quarta-feira, 19 de março de 2025

COR



Podemos afirmar que a cor pode ser definida como  uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina , que transmitem através de informação diretamente ao nervo óptico, gerando assim varias impressões para o sistema nervoso.



O esquema em destaque mostra como esse processo ocorre de fato.


A ciência que estuda a medida das cores é chamada de calorimetria. Esses estudos são capazes de desenvolver métodos de quantificação da cor e estuda o tom, a saturação e a intensidade que a cor apresenta. Desse modo podemos perceber que o elemento cor pode ser melhor definido a partir dessas qualificações a ela atribuídas. O tom da cor é que faz com que ela seja identificada como azul, verde, amarela por exemplo. A saturação indica se a cor é visível de forma natural ou pigmentada artificialmente e por ultimo, a intensidade caracteriza a força da cor. A arte sobretudo, necessita entender de fato essas qualidades para assim ser utilizadas em seus processos criativos, não somente no campo das artes visuais, mas também nas demais modalidades artísticas como na fotografia, na luz cênica, na luz cinematográfica entre outras. 



A luz no teatro é importante para complementar a composição cênica, uma vez que essa composição visual ajuda a criar a ambientação do espetáculo.

Desde criança, aprendemos na escola que as cores são divididas em primárias, secundárias, terciárias e neutras. Mas como de fato entender essas subdivisões, visto que na natureza existem milhares de tonalidades de cores, assim como milhares de notas musicais, que são condensadas em sete notas básicas, desse modo notamos que sua divisão resulta em cores de naturezas primarias, secundarias e terciárias da seguinte forma:

 



As cores primárias são: vermelho, amarelo e azul. Estas são consideradas as primeiras cores, pois não é necessário haver junção de nenhuma outra para que elas sejam concebidas. O vermelho é uma cor quente que mostra vitalidade, geralmente utilizada para simbolizar cenas fortes, impactantes que ligam a paixão. O amarelo por ser uma cor suave e alegre que simboliza a vitalidade e otimismo e o azul é a cor que remete a concentração, geralmente representando coisas calmas, frias e tranquilidade.



As cores secundárias são formadas pela mistura de duas cores primárias. As cores secundárias são: verde, roxo e laranja. O azul misturado com o amarelo origina o verde. O azul misturado com o vermelho origina o roxo, e o vermelho misturado com o amarelo origina o laranja.



Já as cores terciárias resultam da mistura de uma cor primária com uma ou duas cores secundárias. São todas as outras cores, como o marrom, que é a mistura de amarelo ou vermelho com preto.

Entretanto, as cores consideradas neutras são usadas para complementar uma cor desejada, sendo que as cores neutras têm pouco reflexo. Entre as cores neutras podemos citar o branco, o cinza e o marrom. O branco é luz isenta de cor, o preto é a ausência de cor e os tons cinza são a mistura do branco com o preto.


 A tabela em destaque mostra algumas configurações de tabelas cromáticas.


terça-feira, 18 de março de 2025

BELO E GROTESCO

Qualificar algo como bonito ou feio é extremamente complexo. Porém, existem certas características que fazem nosso cérebro, à primeira vista, qualificá-lo como tal.

Filósofos e artistas, ao longo dos tempos, se preocuparam em definir a beleza. É por isso que existem inúmeras teorias estéticas e histórias da arte. O mesmo não aconteceu com a feiura. Neste assunto, os teóricos têm sido bastante moderados e as pessoas parecem se conformar com a ideia simples de que o feio é o oposto do belo.

Aceitar que a feiura é relativa e depende dos tempos e das culturas. O que era inaceitável ontem pode se tornar aceitável amanhã, o que antes era considerado feio pode se tornar belo. “O belo é feio e o feio é belo”, disseram as bruxas Macbeth com sabedoria.

Conceito de beleza na idade média

Voltamos ao passado e agora estamos entrando na época da Idade Média para conhecer os cânones da beleza e dos costumes relacionados à moda e à estética.

Durante as primeiras décadas da Idade Média, esqueceram-se dos cuidados com a beleza e surgiu um novo conceito sobre a mulher ligado ao Cristianismo, baseado no fato de que as mulheres só precisavam se preocupar com a salvação de sua alma e esquecer aspectos frívolos, como a moda do vestido ou cuidados com o corpo e os cabelos.
                     

