O MARICAL
Arte em evidência!
terça-feira, 5 de agosto de 2025
PERSPECTIVA DOS 40 (cronica)
quarta-feira, 30 de julho de 2025
10 filmes para relembrar a carreira de Hector Babenco
O diretor Hector Babenco, foi um dos maiores nomes da história do cinema nacional. Ele que fora indicado ao Oscar de melhor diretor pelo filme "O beijo da mulher aranha" (1985). Também dirigiu clássicos como "Pixote: A lei do mais fraco" (1982) e "Carandiru" (2003), tem grande contribuição na trajetoria do cinema .
Nascido na Argentina, em 1946, ele e se mudou para o Brasil aos 19 anos. Naturalizou-se em 1977. Em sua carreira, fez ao todo 11 longas-metragens. O primeiro deles, no entanto, foi assinado em codireção com Roberto Farias. Trata-se do documentário "O fabuloso Fittipaldi" (1973).
Relembre, abaixo, os dez longas-metragens de ficção Hector Babenco:
Além de receber quatro indicações no Festival de Gramado, “Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia” foi eleito o melhor filme pelo júri popular da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, em 1977.
Baseado na obra homônima de José Louzeiro, “Lúcio Flávio, O Passageiro da Agonia” marca o início da parceria entre o cineasta e o escritor e roteirista. Roteirista do filme, Louzeiro ainda escreveu o livro “Pixote - A Lei do Mais Franco”, levado para as telonas em 1981 por Babenco.
Na vida real, "Pixote" acabou rendendo uma história trágica. O ator Fernando Ramos da Silva, que interpreta protagonista do filme, acabou não seguindo carreira. Sete anos após o lançamento do filme, ele foi assassinado por policiais em São Paulo.
José Louzeiro, autor do livro que inspirou “Pixote”, voltou ao assunto em “Quem matou Pixote?”, para contar a trajetória de abandono e violência policial e social que permeou a vida de Fernando.
William Hurt recebeu o Oscar de melhor ator Sônia Braga e Raul Julia (“Família Adams”) também estavam no elenco. O filme também concorreu nas categorias de roteiro adaptado e de melhor filme.
Baseado no livro homônimo de Manuel Puig, o longa se passa num presídio de um país latino-americano. Na mesma cela estão Valentín Arrengui (Raul Julia), um militante de esquerda, e Luís Molina (William Hurt) um homossexual condenado por "corromper menores".
Ao longo das conversas, ora intimistas, ora politicamente engajadas, os dois vão desenvolvendo uma amizade.
A produção conta a história do alcoólatra Francis Phelan e da ex-cantora de rádio depressiva Helen Archer. São dois sujeitos com problemas com bebida e muitos dramas no passado.
A trama se passa no fim dos anos 1930, em Albany, Nova York nos Estados Unidos. O país enfrentava na época os efeitos da Depressão econômica. Mas o que interessa aqui não é tanto o contexto histórico quanto os dilemas pessoais de cada um.
O longa é baseado no romance de mesmo nome escrito pelo autor americano William Kennedy. A obra ganhou o Prêmio Pulitzer, o mais respeitado da literatura americana.
A trama se passa na floresta amazônica brasileira e mistura casais de missionários religiosos que querem converter os índios nativos e mercenários a serviços de exploradores da selva.
Waits e Berenger são os mercenários, sendo que este último se arrepende do serviço e resolve se embrenhar no meio do mato. Já Lightow e Hannah interpretaram o casal mais experiente que mora no local. Quinn e Bates acabam de chegar e trazem o filho pequeno na bagagem.
O elenco tem ainda atores brasileiros, como Stênio Garcia, que faz um líder indígena, Nelson Xavier, que vive um padre, e José Dumont, um explorador.
Ao retornar, com "Coração iluminado", conseguiu ser indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, o mais prestigioso do cinema de arte internacional.
O drama narra o cotidiano da prisão, como a atuação de Varella (Luis Carlos Vasconcelos) em uma campanha de prevenção à Aids. O elenco é recheado de estrelas, como Rodrigo Santoro, Milton Gonçalves, Wagner Moura, Lázaro Ramos, Caio Blat e Milhem Cortaz. E conta com as participações especiais de Rita Cadillac e o rapper Sabotage.
