terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Um vôo Duchampeano - Movimento bicicleta

Esse ensaio me passou uma referencia duchampeana, relativo a Marcel Duchamp, um renomado pintor e escultor francês, que por sua vez se consolidou como um importante ícone das vanguardas artísticas europeias do início do século XX. Sendo um dos  dos precursores do estilo dadaísta e da arte conceitual, sendo o inventor dos "ready-made". 

Ao registrar essas bicicletas e suas peças, pude entender o quão forte é uma referencia secular no contexto artístico. Reflito o movimento dos veículos, mesmo estando estáticos num lugar de contemplação.


 O caminho a se percorrer, a falta das peças que giram na estrada da vida, repercutem as ausências que muitas as vezes notamos nessa existência vital. Seguindo esse percurso, Duchamp persiste em se concretizar na arte como forte referencia.



FOTOGRAFIA - Flores sob a ótica sensível nas lentes das possibilidades

Nesse ensaio fotográfico, vislumbro uma experiencia sensível de ver as flores sob um olhar poético nas lentes fotográficas. Me aventuro na possibilidade experimental de explorar a fotografia como meio de reflexão desprendimento do mundo real e cotidiano. A Arte através do olhar fotográfico reitera as inúmeras possibilidade de ver o mundo.


Equilíbrio em meio a folhagens, reflete um jogo de conexões verdes findadas nas flores roxas. Uma inquietação possível em meio ao processo caótico de um sistema complexo de folhas.


A flor com pétalas ainda incompletas se mostra protagonista, visto que em sua configuração, ocupa um lugar central em meio a visão amplamente destacada. Um constante processo construtivista.



Ramificações, levemente voltada para o lado. O vento e a gravidade colaboram para uma sinergia de composição artística e natural. 


Vermelho é a tonalidade poética e preciosa da paixão. Uma tonalidade luminosa que reflete os prazeres mais secretos e picantes.

As sementes das dicotiledônias são folgazes e o verde ressignifica-se a tonalidades mais frias e tranquilas das folhas da espécie vegetal  

A junção vermelha e azul, céu e inferno. Paixão e frieza. Dualidade composta de equilíbrio e simetria resumem o roxo como extrato final.



Flores da caatinga.

Por: Fábio Fernandes


BIBIU - A poética do escultor lajense.

Bibiu é um escultor lajense, que pouco aparece nas mídias atuais, aumentando assim, o desconhecido ser por trás de belíssimas esculturas. A arte que permeia a mão do escultor, reflete a ilusão que rege a ótica visível, na poética esculpida na matéria prima outrora passiva e vulnerável a inspiração do artista, justifica os questionamentos de transformação estética das coisas. Enveredar nas entranhas de processos criativos, remete ao artista a possibilidade de apurar o olhar do observador  a uma sensação de catarse e de questionamentos rasos do tipo: como ele faz isso acontecer? 


O questionamento, a duvida, o encantamento das pessoas ao se depararem com a obra de arte esculpida, está tal qual para o mágico ao executar brilhantemente seu numero e despertar o frisson na plateia. O mestre pode até dizer como se executa o processo, mas jamais irá transpassar o dom criativo e individual da fruição artística, uma vez que a arte é individual e intransferível, isso que a torna única e autentica. Esse é Bibiu, o artista que desperta mistério intrínseco enquanto sujeito, mas que se revela através das esculturas inquestionáveis.

O mestre Bibiu num momento criativo, construindo bonecos de isopor para o alegorias carnavalescas.

"A  criação do artista é única e intransferível"


Texto e imagens: Fábio Fernandes