O tempo passou e as mulheres cristãs começaram a usar maquiagem e óleos, influenciadas pela cultura muçulmana, como sinal de cuidado do corpo.

O cânone da beleza daquela época baseava-se em mulheres de pele muito clara, cabelos loiros compridos, olhos e nariz pequenos, batom nas bochechas e lábios, corpo esguio com mãos finas e brancas, seios pequenos e quadris estreitos.


O ideal de beleza das heroínas medievais, descrito nos romances, era: pele clara, rosto alongado, cabelos louros, boca pequena, olhos azuis e sobrancelhas bem desenhadas. Com exceção do rosto, as partes do corpo feminino raramente foram descritas.



Conceito de beleza para Kant

Segundo Kant, a estética apresenta um paradoxo. O julgamento estético tem uma base universal comum à natureza humana. A estética é subjetiva, mas quando se torna universal dá origem a uma certa objetividade baseada em leis naturais.

A beleza da natureza é uma coisa bela, a beleza artística é uma bela representação de uma coisa, conforme expresso em sua “Crítica do julgamento”.


Conceito objetivo e subjetivo de beleza

O objetivista afirma que a beleza ou a feiura das coisas se baseia nas qualidades do próprio objeto. E são elas que provocam emoções no espectador, para que todos sintamos o mesmo ou quase o mesmo.

Essa postura foi dominante, desde a Antiguidade clássica até o Renascimento. Em seguida, basearam-se em proporções que consideravam perfeitas. Ainda, alguns cânones de beleza que governavam a sociedade da época como o “David” de Michelangelo, que mantém uma proporção e harmonia perfeitas. Ou seja, o tamanho da escultura oito vezes o tamanho da cabeça, representava assim o ideal de beleza masculina.

De acordo com o naturalismo ou realismo, a arte deve ser como um espelho da realidade. A beleza consiste em captar a realidade da maneira mais exata possível para que a reconheçamos e admiremos. Portanto, se não consegue representar bem a realidade, considera-se que a obra não é bonita.

Posição subjetivista

A posição subjetivista afirma, portanto, que a feiura ou a beleza das coisas está na mente de cada um, e se refere às emoções sentidas em relação a determinados objetos. Portanto, para os defensores dessa posição, a beleza não é algo objetivo com o qual todos devemos estar de acordo, mas é algo pessoal, que depende de cada observador. Essa postura vem se espalhando desde os tempos modernos até a atualidade. Ou seja, quando a arte deixou de ser entendida como reprodução da natureza para ser entendida como expressão da subjetividade e da liberdade do criador.

Posição objetiva

Comparando as duas posições em detalhes, podemos concluir que quando nos deparamos com a questão de ser a beleza objetiva ou subjetiva, a resposta dependerá do fato de a beleza estar no próprio objeto.

O que é beleza?

A beleza está associada ao belo. É uma apreciação subjetiva, o que é bonito para uma pessoa pode não ser para outra. No entanto, certas características que a sociedade em geral considera atraentes, desejáveis e bonitas são conhecidas como cânones da beleza . A concepção de beleza pode variar entre diferentes culturas e mudar ao longo dos anos. A beleza produz um prazer que vem das manifestações sensoriais e que pode ser experimentado pela visão.

Beleza para Platão

Platão foi o primeiro a desenvolver um tratado sobre o conceito de beleza que teria um grande impacto no Ocidente, tomando certas ideias expressas por Pitágoras sobre o senso de beleza como harmonia e proporção e fundindo-as com a ideia de esplendor. Para ele, a beleza vem de uma realidade alheia ao mundo, que o ser humano não é capaz de perceber plenamente.

Beleza na arte

Na arte, a beleza é aquela que está associada a um conjunto de princípios estéticos intrínsecos a uma determinada disciplina artística. Nesse sentido, a beleza é a maior aspiração artística, pois combina harmonia de formas, impacto expressivo, potencial simbólico e verdade filosófica dentro dos recursos oferecidos por disciplinas como música, literatura, dança, arquitetura, escultura, pintura e cinema, a fim de para nos comover, impressionar e nos encantar.



BELAS ARTES - O QUE É DE FATO BELO?