A história do massacre levou dez milhões de expectadores aos cinemas do Brasil e fez o filme concorrer à Palma de Ouro em Cannes.
Um dia, Sofia tenta beijar Rímini à força, e Vera acaba morrendo atropelada ao ver a cena.
O protagonista, então, desenvolve uma misteriosa amnésia e se esquece dos idiomas, algo prejudicial em seu trabalho.
Quem o ajuda é a mulher com quem acaba se casando, Carmen, com quem tem um filho. Mas um dia eis que Sofia reaparece e sequestra o garoto.
O filme é baseado no cultuado livro de mesmo nome escrito pelo autor argentino Alan Pauls.
'Meu Amigo Hindu' (2015)A trama mostra Diego (Willem Dafoe), um diretor com câncer em estado terminal que passa por uma crise. Quando confrontado pela Morte (Selton Mello), Diego expressa apenas um desejo: realizar mais um filme.
As coincidências entre a história do filme e da vida de Babenco não se resumem apenas ao enredo do filme. Diego, assim como Babenco, foi se tratar nos Estados Unidos. É daí que surge o título do longa.
Ele é uma referência a um garoto indiano, que passa pelos mesmos procedimentos que Diego, nos EUA. Juntos, os dois encontram uma saída lúdica para enfrentar a doença.
Disponivel em:
G1 - Hector Babenco: 10 filmes para relembrar a carreira do cineasta - notícias em Cinema
terça-feira, 29 de julho de 2025
ARTE CONCEITUAL - COMO ESSA FORMA DE REFLEXÃO ARTISTICA SE TORNA INCOMPREENSIVEL PELA MASSA.
Em meio ao cenario contemporaneo no qual a internet deu espaço para todos se expressarem, notamos que muitas são as pessoas que de forma desprovida de criterios dizem o que é ou o que não é considerado arte. Para essa questão, podemos abordar a questão da arte como um pensamento de fato abstrato, mas que se desenvolve através de uma cadencia de pensamentos e de pre-expressividade. è o caso da Arte Conceitual que se configura como uma vanguarda artística moderna e contemporânea que surgiu nos anos 60 e 70 na Europa e nos Estados Unidos, esta vanguarda se define como uma expressão artística mais focada nos conceitos, reflexões e ideias, em detrimento da própria estética (aparência) da arte. Sendo assim, uma forma de arte que considera a atitude mental mais relevante.
Notamos então que a arte conceitual se determina como uma “arte-ideia” em detrimento da “arte-visual”, sendo o principal material da arte a sua "linguagem" de fato. Desse modo , os artistas conceituais preocupam-se em criar reflexões visuais mais impactantes e intuitivas para seus espectadores, Uma vez que, esse movimento artístico que critica o formalismo e propõe a autonomia da obra artística, foi capaz de revolucionar muitos aspectos da arte.
O termo “arte conceitual” foi utilizado pela primeira vez pelo artista, escritor e filósofo estadunidense Henry Flynt, em 1961, durante as práticas do Grupo Fluxus.O Grupo Fluxus foi um movimento que reuniu artistas em todo o mundo e tinha como base fazer oposição à comercialização da arte. Eles trouxeram novas definições à pratica artística, dissipando os limites da arte e mesclando diversos conceitos, com grande influência do movimento dadaísta.

É comum ententer que acerca dessa reflexão artistica, a arte conceitual, segundo o escultor estadunidense Sol LeWitt (1928-2007) é definida como "A própria ideia, mesmo se não é tornada visual, é uma obra de arte tanto quanto qualquer produto".
Desse modo, para boa parte dos estudiosos, Marcel Duchamp (1887-1968) foi um dos precursores da arte conceitual no momento em que colocou um mictório no museu e o chamou de arte, com sua obra Fonte, de 1917. Anteriormente, o artista já havia elaborado outras obras que seguiam a mesma linha, como Roda de Bicicleta, de 1913.


