terça-feira, 26 de março de 2013

Barreira's Poétika's" #4 "Garrafa's e Sobre a cerca"

Essa semana, continuam as postagens da serie de fotografias "Barreira's Poétika's" , O extrato imagético desta vez são "Garrafa's" e "Sobre a cerca", Confira:
Por: Fábio Fernandes

Engarrafado estou
Como um navio a naufragar no infinito mar das tormentas 
Refugio-me a um espaço limitado pelo vácuo sublime do ser 
Me engarrafam e jogam-me ao mar
Propagando a propaganda garrafar
Invado o espaço natural por natureza naturalmente
Recordo a natureza num leve teor de resistência...
A caminhada me passou rasteira...
Mas espero que breve liberte-me o ser  uma vez trancafiado no gargalo da solidão.

Carta Surda -( Lid galvão)

Por : Lid Gavão
 
Sabe quando você sente a necessidade de permanecer calada(o), sendo que seu silêncio já perdura tanto que agora não consegue sequer convencer a si mesmo? Sempre fui meio equivocada, mas talvez não exista distinção entre a minha torre e a de Rapunzel. A não ser quando ela atrai alguém para salvá-la. Aí com o resto da picaretagem vocês estão acostumados. O certo é que não é difícil entrar em acordo com um beco sem saída. Conversando a gente se entende, é o que dizem. Agora se você vai ceder mais, ou menos, que a outra metade interessada, eu só tenho a dizer uma coisa: Todo mundo, alguma vez, já acordou como se tivesse morrido. Mas isso não impede você de ser um idiota bom(a) moço(a) por não querer revidar. Não estou dizendo pra ser um(a) mau perdedor(a), só acho que a justiça também pode ser injusta.
Faz dias, e sempre me parece que foi noite passada, não sei quem é Joana, mas ela estava no meu sonho dando uma de profetisa. Ela usava um vestido branco como que pra combinar com alguns fios de cabelo. Ela acertava todas, e na minha vez de fazer perguntas, optei primeiro por respontas que satisfizessem os ouvidos de gente alheia que estava prensente. Eu tinha uma nova pergunta, dessa vez pra mim. E Joana tinha os olhos azuis e soberanos rindo o tempo todo, humildemente, da minha subjetividade angustiada. Compreensiva e terna, como a jarra de suco que minha vó sempre guardava pra mim, Joana dizia que não tinha que ser o que eu achava realmente que tinha.
Francamente Joana, você fala como se eu não tivesse o que responder. Eu que às vezes não sei se rio porque tenho algo que me faz única, ou se me ponho a gastar meu orgulho em função de um desfarçado e desacreditado entusiasmo; Eu que sei que estou fazendo alguma coisa de errado comigo, mas que me falta descobrir o que é. Aliás, me falta uma resposta. Por que alguém se ocuparia em trazer alguém pra perto se não queria que ficasse?
Sabe o que me parece? Que Joana se sente incomodada com a pergunta. Provavelmente, anda formulando seus argumentos. Se bem que se ela for mesmo profetisa, vai saber que espero um reencontro. Talvez seja o mesmo que pedi para a àgua não correr sobre a terra, e o mesmo que dizer "não" duas vezes sem saber a tradução certa.  Lealdade, pra mim, nunca esteve no real sentido de sua etimologia. Se a leadade quisesse ser leal consigo mesma, adotaria como sobrenome - no mínimo - as palavras "imbecil" e "acovadada". Não é o mal que me frustra o crescer das unhas, ou esse bando de sílabas recalcadas; e sim o bem. Aquele que tende a imbuir-se orgulhosamente de branco. Cada pessoa tem um modo particular de invocar o sono, quando necessário. Algumas crianças precisam de luzes acesas. Eu, com poucas distinções, dessa aliança supersticiosa...
 
