submetido a obra a análise do Ministério da Justiça para a classificação indicativa.
A pasta é responsável por avaliar as cenas e orientar os pais se o conteúdo é adequado para a idade dos filhos. Filmes não recomendados para menores de 16 anos têm, entre outras, conteúdo violento ou sexual mais intenso, cenas de tortura e suicídio.
A campanha contra o filme, batizada de #forafilmeTED, está entre os assuntos mais comentados da rede social.
Disponivel em:

saiba mais


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Viva a Hipocrisia!

Minha fotoPor Liliana Martins


Vivemos em um mundo que preza a manipulação e a banalização. Mas obviamente a sociedade é movida por um conjunto de ideais, pensamentos, e é claro, pessoas. Possuímos a capacidade de discernir, pensar, opinar, agir, escolher, e de acordo com o uso desses elementos, é que fica determinado o nosso modo de vida.
Se tornou parte de nosso cotidiano ouvir alguns comentários referentes aos conceitos adotados pelas pessoas há alguns anos atrás, como "no meu tempo não tinha isso, não tinha aquilo, não era assim, assado...". Na verdade, tudo o que vemos sempre existiu, mas não da maneira desregrada como é hoje em dia. 
Nos programas de televisão, nos jornais, bem... não é preciso ir muito longe para notarmos a intensidade desta fumaça que toma conta do nosso mundo, basta olhar para o lado.
Preste atenção, quando em algum momento, surgir alguma discussão sobre um determinado assunto, nas opiniões e comportamentos apresentados. Um dirá que é terminantemente contra, outro se expressa de forma radical discordando ou não, um outro fica em cima do muro, um outro ainda concorda, mas o hipócrita é aquele que se expressa de uma forma e age de outra totalmente diferente.
O hipócrita não tem afeição por ninguém. Ele mente, engana, se camufla, e metaforicamente dizendo, ele veste uma capa para encobrir o que está por baixo, com o intuito de se fazer parecer bom, íntegro e limpo, para encobrir o que existe de podre dentro de si mesmo.
Em outro texto, mencionei o fato de nós possuirmos um lado bom e um lado ruim, e que cabe a nós escolher qual deles vamos desenvolver mais.
Pessoas hipócritas mancham todo um meio de convivência, pois diante de todos, age com cortesia, com "decência", "sabedoria", "inteligência",  quase sempre concorda com tudo, cativa e seduz quem estiver próximo, cria situações nas quais sempre se faz parecer carente ou uma vítima. Mas a máscara sempre cai. Por mais que se demore. Pelas costas de todos, o hipócrita se mostra sujo, obsceno, inconsequente, egoísta e se contradiz, já que por se tratar de uma mente mentirosa e manipuladora, para cada pessoa que conhece os discursos são diferentes. Agora imaginem, se  todos esses discursos são confrontados?...
Gostaria de citar um exemplo para que se possa entender melhor o que quero dizer, um exemplo bárbaro, diga-se de passagem: existiu um homem, de meia idade, que era casado, tinha um cargo de importancia em uma igreja e tinha uma filha adolescente. Esta menina, desde muito jovem, 13/14 anos aproximadamente, era molestada por este pai que, era bom, religioso, educado, e tinha muitas outras "qualidades" vistas por todos que o conhecia. A mãe desta menina sempre soube de tudo, mas era omissa. A menina, por crescer passando por estas ações, criou em sua mente uma convicção em relação a este assunto que parecia ser sadia. Para ela, tudo aquilo era incontestavelmente normal, e, detalhe, se apaixonou  pelo próprio pai. Por ele ser um homem muuuuuito bom, a levava e trazia da escola, estava sempre com ela, acompanhava todos os passos dela. Até que um dia, estando ela um pouco mais velha, aparece no caminho um rapaz desejando tê-la como namorada. Os dois começam a namorar, e ela então percebe que as coisas que ela vinha passando ao longo daqueles anos eram erradas, promíscuas. Ao fim da história, o pai veio a ter uma doença muito grave que apareceu repentinamente, e da mesma forma veio a óbito repentinamente também. Usando as palavras que ouvi quando soube desta história: "toda a podridão que estava dentro dele, veio para fora", e para deixá-los cientes, caros leitores, a doença o devastou terrivelmente.
A hipocrisia é resultado de falhas no caráter de cada um, e não só na vida em família, mas em todos os meios, seja político, social, amoroso ou religioso.
Se você não compactua com este tipo de comportamento, observe. Mas observe primeiramente a si mesmo, e se policie. Se agir de assim, repare a falha ou, simplesmente não repita o erro. E nunca deixe de observar todos aqueles que estiverem ao seu redor, pois este mal sempre vai existir em nosso meio, e o hipócrita tenta sempre se mostrar como uma pessoa acima de qualquer suspeita.

domingo, 23 de setembro de 2012

Você: Minh’auto Descrição (Lid Galvão)



Me deixar irá teus olhos,
Que de tão cúmplice não se despede
Deste ardor em minha face ambrosia.

