sexta-feira, 28 de junho de 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Crônica do 79


Por Stephane Lu Vasconcelos


Fim do meu dia, vou para a parada de ônibus suja, suada, faminta e morta de cansada, louca para chegar em casa, e espero MAIS DE UMA HORA até o ônibus passar lotado e parar por pouco. Subo e encontro um lugar onde consigo me segurar na ponta dos dedos. minha bolsa com cerca de nove quilos pende no meu ombro quase a viagem inteira, sem nenhuma bo'alma para segurá-la e sem ter espaço no chão onde pudesse pousá-la. Eis que sobe um DJ de ônibus - que era tudo o que estava precisando naquele momento, considerando que não conseguia me mexer para pegar o celular e o meu fone - e começa a ouvir música gospel altíssima. Achei pouco, então começou a chover e, naturalmente, todas as pessoas fecharam as janelas do ônibus, criando aquela sauna agradabilíssima com os cheiros de estudantes e trabalhadores que passaram o dia na labuta... Cerca de uma hora depois consigo chegar ao meu ponto final, com dor na lombar, fome apertando, pés doendo e cansaço de alma.
Na boa, já paguei os pecados do meu mês inteiro. Ou melhor, de todo o semestre! #Oremos!

domingo, 2 de junho de 2013

ELOY CIA TEATRAL, ESTRÉIA “ESCOLA BRASIL”, ARRANCA BOAS RISADAS E SURPREENDE MAIS UMA VEZ O PÚBLICO.

Um pouco de minha produção...
Por: Fábio Fernandes 


Durante a V Conferência Municipal de Educação da cidade de Lajes-RN, ocorrida no dia 31-05-13 (sexta feira), a Eloy CIA de Teatro estreou de forma surpreendente um trecho da peça Escola Brasil (Working in progress) . A pouco menos de um mês o grupo teatral estreava “A Praça Imaginária” quando na ocasião abordou a temática voltada a cidadania e consciência ambiental, a peça no entanto abordou uma temática extremamente crítica, porém, arrancou muita risada do público. Em “Escola Brasil” não foi diferente, desta vez o grupo veio mais determinado e mais solto pro trabalho performático, a temática base era “Trabalho e desenvolvimento sustentável: Cultura, ciências, tecnologia, saúde, meio ambiente; - Qualidade da educação: democratização do acesso, permanência, condições de participação e aprendizagem”. Num período menos que duas semanas foi possível conceber este trabalho. 



Coordenado pelo Prof. Fábio Fernandes, a Eloy CIA de Teatro num processo criativo essencialmente colaborativo, apresenta um extrato cênico divertido, mas que aborda alguns momentos marcantes de uma sala de aula. Durante esta montagem, vários questionamentos circundaram o limiar critico do elenco, as perguntas frequentes eram justamente, ligadas às carências que a escola brasileira apresenta quando referidas a estrutura, permanência, aprendizagem, relação (Freiriana) professor-aluno entre outros tópicos afins. 

Com relação à aceitação do público, é notável a presença marcante do riso – não o fácil e aleatório- mas o riso critico proposto por  Bertolt Brecht*.  Aquele no qual o sujeito sorrir de sua própria crise, e reflete o problema social de maneira obvia. Optar por um teatro com princípios épicos faz de “Escola Brasil” uma reflexão extremamente critica acerca da relação docente-discente. Segundo o Prof. Fábio Fernandes – “O teatro é sem duvida um meio de fazer o outro pensar e repensar as dores cotidianas, uma vez que o sujeito se torna critico menos romântico (do modo clássico do termo) e mais independente através do seu ser questionador” e também reforça – “É mais que prazeroso expressar num palco, através de um corpo emprestado a um personagem, o que queremos muito dizer pessoalmente e não temos coragem muitas das vezes... Ou seja, teatralizar esse fazer/dizer é dar espaço ao livre modo de pensar o caso”.
 Na oportunidade tivemos duas estreias; Luiz Felippe (6ºB) e Alvaro (E.E Olimpio Procópio - EJA). Além destes, a Eloy CIA de Teatro tem em seu elenco: Thomas Erick, Tallita Raylha, Yan Phelipe, Maria Eduarda, Wanderson Gilberto, Ingride Sabrina e Fábio Fernandes na direção geral.  O grupo tem o intuito de agregar novos alunos dispostos a ingressar no processo de iniciação teatral promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura na nossa escola (Eloy de Souza). 


Sinopse:
Escola Brasil: Num grupo escolar obsoleto, uma sala de aula é configurada desde a chegada de possíveis estudantes rurais em condições precárias à sala de aula até suas (DES) venturas no berço do conhecimento. Neste espaço multifacetado o professor semianalfabeto tenta ludibriar os alunos até então leigos e cheios de dúvidas. Estes viajam a um passeio de campo pra visitar a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, porém, esquecem Zé; um aluno com necessidades especiais (cadeirante) que não é compreendido nem pelo professor muito menos pelos colegas de classe. A precariedade da sala de aula, no entanto, instiga os personagens a não apenas criticar diretamente as mazelas estudantis, mas, sobretudo divertir-se com suas limitações desde aspectos estruturais às características psicológicas e culturais.