Muito tem se falado em estéticas artísticas, sobre o que é arte e o que não é. A Arte de fato não se limita a conceitos fundamentados como algo objetivo, pois a existência da dela no mundo circunda um limiar entre a expressividade simbólica comunicativa e o utilitarismo. Desse modo, tende-se a definir o que é e o que não é arte.

Dessa modo,  a expressão belas-artes se refere às artes plásticas, que de forma didática podem ser as formações expressivas realizadas, nas quais utilizam-se  técnicas de produção que manipulam materiais para construir formas e imagens revelando uma concepção estética e poética, processo esse, que surge desde o aparecimento do homem na terra até a evolução da espécie humana.


 Vale salientar que o artista plástico todavia lida com papel, tinta, gesso, argila, rochas, madeira, minerais e metais, programas de computador e outras ferramentas tecnológicas para produzir suas peças. Já em sentido amplo, "belas-artes" se refere ao conjunto formado pelas Artes Visuais, principalmente a pintura escultura, a  Música geralmente se mostrando eruditaDança também de segmento erudito e clássico e o Teatro como grande linguagem lírica que por muito tempo se mostrou reservado a burguesia  e centralizado em algumas elites.  O conceito de belas artes também pode se referir a uma estilização expressiva de cores e modos.

O conceito de "belas-artes" surgiu no século XVIII junto à ideia de que um certo conjunto de características e manifestações artísticas  é superior aos demais. Logo, ao perceber essa definição concreta de que a arte é algo fixo e sem possibilidades de expandir-se no campo além de regras pré-estabelecidas por uma classe de pensadores, não abre-se margem para uma fruição artística ampla. Por esse motivo,  até meados do século XIX, os acadêmicos passavam sempre a classificar as formas de arte em basicamente dois tipos, sendo elas:

  • as belas-artes
  • as artes aplicadas ou artes secundárias

Podemos notar que as belas-artes eram aquelas que, segundo o ponto de vista do período, possuíam a dignidade da nobreza . Sendo mais claro, seriam aquelas que atendiam o gosto de um determinado grupo social, notando assim a limitação da arte no que condiz ser belo, agradável, palatável a quem a consome. Uma vez que  as artes aplicadas, devido ao fato de serem praticadas por trabalhadores , pessoas populares, eram desvalorizadas. A pintura , a escultura e o desenho, determinavam o que era uma arte bela ou não. 

Sendo assim, retomamos a problemática sobre o que é arte certa ou não, do que é belo ou grotesco, erudito ou popular. o fato é que a arte está a transitar numa esfera bem mais ampla do que meras rotulações, e continua de fato a mostrar sua indefinição no tocante a existência humana.


Texto:

Fábio Fernandes

segunda-feira, 17 de março de 2025

Linha Do Tempo Do Ensino De Arte No Brasil

 

Nessa postagem, trago uma pequena linha do tempo acerca do ensino da Arte no Brasil e também uma breve síntese sobre a LDB e suas constituições dentro do ensino da educação artística em nosso país. Esse pequeno mapa cronológico é feito para auxiliar estudantes de arte e concurseiros na área.

Segundo a linha cronológica, em 1816 Durante o governo de dom João VI, chega ao Rio de Janeiro a Missão Artística Francesa e é criada a Academia Imperial de Belas Artes. Seguindo modelos europeus, é instalado oficialmente o ensino de Arte nas escolas.

No contexto de 1900 até o início do século 20, o ensino do desenho é visto como uma preparação para o trabalho em fábricas e serviços artesanais. São valorizados o traço, a repetição de modelos e o desenho geométrico.

Por volta de 1922 Apesar da efervescência das manifestações da Semana de Arte Moderna, o ensino segue as tendências da escola tradicional, que defende a necessidade de copiar modelos para treinar habilidades manuais.

Em 1930 O compositor Heitor Villa-Lobos, no governo de Getúlio Vargas, institui o projeto de canto orfeônico nas escolas. São formados corais, que se desenvolvem pela memorização de letras de músicas de caráter folclórico e cívico.

Em 1935 O escritor Mario de Andrade, então diretor do Departamento de Cultura do município de São Paulo, promove um concurso de desenho para crianças com tema livre. O ganhador recebe uma quantia em dinheiro.