Podemos listar como as principais caraterísticas da arte conceitual:
- Crítica ao formalismo e ao mercado da arte;
- Crítica ao materialismo e ao consumo;
- Oposição ao hermetismo da arte minimalista;
- Popularização da arte como veículo de comunicação;
- Arte mental e reflexiva;
- Radicalismo e culto à antiarte;
- Ruptura com a arte clássica e formal;
- Uso de fotografias, textos, vídeos, instalações, performances (teatro, dança).
segunda-feira, 28 de julho de 2025
A DIVERSIDADE NO AUDIOVISUAL: A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE E INCLUSÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO MERCADO
A importância da representatividade
Como a diversidade afeta o mercado
Desafios para a diversidade
Rio 40 Graus – O marco zero do Cinema Moderno Brasileiro
Em meados da década de 50, o coronelismo era comum no Brasil. Ou ainda mais comum. Dentre os acontecimentos políticos da época, Café Filho assumiria o governo deixado por Getúlio Vargas, sendo sucedido posteriormente por Juscelino Kubitschek. A industrialização brasileira engatinhava frente a um país predominantemente rural e socialmente dispare.
Mas raios fúlgidos de esperança reluziam no horizonte. Os movimentos sindical e estudantil ganhavam força e buscavam denunciar o que havia de podre no reino do carnaval, e o cinema teria seu papel de destacar as mazelas do país. Infelizmente, os raios iriam brilhar um pouco menos após o golpe militar de 64.
No universo cinematográfico, os estúdios Vera Cruz anunciavam falência. Oportunidade para reformulações. Lá fora, o cinema respirava novos ares com o Neorrealismo italiano e a Nouvelle Vague francesa, escolas que iriam influenciar as cabeças pensantes tupiniquins. Aqui, não faltavam idéias e idealistas que passariam a operar sob o lema do Cinema Novo Brasileiro: “Uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. Uma nova geração de cineastas, inspirados nos movimentos italiano e francês, indicaria o que o cinema nacional deveria dizer, o que deveria focar e trazer aos olhos da sociedade. Diziam que o Cinema deveria ser realidade, evocar a discussão sobre violência, religião, política, cultura e os grandes problemas nacionais. Não importava se as obras fossem “ruins” frente às produções estrangeiras, se não havia equipamentos, dinheiro ou circuito para exibição. Para eles, filmar também seria escrever a história, com seus filmes feios e tristes, gritados e desesperados, mas com conteúdo relevante.
Para que esse movimento nacional pudesse engrenar, Nelson Pereira dos Santos, em 1955, precisaria mostrar que era possível desafiar capitalismo e comunismo, produzindo, de maneira totalmente independente, Rio 40 Graus, película considerada o marco zero do cinema moderno brasileiro.
Bebendo diretamente do Neorrealismo italiano (ver Ladrões de Bicicleta, 1948), Nelson Pereira queria mostrar não apenas os cartões postais, mas um retrato por completo do Rio de Janeiro e seus contrastes e contradições, habitado por personagens invisíveis e enxotados para o rodapé dos roteiros. Seriam eles que assumiriam o papel de protagonistas. Em Rio 40 Graus, cinco garotos negros do Morro do Cabuçu se espalham pela cidade para vender amendoim com o objetivo de comprar uma bola de futebol.
Copacabana, Morro do Corcovado, Pão de Açúcar e Maracanã são alguns dos cartões postais onde os garotos tentam sua sorte. Enquanto caminham por esses locais, o filme vai apresentando os contrastes sociais, alternando turistas e moradores que podem desfrutar os prazeres da cidade, em conversas fúteis e amenidades da vida carioca, com os garotos do morro, famintos e marginalizados, enxotados aos gritos de “moleque safado”, “malandro”, “vá trabalhar” e até ameaças de prisão.
O malandro do morro, o cachaceiro, o político, a garota de família que engravida fora do casamento, o boa vida da praia e outras figuras símbolo da cidade são apresentados entre uma cena e outra. Envolto por polêmica e perseguições políticas, apenas intelectuais e artistas ficaram a favor da obra, que terminou sendo autorizada para exibição três meses depois de finalizado, com o slogan “o filme que abalou o país”, já sob a presidência de JK.