Disponivel em:
http://www.recantodasletras.com.br/cartas/3885573

quarta-feira, 20 de março de 2013

Barreira's Poétika's" #3 Cachorro Perform's

A postagem semanal da série de fotografias "Barreira's Poétika's" traz o fragmento intitulado "Cachorro Perform's".

 Por: Fábio Fernandes

Olhar para o horizonte incerto porém na certeza no infinito percurso...
 Cão vadio, caminha na sede sedento de saúde e de boa água carnívora pra beber...
 Incerto canino a reter-se a si mesmo na existência da dúvida calada e falada, paradoxo trivial...
 Cano,cão,caninos dentes que adentram o duro casco interrompendo os passos longos e infindáveis Quelônicos...
 Morte,matri, mordente... cão certeiro de caçadas objetivas.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Barreira's Poétika's #2 Passos de Tartaruga

A série "Barreira's Poétika's" retorna a aparecer em nossa pagina virtual. As imagens que compõem o membro da coleção fotográfica denomina-se "Passos de Tartaruga". Para o deleite do nosso leitor, apresento esse extrato imagético-performático.

Por : Fábio Fernandes

Me vejo envolto a espinhos... que ferem minha existência...
 Refugio-me ao incrível pensamento utópico de rosas lisas
 A dura pedra petrifica meus passos... mas sigo a diante...
Numa escalada arredia e enfadonha, persisto na busca do alvo tranquilo...

Caminho tentador,tenebroso porém orgânico em sua composição existente e material...

Terra à vista
Retorno aos espinhos à longo prazo.



Re-postagem (O Bode Feio)


A re-postagem de hoje é o curta-metragem "O Bode Feio", a postagem original é do dia 9 de Janeiro de 2011.


Sinopse:

Um bode com limitações físicas vive um conflito no rebanho; poder se relacionar de forma aceitável e viver normal, mas este vive o drama de ser "diferente" entre os outros, mesmo assim persiste em continuar na socialização com o bando.

Esse filme foi o unico em que trabalhei somente no registro de animais, e numa dramaturgia baseada na visualização destes.


quarta-feira, 13 de março de 2013

Barreira's Poétika's - #1 (Fotografia)

Esta semana destaco uma coleção de fotografias da coletânea "Barreira's poétikas".
A seleção de imagens em destaque se chama "Arbórea", imagens estas que consistem na relação da cor, interferindo o meio ambiente, ou seja, a cor intervindo e penetrando o mesmo espaço cotidiano.

Por: Fábio Fernandes

 Amarelo: chama quente, causticante e efervescente do solo castigado pelo tempo seco...
 A aurora logo se mostra apaziguante em meio ao horizonte que suave e sedento se acalma para o sono...
 Azularizulantementezul

A tarde mostra sua pureza num intervalo de principio de paz e calma.
Verde, traduz esperança e saudade costumeira em meio ao verdume jocoso...
A relva aurorática e sutil logo se mostra nos galhos tortos do caminho febril...
E o que dizer do singelo contraste clarinho azul piscina? Mergulhou nos fluxos da paz...
Ficou forte em meio ao fervor da frieza anterior...
Mas o pingo do meio dia, amarela mostrando que o fervor sempre triunfa na poesia arbórea do tempo natural.

terça-feira, 12 de março de 2013

Pequeno Principe (Lid Galvão)



Um pedaço de nuvem caiu do céu...
Veio carregado de lancheiras com
Seu riso estampado. Roubei uma.
Experimentei um beijinho...
Tinha gosto de pipoca de cachorro
Quente; de chiclete de chocolate.
No embrulho dizia que eu devia
Fazer um pedido, mas...
Não posso contar: É segredo.

Disponível em:
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3996790


segunda-feira, 4 de março de 2013

Atravessando o Cabugi Lajes (RN)

Como o bom filho à casa torna, aproveito pra divulgar um pouco da arte natural de Lajes do cabugí. E sugerir ao leitor que visite este pedaço de céu dentro do planeta.