No ano de 1948 É criada no Rio de Janeiro a primeira "Escolinha de Arte", com a intenção de propor atividades para o aluno desenvolver a autoexpressão e a prática. Em 1971, chega a 32 o número de instituições particulares desse tipo no país.

Em 1960 As experimentações que marcam a sociedade, como o movimento da bossa nova, influenciam o ensino de Arte nas escolas de todo o país. É a época da tendência da livre expressão se expandir pelas redes de ensino.

É possível notar que em 1971 Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Educação Artística (que inclui artes plásticas, educação musical e artes cênicas) passa a fazer parte do currículo escolar do Ensino Fundamental e Médio. Posteriormente e 1973, é iniciado a criação dos primeiros cursos de licenciatura em Arte, com dois anos de duração e voltados à formação de professores capazes de lecionar música, teatro, artes visuais, desenho, dança e desenho geométrico.

Desde 1982 inicia-se o desenvolvendo pesquisas sobre três ideias (fazer, ler imagens e estudar a história da arte), Ana Mae Barbosa cria a proposta triangular, que inova ao colocar obras como referência para os alunos. Finalizando em 1996 com A LDB passando a considerar a Arte como disciplina obrigatória da Educação Básica. Os Parâmetros Curriculares Nacionais definem que ela é composta de quatro linguagens: artes visuais, dança, música e teatro.

Bons estudos!

Disonivel em: 

Parâmetros Curriculares Nacionais / Metodologia do Ensino da Arte, Maria Heloísa C. de T. Ferraz e Maria. F. de Rezende e Fusari / Para gostar de aprender Arte: Sala de aula e formação de professores, Rosa Iavelberg

SOL CABOCLO - Poesia



Desde que me tenho por gente
Vou buscando a minha razão
Era um caboclo inocente
Que bem prestava atenção
As coisas que se mostravam
Na vida do meu sertão.

Observando a jurema
Sentindo o cheiro da terra
Passando o fervor da urtiga
Que arde na pele e na serra
O cacto e a umburana
Algaroba de baje amarela

Caminhando pela terra
O sol castiga o lugar
Causticando corpo franzino
Que a fome insiste em tocar
Respiro o orvalho febril
Que a noite vem nos mostrar

Dia nasce e sol retoma
Outrora no grande sertão
Calejado fico tenso
Aumentando o amarelão
Rei do fogo sagrado!
Ilumina meu torrão.

A vazante da lavoura
Já não armazena água
É que a chuva viajante
Vez a gente se esbarra
Ela molha e logo some
Na penumbra se espalha

O carneiro só o osso
Apresenta seu martírio
Mato seco não encontra
Procurar é o principio
Mesmo assim sacrificado
Nele pesa seu oficio

Nosso olhar sobre essa dor
Refrigera o coração
Já cansado do labor
Que permeia esse chão
Estiou o corpo inteiro
E ventou no coração

Olho a geografia
Percebendo sua essência
Busco ser um resistente
Nessa grande penitencia
Calejando os meus dedos
Me sobrando paciência


Tarde quente sol acima
Castigando a labuta
No caminho que partilha
Todos vêm na sua culpa
Ignorando o desejo
Esse caboclo reluta

A pretensa mansidão
Já se foi sertão a dentro
Rebentando o coração
Hoje sem contentamento
Vejo fé se acabar
Só não cessa meu lamento

Em meio a essa penumbra
Meu martírio continua
Todos os meus devaneios
Não se encontram, criatura
Meu anseio é esperança
Que a dor breve recua...

E o sol?
Ah! Esse é rei
Sabe ser trono
Sabe ser forte
Sabe ser dia
Sabe ser morte.


Texto:
Fábio Fernandes

Olhar sensível fotográfico sobre o inicio de uma vida nos entornos da caatinga nordestina


Desafiando-me sempre nas possibilidades de expressar o olhar sensível da arte sobre as variantes imagens da vida, experimentei à ousadia de fotografar um lindo processo cotidiano. Ao aventurar-me nas estéticas culturais disponíveis, vislumbrei uma sessão de fotos que fazia a junção da estação gestacional com as imagens culturais e o laço materno que gritava em cada detalhe do experimento.
 