O conteúdo denunciador do filme é amargo, mas a obra não se entrega a um drama desmedido ou o puro miserabilismo, que viria a ser criticado no Cinema Novo, conseguindo apresentar os abismos sociais mas, ainda assim, imprimir uma espécie de bom humor apesar das adversidades. Apesar do conteúdo denso, o filme consegue ser divertido, encarnando a disposição do brasileiro frente às adversidades. Hoje, 6 décadas depois, notamos que os mesmos problemas persistem, mas os garotos do morro perderam a aura de inocência, sendo vítimas não apenas de uma elite conservadora, mas do tráfico de drogas, atuação de milícias e outros aspectos da violência, como apresentadas no filme Cidade de Deus, com um grupo que sofre das mesmas mazelas sociais, porém aumentadas exponencialmente pela violência urbana.
Rio 40 Graus, apesar de suas limitações estéticas e técnicas, até hoje é uma obra fácil de ver e continua relevante. Suas histórias soltas e personagens cativantes conseguem prender a atenção do espectador, entreter e ensinar um pouco de história, estimulando a reflexão e despertando a crítica social, especialmente quando comparamos a evolução do país após 61 anos. Um filme datado mas atemporal, digno de ser lembrado e indicado.
DISPONIVEL EM:
Rio 40 Graus – O marco zero do Cinema Moderno Brasileiro - Distração Planejada
O CINEMA BRASILEIRO E SUAS MANIFESTAÇÕES EM MEADOS DO SÉCULO 20
O cinema brasileir é visto como uma marca do cotidiano brasileiro em sua essencia, o que de fato o distancia de obras "Hollywoodianas". Em sua trajetória, muito titulos trouxeram mensagens subversivas imersas em pensamentos totalmente anacronicos.
É importante entender que durante a década de 1950, a indústria cultural brasileira sofria com diversos entraves que impediam a produção de filmes e, consequentemente, a criação de obras com grande qualidade técnica. Um pouco antes dessa época, a indústria cinematográfica paulista viveu uma pequena fase de ascensão, mas que foi incapaz de consolidar a sétima arte no Brasil. Dessa forma, jovens intelectuais e artistas passaram a discutir um novo rumo para o cinema nacional.
A primeira importante manifestação desse sentimento de mudança aconteceu em 1952, com a organização do 1º Congresso Paulista de Cinema Brasileiro. Nesse encontro, além de pensar em alternativas para a incipiência da arte cinematográfica, seus integrantes se mostraram preocupados em se distanciar do prestigiado modelo ficcional do cinema norte-americano. Seu grande interesse e inspiração estavam, principalmente, em dialogar com os elementos estéticos oferecidos pelo neorrealismo italiano.
A partir de então, seus objetivos centrais eram realizar um cinema de apelo popular, capaz de discutir os problemas e questões ligados à realidade nacional, e o uso de uma linguagem inspirada em traços da nossa própria cultura.
Em 1955, o diretor Nelson Pereira dos Santos exibiu Rio 40 Graus, o filme responsável pela inauguração do Cinema Novo, que oferecia uma narrativa simples, preocupada em mostrar personagens e cenários que pudessem criar um panorama da cidade que, na época, era a capital do país. Isto levou outros cineastas cariocas e também baianos a simpatizarem com essa nova proposta estético-temática para o cinema brasileiro. O filme chegou a ser proibido pela censura, sendo liberado apenas depois da posse de Juscelino Kubitschek. Esse filme sintetiza a busca por um cinema nacional-popular, que falasse do Brasil para os brasileiros, com uma temática ligada à realidade nacional.
Mas o cinema da década de 1950 ainda se mantinha fiel a uma narrativa clássica, contando histórias lineares, a partir de recursos de câmera convencionais. No início dos anos 1960, um novo grupo de jovens cineastas iria manter essa busca pelo “cinema brasileiro”, mediante formas de linguagem mais inovadoras.
Se o cinema nacional dos anos 1950 preferia narrar a vida dos pobres da cidade, dialogando com a estética dos melodramas e das chanchadas musicais da época, o Cinema Novo desviava suas lentes para o homem do campo. Isso porque, conforme a perspectiva política da época, acreditava-se que a Revolução Brasileira aconteceria no meio rural ou nas comunidades semirrurais.