Gritará meus músculos;
Rastejará a sombra da noite,
E bem-vinda será essa nostalgia.

Nem mesmo o sereno seco,
Pairando em minh’aura,
Disponibilizar-me a mesma agonia.

Leves contigo um pedaço de meu beijo,
Ainda que a espreita esteja o vento
Para negar-te minha alforria.

Espanhola que desfigurou pintura de Jesus quer direitos autorais

pintura Ecce Homo
Restauradora deixou Jesus parecido com um macaco
Cecília Gimenez
Cecília acha justo ser
remunerada pela sua obra

Cecília Gimenez (na foto ao lado), 80, quer cobrar direitos autorais pelo seu trabalho voluntário de “restauração” que desfigurou Jesus de um afresco da Igreja da Misericórdia da cidade espanhola de Borja. Na pintura Ecce Homo, do século 19, Jesus ficou com o rosto peludo, lembrando um gorila. 

A pintura não tinha valor artístico, mas ficou famosa com a “restauração” de dona Cecília. O número de visitante à igreja subiu de 100 por semana para 10 mil. 

A restauradora amadora passou a pensar em cobrar direitos autorais depois que soube que a Fundación Sancti Spiritus estava cobrando 1 euro (cerca de R$ 2,6) por visitante. Se a fundação está ganhando dinheiro com a “obra”, dona Cecília acha justo que ela tenha a sua parte. 

Os advogados de Cecília informaram que ela não pretende levar a questão para a Justiça porque acredita que pode chegar a um acordo com a fundação. 

Independentemente disso, a restauradora pode ganhar muito dinheiro, porque há empresas interessada em usar a imagem do Jesus “restaurado” em suas peças publicitárias. 

Memes inspirados no “restauração”


Com informação do The Telegraph, entre outras fontes.

Relembre o caso:


Disponivel em 



terça-feira, 18 de setembro de 2012

Joelho de Porco

 
  O Joelho de Porco é um dos grandes nomes do rock-humor brasileiro.

"Amadrinhado" pela cantora Aracy de Almeida e precursor do movimento punk no Brasil, o grupo paulistano surgiu em maio de 1972, quando tocaram no TUCA, em São Paulo, e era formado por: - Tico Terpins (violão,voz, guitarra base - ex-Os Baobás); - Gerson Tatini (baixista que tocou guitarra por alguns meses, em 1972); - Walter Baillot (guitarra solo - ex-Provos - substituto de Gerson Tatini, convidado pelo baixista Rodolfo Ayres Braga); - Próspero Albanese (bateria e vocais); - Conrado Assis Ruiz (guitarra, piano e vocais - ex-Mona); e, - Rodolfo Ayres Braga (baixo e vocais - ex-Terreno Baldio, ex-The Jet Black's).

Com esta formação - em 1972 - gravaram o compacto simples "Se Você Vai de Xaxado, Eu Vou de Rock And Roll/Fly America", produzido pelo ex-Mutantes Arnaldo Baptista. Dois anos depois, o Joelho lançou seu primeiro LP, "São Paulo 1554/Hoje"; um dos mais elogiados discos do pop da época, misturando rock pesado e referências tropicalistas em faixas como "Boeing 723897" e "Mardito Fiapo de Manga".

Em 1976, entrou o vocalista (e, em seguida, ator) Ricardo Petraglia, que participou de alguns shows. Logo após, entra o cantor argentino Billy Bond, com quem a banda partiria para uma linha mais agressiva, próxima do punk rock que explodia naquela mesma época na Inglaterra.

Nesta fase, começa o desmanche da formação original da banda, com a saída dos músicos Conrado Assis Ruiz, Rodolfo Ayres Braga e Walter Baillot.

Em 1977, o Joelho gravou LP homônimo e, pouco tempo depois, encerrou suas atividades. Tico Terpins partiu para o mercado dos jingles publicitários, montando o estúdio Audio Patrulha.