O sertão nordestino aliado a forte peculiaridade da caatinga, esse importantíssimo bioma exclusivamente brasileiro que compreende cerca de 11% do território nacional e cerca de 70% da região Nordeste. Pelo fato de Apresentar uma grande biodiversidade, não seria diferente  nas inúmeras possibilidades poéticas de expandir o olhar fotográfico. Ainda sem técnica e numa perspectiva experimental.
No papel de grande entusiasta de nossa vegetação como assunto artístico, não poderia deixar de expressar um primeiro plano com um ângulo agudo de 90º graus evidenciando uma espécie vegetal que sugere a vida como elemento a se transpor em meio ao processo imagético e de certo modo poético. 
Acessórios ligados ao cangaço também compõem o look da modelo que ao se entregar ao processo não nega a identidade visual e cultural de mulher forte e resistente do sertão. Esse em que a mulher se torna símbolo de força e resistência diária. Seria uma clara citação à Maria Bonita? Diretamente não, mas indiretamente a junção de elementos podem sugerir essa possibilidade representativa à personalidade de nordestina de fato.


 É nítido o poder romantizado na região catingueira, muitas das vezes estereotipada como lugar de seca e falta de vida. Desconstruindo essa visão cristalizada, a arte fotográfica experimenta dialogar o movimento artístico com a visão poética  da resistência cultural nordestina.  Percebe-se que a discriminação é causada por fatores de ordem social, econômica e cultural por alguns setores de outras partes do país ocorrendo não só pela região geográfica, mas também preconceito de classe e etnográficas. O casal se encontrando, mostrando a ponte familiar do afeto refaz o pensamento firme da família que resiste aos embates. E nesse intuito, a arte se revela uma forte depoente de resistência.


O sol, não mais se apresenta como uma espécie de anti-herói, mas numa perspectiva poética que faz jus a beleza visual de uma vida a se apresentar ao mundo. O pôr do sol a encandear-se, nas mãos unidas e no pequeno par de sapatos de lã artesanalmente concebidos pelo artesanato de crochê, inicia um ciclo de passos importantes em meio ao grandiosos processo na complexa roda da vida.
 


As poéticas da família que se reinventa é o ápice desse processo tão ilustre. A arte se mostra viva e sugere uma nova visão acerca do sertão catingueiro. A Arte é testemunha desse processo.


Texto e Fotos:
Fábio Fernandes 

Modelo: Rayane

Alguns filmes sobre o nordeste brasileiro


Caros leitores de O MARICAL. Nessa postagem, irei enfatizar algumas produções do cinema nacional, alguns por sua vez são produzidos no nordeste brasileiro, destacarei 10 produções cinematográficas que foram feitas nesse celeiro cultural tão importante para a história do Brasil. As obras em destaque foram produzidas  a partir de meados da década de 90 tem essa região do país como referência histórica e ou sociológica. Seguem as seguintes obras cinematográficas: 


Abril Despedaçado (Melhor Filme Sobre Família – Melhor Filme Sobre Circo – Melhor Filme Sobre Disputa – Melhor Filme Sobre Busca Pela Liberdade – Melhor Filme Dos Melhores Filmes)

Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família. Tonho vive atualmente uma grande dúvida, pois ao mesmo tempo que é impelido por seu pai (José Dumont) para vingar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival, sabe que caso se vingue será perseguido e terá pouco tempo de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa então a questionar a lógica da violência e da tradição.

For All – O Trampolim Da Vitória (Melhor Filme Musical De Guerra)

A convivência de brasileiros com soldados americanos na base de Parnamirim Field, em Natal (RN), durante a II Guerra Mundial. Cerca de 15.000 soldados americanos passaram pela base e suas presenças alteraram a estabilidade das famílias locais trazendo não somente dólares e eletrodomésticos, mas também o glamour de uma cultura de Hollywood, a música das grandes bandas e a sensualidade de cantoras e atrizes famosas. Dentro desse contexto, a história se desenrola em torno de uma família de classe média, os Sandrini, que são abalados pelas novas circunstâncias: amores inesperados, reflexos de intrigas políticas, desafios aos preconceitos e testes para a coragem.