O golpe militar de 1964 ocorreu num momento em que o cinema brasileiro vivia sua fase mais criativa e diversificada, conquistando um amplo reconhecimento no exterior. O movimento do Cinema Novo tinha assumido para si a tarefa de levar para as telas as utopias e contradições da realidade brasileira, com foco na realidade social, por meio de uma linguagem inovadora e ousada.
A “Revolução Brasileira” parecia iminente quando a democracia foi substituída pela ditadura. A partir de então o cinema, sobretudo os diretores ligados ao Cinema Novo e ao Cinema Marginal, tentou compreender a modernização brasileira, a violência política que se instalou, e o papel dos intelectuais e da classe média diante da nova realidade política.
Disponivel em:
Bastidores das gravações de Rio, 40 Graus – Memorias da Ditadura
sexta-feira, 18 de abril de 2025
Conto - VENENO (Fábio Fernandes)
TITULO:
Veneno
LOGLINE: Um pai solteiro recebe a visita do filho pequeno e tem de aturar a implicância de vizinhos arruaceiros.
SINOPSE: Pedro é um pai solteiro, tímido e muito pacifico e extremamente bondoso, que recebe seu filho pequeno em sua casa para uns dias de férias. Logo se vê envolvido por vizinhos criminosos que se aproveitam de sua calma para chantageá-lo, tirar sua paz e assediarem moralmente com ameaças à ele e seu filho em troca de seu silencio.
ARGUMENTO:
Pedro recebe uma ligação, somente
com a voz de uma mulher, é sua ex-esposa dizendo que vai precisar viajar e tem
de deixar o filho com ele alguns dias de férias. Ele aceita a vinda do filho.
Assim que o menino chega em casa, Pedro curte a presença do garoto. Na
tentativa de brincar com o menino, Pedro encontra algumas caixas no lado de
fora da casa, e recorta para fazer um carrinho reciclável. Mal sabia ele, que
essa caixa pertencia a um grupo de vizinhos envolvidos com praticas criminosas.
Logo, os vizinhos criminosos entram em sua casa e mostram uma cadeira nova de
Pedro toda destruída, e o líder da quadrilha aponta um revólver pra Pedro, que
nervoso tenta proteger o garoto e não entende o motivo dessa ameaça. Os
criminosos estavam mostrando que eles detinham todo o controle da situação e deu
um anuncio de ameaça para que Pedro nunca mais se metesse no caminho deles,
mesmo que sem nenhuma intenção. Pedro se mostra surpreso e amedrontado,
atordoado promete que nunca mais irá se meter no caminho dos vizinhos, jurando
na mira do revólver que vai permanecer em silencio, caso contrario eles matam
seu filho. Assim, Pedro fica sendo frequentemente humilhado pelos vizinhos, que
aproveitam de sua bondade para assediar moralmente Pedro, inclusive dentro de
sua casa. Pedro e o filho são obrigados a fazer todos os caprichos dos
criminosos, até que um dia todos entram na cozinha de Pedro para se drogarem, o
bando do grupo assalta um pote de chocolates e dizem que vão voltar no outro
dia e exige mais comida. Pedro, continua em silencio, sempre querendo proteger
o filho. O semblante de Pedro sempre cabisbaixo e humilhado, o mostra sempre
como um refém dos vizinhos bandidos. Os vizinhos vão embora e prometem voltar
no outro dia pra outra sessão de tortura psicológica. No dia seguinte, os
bandidos retornam à cozinha de Pedro para se drogarem e mais uma vez assaltam
todo o pote de trufas de Pedro. Depois surge a cena dos bandidos morrendo
dentro do carro que eles iriam praticar um assalto. Misteriosamente todos
morrem envenenados. Flash Back de Pedro envenenando todos os chocolates com uma
seringa de veneno e falando pro filho, não tocar nos bombons. O perito criminal
descobre que todos foram envenenados. Mas devido o jeito frio e correto de
Pedro, ele fica fora de todas as suspeitas do crime. Flash Back de Pedro queimando
as evidencias do crime numa pequena fogueira. Pedro sai de mãos dadas com o
filho e diz a seguinte frase. “No jogo da vida, saiba ser imprevisível, o
verdadeiro jogador nunca revela seu potencial aos seus inimigos”.