Em 1983, Terpins - juntamente com Próspero Albanese e o cantor e compositor Zé Rodrix (ex-Sá, Rodrix e Guarabyra) - remontaram o Joelho, que voltou com o LP duplo "Saqueando a Cidade", cujos sucessos são: "Vigilante Rodoviário", "Vai Fundo" e "Funicoli, Funicolá" (versão roqueira da tradicional canção italiana).

Com o vocalista e fotógrafo David Drew Zingg, a banda ganhou o prêmio de melhor letra do Festival dos Festivais da TV Globo, em (1985), por "A Última Voz do Brasil". Em 1988, o Joelho de Porco lançou o LP "18 Anos Sem Sucesso", com repertório do pop americano pré-rock.

Em 1998, Tico Terpins morreu de enfarte.

Em 22 de maio de 2009, no início da madrugada de sexta-feira, o cantor e compositor Zé Rodrix morreu em São Paulo, aos 61 anos de idade. Conforme uma pessoa próxima, o músico havia saído com a mulher mas começou a se sentir mal e retornou para casa por volta de meia-noite. A família acionou uma filha do artista que é médica e que prestou os primeiros socorros ao pai. Ainda quando aguardava a chegada da ambulância para ser removido a um hospital, ele passou mal e faleceu. Zé Rodrix foi responsável por vários jingles de sucesso. No entanto, ficou imortalizado na MPB ao compor Casa no Campo, uma das grandes interpretações de Elis Regina e que embalou a geração bichogrilo setentista. Rodrix também foi integrante do grupo JOELHO DE PORCO, "precursor" do punk no Brasil.


  


Redundância (Lid Galvão)

Vivo com meus passos,
Agora mais que sempre,
A mercê de tumores malignos
Que decorrem de minha ida
Ao internato dos amantes.
Minha palidez hábil está
Além da camada fina da pele.
Talvez em excesso de tortura
Eu a tenha subestimado e,
Vez por outra, apenas
Alcançado os seus desejos.




Disponivel em:

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Alunos da Redinha

Aos queridos alunos do Cursinho Redinha, deixo aqui uma belíssima análise de O Santo e a Porca pra auxiliar nos seus estudos.

CLIQUE NO LINK abaixo:

http://imagens.colegio.geracaoweb.com.br/201004272031osantoeaporca_ian_.pdf


Bons estudos.

sábado, 15 de setembro de 2012

Vidas Secas

O filme da vez é Vida Secas, este que trata com fidelidade a obra de Graciliano Ramos.
A direção do filme é de  Nelson Pereira do Santos. A obra conta a história de Fabiano e sua família e é um dos clássicos da literatura Brasileira.

Confira:

Antônio Nóbrega - Lunário Perpétuo



Um pouco de cultura popular.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

O que mais de mim queres? (Lid Galvão)



Queres de minh’alma o ópio?
A salmoura de meu último
Desmaio corporal?
Do meu desejo queres a fala,
Rouca e salivante;


Queres o tremor, o pudor em
Insuportante saudade.
O que mais de mim queres?
Já tens meu tudo aos pés de
Seu impactante nada.



Disponivel em:

Danças Brasileiras - Bumba-meu-boi #1

Um pouco de Bumba-meu-Boi :

Danças Brasileiras - Bumba-meu-boi #2

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Leitura de pensamento (Lid Galvão)


Enquanto minhas córneas enxergam paredes invisíveis lustradas de tecidos cor de terra e minha loucura chega a seu ponto mais crítico aplaudido pela lei do silêncio, seu corpo ameaça abdicar de tal nobre forma nua, crua do arrependimento de seu carma. Era então, missão minha aflorar novamente sua despenteada vergonha, fazer-te aventurar em planos terrenos em quaisquer que fosse as estações, frias ou rosadas, mediante apelo soluçante de sua ainda viva vitalidade medonha, de uma filosofia administrativa grotesca em seus olhos oceânicos; doces e ainda assim: ponderáveis.

Folcloricamente suas carnes deliciam primórdios com veias de barro e sede insaciável, supre a decadente moralidade crédula de aspirantes a conservados. Naturalmente, embora o presente retroceda, e me abrace com suas patas e unhas grandes direto no peito seu, tenho a livre convicção de uma águia faminta a flanar rasteira sobre a relva que a decência foi extinta quando (supostamente) tiveram a ideia de inventar o ser humano.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