Baile Perfumado (Melhor Filme De Cangaço)

Amigo íntimo do Padre Cícero (Jofre Soares), o mascate libanês Benjamin Abrahão (Duda Mamberti) decide filmar Lampião (Luís Carlos Vasconcelos) e todo seu bando, pois acredita que este filme o deixará muito rico. Após alguns contatos iniciais ele conversa diretamente com o famoso cangaceiro e expõe sua idéia, mas os sonhos do mascate são prejudicados pela ditadura do Estado Novo.


Tatuagem (Melhor Filme De Transgressão)

Recife, 1978. Clécio Wanderley (Irandhir Santos) é o líder da trupe teatral Chão de Estrelas, que realiza shows repletos de deboche e com cenas de nudez. A principal estrela da equipe é Paulete (Rodrigo Garcia), com quem Clécio mantém um relacionamento. Um dia, Paulete recebe a visita de seu cunhado, o jovem Fininha (Jesuíta Barbosa), que é militar. Encantado com o universo criado pelo Chão de Estrelas, ele logo é seduzido por Clécio. Não demora muito para que eles engatem um tórrido relacionamento, que o coloca em uma situação dúbia: ao mesmo tempo em que convive cada vez mais com os integrantes da trupe, ele precisa lidar com a repressão existente no meio militar em plena ditadura.


Lisbela E O Prisioneiro (Melhor Adaptação De Peça Teatral E Melhor Romance Policial)

Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e vive sonhando com os galãs de Hollywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador, que em meio a uma de suas muitas aventuras chega à cidade de Lisbela. Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos problemas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).



A Máquina (Melhor Filme Feito Em Estúdio)

Em Nordestina, cidadezinha perdida no sertão, "Karina da rua de baixo" (Mariana Ximenes) sonha em ser atriz e partir para o mundo. Antes que seu amor lhe escape, "Antônio de Dona Nazaré" (Gustavo Falcão) adianta-se numa cruzada kamikaze para trazer o mundo até Karina. Uma história em que os sonhos contradizem a realidade, as condições geográficas e políticas ameaçam conter a vida, e o amor desempenha o papel de elemento transformador.





Central do Brasil (Melhor Filme sobre o Interior)

Dora (Fernanda Montenegro) trabalha escrevendo cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Ainda que a escrivã não envie todas as cartas que as escreve cartas que considera inúteis ou fantasiosas demais, ela decide ajudar um menino (Vinícius de Oliveira), após sua mãe ser atropelada, a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste

A Pessoa É Para O Que Nasce (Prêmio Melhor documentário)

Três irmãs cegas. Unidas por esta incomum peripécia do destino, Regina, Maria e Conceição viveram toda sua vida cantando e tocando ganzá em troca de esmolas nas cidades e feiras do Nordeste do Brasil. O filme acompanha os afazeres cotidianos destas mulheres e revela suas curiosas estratégias de sobrevivência, das quais participam parentes e vizinhos. Acompanha também, numa reviravolta inesperada, o efeito do cinema na vida destas mulheres, transformando-as em celebridades.


Bella Dona (Melhor Romance Adaptado)

No final da década de 30, Frank (Andrew McCarthy) chega ao vilarejo de Morro Branco, no exuberante litoral cearense, com sua jovem esposa, Donna (Natasha Henstridge), para trabalhar em um empreendimento petrolífero. Apesar das diferenças culturais, ela integra-se rapidamente à paisagem e aos hábitos da região. Logo conhece Nô (Eduardo Moscovis), um pescador jovem e atraente. Nô é filho de Mãe Ana (Florinda Bolkan), uma espécie de líder religiosa da comunidade tão temida quanto respeitada.






Febre do Rato (Prêmio de Melhor Filme Poético e Melhor Filme)

Zizo (Irandhir Santos) é um poeta inconformado e anarquista, que banca a publicação de seu tablóide. Em seu mundo próprio, onde o sexo é algo tão corriqueiro quanto fumar maconha, ele conhece Eneida (Nanda Costa). Zizo logo sente um forte desejo por Eneida, mas, apesar de seus constantes pedidos, ela se recusa a ter relações sexuais com ele. Isto transtorna a vida do poeta, que passa a sentir falta de algo que jamais teve.


Ps: As sinopses dos filmes citados têm como fonte: ADORO CINEMA

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