GCM proíbe distribuição gratuita de livros no Centro de São Paulo


Como essa pagina tem o intuito de divulgar Arte, não posso ignorar a literatura, uma vez que o exercício da leitura nos faz cidadãos mais conscientes e críticos em meio as inúmeras divergências sociais do cotidiano. Esta noticia em especial me chamou muito a atenção, pelo seu elevado teor de estranhamento, sendo assim compartilho com o leitor de O MARICAL.
Por Gustavo Magnani
A notícia é tão polêmica, estranha [e revoltante] que já está causando um grande “bafafá”: 
Uma distribuição de livros gratuita que aconteceria na manhã desta segunda-feira (10), na frente da Prefeitura de São Paulo, no Centro, foi abortada pela Guarda Civil Metropolitana na noite deste domingo (9), segundo a ONG Educa Brasil. De acordo com Devanir Amâncio, presidente do grupo, os organizadores do evento tinham acabado de descarregar a primeira caixa com os livros no Viaduto do Chá quando guardas os abordaram e afirmaram que a distribuição não poderia acontecer.
“Os guardas falaram que a ordem era de não distribuir os livros, e que eles seriam recolhidos como entulho caso insistíssemos. As pessoas que estavam descarregando ficaram com medo de continuar e saíram rápido do local”, disse Amâncio.
Segundo ele, os guardas chegaram a perguntar se o grupo tinha autorização para distribuir os livros. “Eu falei que não, pois aquilo não ia atrapalhar ninguém. Nós nem colocamos faixa, só tinha uma lona para os livros, uma lousa e duas cadeiras para pessoas mais idosas se sentarem”, comentou.
Ainda de acordo com ele, livros foram oferecidos para os guardas. “Um deles estendeu a mão para pegar, mas o outro falou que eles seriam punidos”. A Guarda Civil Metropolitana foi procurada pela reportagem do G1 para se posicionar sobre o caso, mas não havia respondido até as 12h desta segunda-feira.
Ainda segundo Amâncio, cerca de 8 mil livros seriam dispostos em lonas e distribuídos a partir das 10h desta segunda como uma forma de protesto ao descaso com as bibliotecas públicas da capital paulista. A “Bienal Relâmpago”, como foi chamada, será transformada em uma “Bienal Móvel” – duas kombis percorrerão locais movimentados do Centro de São Paulo oferecendo os livros aos pedestres. De acordo com Amâncio, a nova distribuição deve acontecer na manhã de sábado (15). [RETIRADO G1].
****
Vocês preferem que eu comece por onde? Pelo óbvio? Tudo bem: tirar drogas da rua ninguém quer, agora, livros [...] É tão absurdo acreditar que a notícia veiculada é verdadeira que começamos a nos questionar onde está a racionalidade que supostamente difere os homens dos animais:
“vocês tem licença pra distribuir livros?”
“Livro? Isso aqui é pacotinho de Crack, sinhô”.
“opa. Desculpe o incômodo. Pode voltar ao serviço, amigo.”
É um tanto difícil falar sobre o assunto, pois, qualquer coisa dita soa como extremismo descabido. Mas, não é a questão. Por exemplo, tentei medir quais seriam os motivos de terem mandado os guardas [sim, porque eles não são os culpados por isso]. Perturbação pública? Duvido. Que mal pode causar a doação de livros para, assim, ocorrer o incentivo da leitura?
Opa… opa… que mal é esse? Já se tornou quase que uma opinião geral [e isso é algo ótimo, diferente de outras opiniões gerais] que os políticos desvalorizam a educação para continuarem no poder. Pois [e aqui retomo aquilo que disse na postagem sobre a proibição de Dalton Trevisan] a leitura possui uma capacidade influenciadora gigantesca. No entanto, me parece um tanto conspiracionista acreditar que um político da cidade iria exigir tal intervenção. Então, tentemos buscar outro motivo.
Ocupação de área pública? Mas, seriam apenas algumas lonas, cadeiras, ninguém iria ligar em desviar pro lado. Além de que, ao longo de todas as cidades, existem ocupações indevidas do espaço público. Por exemplo, numa escala menor: quantas casas jogam entulho na rua, impossibilitando tanto o tráfego pela calçada quanto pela metade da pista. Numa escala maior: quantas outras áreas públicas são ocupadas por traficantes/bandidos, impossibilitando o uso ou a passagem pela mesma? Portanto, ocupação de área indevida me parece insensato.
Agora, sinceramente, não consigo pensar em mais nada. Sobram, então, duas opções: a “conspiracionista” e a “foda-se essa merda, vamos encher o saco com coisas inúteis” [ultimamente, começo a achar que essa última opção motiva muitas coisas no Brasil].
Em defesa da “conspiracionista”, digo que só uso esse termo porque me parece um tanto ingênuo acreditar que essa “proibição” iria desanimar a ONG ou outros incentivadores da leitura. Por isso, à primeira vista, pode soar um tanto estranho que o prefeito, ou alguém do alto escalão, tenha decretado: “Não. Não vão distribuir livros”. E aí existem dois caminhos: “sim, realmente é estranho, mas, o que não é estranho num meio que aumenta mais de 60% o próprio salário em um único ano?”, ou “inibem as pequenas coisas para que as grandes não aconteçam”. Essa última pode parecer ainda mais absurda, no entanto, faz completo sentido e, sim, pode ser o motivo de toda essa proibição absurda.
Agora, sobre o “foda-se essa merda, vamos encher o saco com coisas inúteis”, essa é a resposta mais ao acaso [e, talvez, mais aceitável possível] e, infelizmente, tem muita cara do sistema brasileiro. Seja lá qual for o motivo, consegui conter, ao longo do texto, a certa raiva que paira sobre todos ao ler a notícia. Como semana passada já destilei um pouco de ódio literário na postagem sobre o Vampiro de Curitiba, me arredei aqui, tentando equilibrar as ideias sem diminuir a crítica. Óbvio, o texto acaba sendo menos incisivo, mas, não menos eficaz. [em segredo, acho que já bastaria um texto que se limitasse a xingar a ação dos guardas, mas isso é um segredo].
Quanto aos realizadores do projeto, deixo meus gigantescos parabéns. OITO MIL LIVROS distribuídos gratuitamente é de se orgulhar. Tenho certeza que muitas pessoas irão adquirir o hábito pela leitura por causa dessa ação.
Ao sistema brasileiro, meus sinceros pêsames, pois sua dignidade já morreu há muito tempo. Triste é perceber uma população evoluindo [e que tenta evoluir seus companheiros] ser barrada por um autoritarismo frouxo, arrogante e sem nenhum sentido.

Disponivel em:

Vote Neu

Em período de eleição, prepare seu saco e também os ovos.

Estes videos, gravei no ano de 2010, em meio a campanha política pra presidente e governador, bem... infelizmente os videos não surtiram muito efeito. Mesmo assim, divirta-se:


 Agora eles pedem seu voto...




Depois, eles agradecem a sua incompetência eleitoral.


Supremo faz audiência para discutir polêmica sobre racismo na obra de Monteiro Lobato


Sei não, mas creio que nossos juízes deveriam pensar em coisas mais importantes pra fazer, não entendo como querem censurar Monteiro Lobato, uma vez que existe tantos programas de televisão inúteis que mereciam ser extintos, mas de qualquer forma resolvi postar essa noticia:

sitio pica pau amarelo montei lobato

Por Aline Leal Valcarenghi

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai realizar nesta terça-feira (11) uma audiência de conciliação para discutir a adoção de livros de Monteiro Lobato pela rede pública de ensino. O caso chegou ao STF por meio de um mandado de segurança apresentado pelo Instituto de Advocacia Racial (Iara) e pelo técnico em gestão educacional Antônio Gomes da Costa Neto. Ambos afirmam que a obra de Monteiro Lobato tem “elementos racistas”.



Em nota, o minsitro Luiz Fux, que irá presidir a audiência, afirma que se trata de "relevante conflito em torno de preceitos constitucionais, no caso, a liberdade de expressão e a vedação ao racismo".

Em 2010, o Conselho Nacional de Educação (CNE) determinou que a obra Caçadas de Pedrinho não fosse mais distribuída às escolas públicas por considerar que ela apresentava conteúdo racista. O conselho apresentava trechos da obra para justificar o veto à obra: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão.”
sitio pica pau amarelo montei lobato
Em seguida, o Ministério da Educação (MEC) recomendou que o CNE reconsiderasse a determinação. O conselho decidiu então anular o veto e indicar que as próximas edições do livro viessem acompanhadas de uma nota técnica que instruísse o professor a contextualizar a obra ao momento histórico em que ela foi escrita.

Com o mandado de segurança, o Iara pretende anular a última decisão do CNE. Eles pedem ainda a “imediata formação e capacitação de educadores” para que a obra seja utilizada “de forma adequada na educação básica”. No mandado de segurança, eles afirmam que o livro Caçadas de Pedrinho é utilizado como “paradigma” e que essas regras devem nortear a aquisição, pela rede pública de ensino, de qualquer livro literário ou didático que contenham “qualquer forma de expressão de racismo cultural, institucional e individual”.


Disponivel em: