quinta-feira, 30 de junho de 2011

Mostra fotográfica inédita de Antonio Mari entra em cartaz no ACBEU



As imagens da exposição "New York Street Scenes" foram capturadas desde meados dos anos 1980 até os dias atuais

A exposição "New York Street Scenes" tem curadoria de Dilson Midlej e reúne 21 imagens, entre elas duas fotografias iluminadas por trás (conhecida por backlit Duratrans) e ampliações coloridas e em preto e branco sobre papel.

- Salvador/BA - O cotidiano de uma das cidades mais efervescentes e cosmopolitas do mundo, Nova York, é o centro da exposição que o fotógrafo Antonio Mari apresenta, pela primeira vez em Salvador na Galeria ACBEU (Corredor da Vitória). A mostra "New York Street Scenes" expõe a produção de Mari, natural do Espírito Santo, capturada ao longo dos 27 anos em que esteve radicado nos Estados Unidos, onde trabalhou para jornais como New York Times e New York Post. A exposição fica em cartaz até o dia 16 de julho, com visitação de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h. A entrada é gratuita.

Para compor a mostra, Antonio Mari procurou as fotos que, ao longo de sua carreira, foram as mais marcantes, ou pela estética ou pelo inusitado da situação. Está presente, por exemplo, a foto que conseguiu fazer para o jornal New York Post, na época do Natal, de um grupo de quase 60 "Papais Noeis" que foram obrigados a tomar o metrô conjuntamente pelo não comparecimento do ônibus que os deveriam conduzir para a sede da ONG Volunteers of America, para a qual trabalhavam.

New York Street Scenes

As imagens de "New York Street Scenes" foram feitas desde meados dos anos 1980 até os dias atuais. É uma compilação de quando o artista cursava seu Mestrado em Fotografia pela NYU-New York University, bem como de viagens posteriores feitas aos Estados Unidos, sendo constituída exclusivamente de flagrantes de pessoas, da arquitetura e da movimentação urbana de Nova York. Cenas de parques, estações de metrô e trânsito que refletem o agitado cotidiano dessa que é uma das mais instigantes e populosas cidades do mundo ocidental.


Antonio Mari

Influenciado pelo fotojornalismo, Antonio Mari expressa em seu trabalho um pouco da experiência que acumulou ao trabalhar em jornais diários. Foram nesses veículos que ele começou a desenvolver seu estilo, impulsionado pela adrenalina do fechamento, pela competição interna e externa. "Era comum o assignment editor nos instruir a rodar de carro em busca de uma imagem peculiar da comunidade. Em um dia de poucas ou irrelevantes notícias os editores preferiam publicar essas chamadas "feature shots" de temática local, ao invés de imagens obtidas nas agências de notícias", conta Mari.

Afastando-se um pouco da sua marca etnográfica, Mari revela-se um atento observador do cotidiano, sem se comprometer em fazer uma síntese dos costumes inerentes a essa que é a mais celebrada das metrópoles. Na mostra, ele inclui desde imagens em preto e branco, capturadas em filme Kodak Tri-X com uma Nikon FM2, até a era dos mega pixels.


Segundo ele, uma frase clássica no jargão jornalístico americano é "f8 and be there" (f oito e esteja lá), numa referência à abertura ideal de diafragma f 8.0 para uma foto nítida e a obrigação de estar na hora certa e no lugar exato. "Ou como diria (o fotógrafo) Bresson - le moment décisive - de apertar o botão e eternizar um flagrante da realidade. Para mim, o desafio é muito maior na fotografia do que no vídeo, uma vez que na primeira, uma única imagem estática tem que carregar um grau de informação suficiente para invocar sentimentos, despertar curiosidade e aguçar sua imaginação", diz ele.

Fonte

http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Noticias.asp?id=3683

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Viajando pelo RN (Oratório de João)

Viajando pelo RN, pude ver na cidade de Assu uma apresentação do espetáculo "Oratório de João na Terra da Poesia", vi uma encenação rica em elementos cênicos, com propostas interessantes, mas que pra mim enquanto leitor esbarraram somente na proposta, embora fosse nítida a falta de qualidade técnica enquanto a qualidade do trabalho de ator, a dramaturgia se mostrava coerente e com uma pitada de apelo crítico-social, obviamente que tem a cara da arte do José Helias, um dos diretores da peça. Outro fator que se destaca no espetáculo é a utilização de videos, uma bela junção do fenômeno teatral com outras mídias, a tecnologia de cena estava impecável enquanto estrutura, mas a administração do tempo de apresentação é que ficou extrapolada, chegando as vezes a achar que estávamos em uma sessão de cinema. Achei ousado o fato de usar crianças de grupos sociais da cidade, a coragem do pessoal pra fazer acontecer a arte numa cidade que falta investimento destinados a cultura, ousar se mostrar, que é uma qualidade que até então pode ser considerada louvável.
O que me deixa triste, é o fato de saber que os artistas não estão recebendo o seu devido valor enquanto profissionais, que pelo "amor" a arte "metem a cara" e mostram com todas as forças o talento individual e em equipe que possuem, enquanto que os senhores do poder afirmam faltar verba pra investir na arte... e por que tem verba pra contratar bandas caríssimas pra tornar a festa do São João mais agradável? Sei que gira muito capital, renda temporária, cresce o turismo e afins... Mas será que não poderíamos investir um pouco mais nos nossos artistas locais?que sem dúvida são os verdadeiros poetas dessa cidade. Poderia aqui falar de todas as falhas que se perpetuaram nesse espetáculo, mas me guardo pra admitir que foi um ato de coragem desses artistas se doarem em meio as diversidades para fazer a arte acontecer.

Confira algumas imagens desse trabalho:


Ausência (by Lidiane BlanchetT )

Acaricio o cabelo meu

Como numa expressão

Apaziguadora. Sinto falta,

Antes de tudo, antes que

Algo aconteça para isto.

Me parece branda e

Esperançosa à terra;

Doa-me ternamente seus

Sentimentos, a claridade e

A penumbra, mas em

Cinzas desmancham-se

Meus ossos...

Viajando pelo RN (Arraiá 100% Ferroviário)


Viajando pelo RN, ví na cidade de Assu uma quadrilha estilizada muito bacana, não é porque seja de minha cidade natal, mas foi de grande alegria ver que essa forma de manifestação cultural, pode contribuir com a permanência viva da tradição junina no nosso estado em especial. Falo do arraiá 100% Ferroviário, de minha querida Lages do Cabugi -RN.
Não me contive em ver somente a beleza das coreografias, mas sim a dramaturgia que se criou baseada em um elemento simples; O Balão junino, que de certa forma, oscila entre uma tradição do período junino e ao mesmo tempo pode ser um causador de incêndios no meio ambiente, ví uma temática que mostrava o fator social e ao mesmo tempo acendia a chama cultural da tradição, vi tamanha beleza nos elementos cênicos, como um balãozinho que acendia-se nas costas dos componentes, remetiam a magia das luzes e sem deixar que esse fator estético sobressaísse a bela coreografia proposta pelo grupo. Um fator positivo que na minha opinião pessoal como leitor da obra artística, foi o fato de usarem uma criança pra representar a imagem do balão, era um menininho muito simpático que remetia a uma ludicidade¹ contida na temática a principio tão vaga, ou seja- ponto positivo pro grupo.
Outra qualidade que se mostrou latente, foi a banda de forró que tocava ao vivo, ao contrario de maior parte de quadrilhas que sempre observei, confesso não ser um perito no assunto, mas foi arrebatador ver o conjunto musical empolgado, bem ensaiado em cena, logo me remeteu a uma velho ditado que diz "quem sabe faz ao vivo", por fim fui parabenizar um componente do grupo que por sinal é meu amigo, o Ailton, ele ficou feliz pelo comentário, mas creio que ele percebeu a minha cara de felicidade quando falei que não sabia que em minha cidade natal que a mais de 20 anos a deixei tivesse um grupo que muito se mostrou fiel e digno ao respeitar o ritual da cultura. Bem, a quadrilha pela qual passei a torcer ficou em terceiro lugar, mas pra mim o que valeu foi ver um belo show que não tem 1ª colocação que tire a beleza e a garra destes artistas.


Glossário
Lúdicidade - Qualidade do que é lúdico
Ludico - Relativo a jogo ou divertimento. = recreativo
2 Que serve para divertir ou dar prazer.



segunda-feira, 20 de junho de 2011

Casa das Máquinas (Rock)

É com grande alegria que posto informações sobre uma banda que curto muito, apresento um pouco a "Casa das Maquinas".



Casa das Máquinas é uma da banda brasileira de Rock and Roll. Fundada em 1973, gravou três álbuns pela gravadora Som Livre até terminar em 1978. Em 2007 retornou aos palcos no festival Psicodália e está em atividade desde então. Suas principais músicas são Vou Morar no Ar e Casa de Rock.

Início

A banda começou quando José Aroldo Binda (Aroldo) e Luiz Franco Thomaz (Netinho), dois ex-integrantes da banda Os Incríveis, juntaram-se a Carlos Roberto Piazzoli conhecido como Pisca , Carlos Geraldo Carge, ex-integrante da banda Som Beat, que tocava baixo e guitarra, e Pique, ex-integrante da banda de Roberto Carlos que tocava órgão, piano, saxofone e flauta. No começo ficaram conhecidos como "os novos Íncríveis", fazendo shows por todo o Brasil. Seu repertório incluia músicas de Elvis Presley, Paul Anka, Chubby Checker, Neil Sedaka, entre outros. Nas apresentações vestiam figurinos, se maquiavam e davam grandes performaces teatrais no palco.
Em 1974 entraram em estúdio e gravaram seu primeiro LP, intitulado Casa das Máquinas. Neste primeiro disco a banda seguiu um padrão mais hard rock, que lembrava muito o estilo dos Incríveis. Com a saída de Pique, logo depois da gravação desse disco, a vaga se abriu para um virtuoso tecladista da época, Mario Testoni Jr., que trouxe Marinho Thomaz (bateria), irmão de Netinho. Ambos deram um grande vigor para a banda na época (foram uma das primeiras bandas de rock a usar dois bateristas[carece de fontes]). Entraram em estúdio e gravaram Lar de Maravilhas em 1975, onde foi adotado um estilo mais progressivo.
Nessa época Netinho conheceu um grande compositor, ainda menor de idade, chamado Catalau, que havia sido descoberto em 1976 por Pisca e Netinho. A primeira letra que fez foi "Rock que se cria". Compõs com a banda dois discos, Lar de Maravilhas (1975) e Casa de Rock (1976).
No disco seguinte ocorreram algumas modificações na formação: Carlos Geraldo e Aroldo saíram e o grupo passou a procurar por um vocalista e um baixista. Foi a vez de Simbas assumir os vocais principais; ex-vocalista do Mountry, banda de bailes e shows da época, Simbas trouxe para o grupo sua voz e seu estilo andrógino no palco. Netinho ofereceu o convite para Simbas logo que chegou de uma viagem a Londres, indicado por Caramês (jornalista da revista POP). Simbas ainda teria tido outra oferta de ser vocalista da banda Tutti Frutti, de Rita Lee, porém optou pela proposta de Netinho e ingressou no Casa das Máquinas. Entraram em estúdio e gravaram Casa de Rock, sem baixista. Pisca fez as linhas de baixo e só depois foi convidado João Alberto para assumir o posto de baixista.
Nessa mesma época o Casa conseguiu uma apresentação na TV Tupi, que não foi ao ar por causa da censura: Simbas teria vestido roupas chamativas e feito movimentos exóticos, e este teria sido o principal motivo. Mais tarde o vídeo estaria disponibilizado na internet. Agora seria a vez de Marinho Testoni deixar a banda: seu contrato acabou na época e ele recebeu uma boa proposta para integrar o grupo Pholhas. Seguindo o caminho a banda continuou sem tecladista fixo: Pisca, que era o gênio instrumental, tocava teclado em algumas musicas que não precisavam de guitarra, como "Vale verde" e "Mania de ser". Entraram em estúdio e gravaram o videoclipe da música "Casa de Rock" que continha um cenário com máquinas e andaimes, lembrando mesmo o nome da banda, e publicado mais tarde no Fantástico, da TV Globo. Quase no fim da carreira fizeram um show em Santos em 1978 que foi gravado em uma fita cassete e depois pirateado para CD, uma das últimas apresentações do grupo, que depois ficaria parado até dezembro de 2003.

O fim

Casa das Máquinas, enquanto grupo, acabou em 1978, não por um motivo específico, mas por uma conjunção de fatores. Alguns motivos que podem ter causado o fim da banda foram os seguintes:
  • O mercado fonográfico iniciava o processo de "profissionalização", fechando as portas para aqueles artistas que na época tinham propostas com qualidade, porém que tinham retorno a longo prazo.
  • A disco music estava crescendo no Brasil, ocupando assim o espaço que antes eram terreno de bandas como o Casa das Máquinas.
  • A ditadura militar, já em fase de agonia, fazia questão de incomodar ao máximo, bandas como o Casa das Máquinas eram taxados como maconheiros, bichas, arruaceiros e marginais. Utilizavam diversos pretextos para impedir a banda de se apresentarem na TV.
  • Finalmente, houve o episódio da morte de um cinegrafista da TV Record, depois de uma briga que envolveu alguns membros do grupo. Segundo uma das versões do ocorrido, Simbas, que chegara aos estúdios da Record para se apresentar no programa de Raul Gil em um veículo dirigido por seu irmão, preferiu utilizar-se do portão dos fundos, em vez de entrar pela frente, onde estariam fãs. Enquanto Simbas descarregava seus equipamentos, um motorista de ônibus que encontrou o caminho da saída bloqueado teria começado uma briga, e ao retornar e tentar apartar foi impedido por um câmera da Record, com quem acabou trocando chutes e socos; posteriormente o câmera teria sido internado em um hospital e acabaria falecendo devido a uma perfuração causada por uma fratura de costela. Simbas teve de responder judicialmente, e, apesar de absolvido por homicídio, foi condenado por agressão.[carece de fontes]
Quando a banda acabou os integrantes tomaram os seguintes rumos: Simbas e Marinho Thomaz receberam o convite de Luiz Carlini para fazerem parte do Tutti Frutti, João Alberto seguiu Marinho Testoni para participar do Pholhas, Pisca permaneceu trabalhando como compositor e arranjador para outros nomes da música brasileira e Netinho retomou em sua antiga banda, Os Incríveis.

A Volta

A possibilidade do retorno da banda havia sido estudada há tempos, em dezembro de 2003. Netinho remontou a banda para uma apresentação única em Matão, interior de São Paulo, e a resposta do publico foi melhor que a banda esperava. Nessa formação contaram com Netinho, Marinho Testoni e Marinho Thomaz, e foram chamados Nando Fernandes vocais, Andria Busic (Dr. Sin)no baixo e Sandro Haick na guitarra. O retorno concretizou-se no final de 2007. A banda prepara um novo álbum para 2008, trinta anos após seu antecessor. Além de canções inéditas dando sequência à carreira, contará com algumas regravações em novos arranjos.
Em janeiro de 2008 foram convidados para tocarem no Festival Psicodália de Carnaval, na Serra do Tabuleiro, em Santa Catarina, com um público de 3000 pessoas e um repertório totalmente inédito. A formação que se apresentou festival em 3 de fevereiro de 2008 contou com Netinho, seu irmão Marinho Thomaz, Marinho Testoni, Andria Busic e Faíska.


Fonte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_das_M%C3%A1quinas

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Desenhos de Bronstein mostram como arquitetura foi transformada em mercadoria



- Londres - O artista argentino Pablo Bronstein, de 33 anos, explora em sua nova exposição londrina, Sketches for Regency Living, a forma como a arquitetura se transformou em mercadoria, manipulando os sonhos dos consumidores.

A exposição, inaugurada no Institute of Contemporary Art (ICA) de Londres, onde estará até o dia 25 de setembro, é um olhar crítico à evolução dos gostos da classe média desde o século XVIII na Inglaterra, onde Bronstein vive desde os quatro anos e estudou Belas Artes.

A exposição parodia as construções desde Iluminismo, quando as classes médias começaram a consumir em massa, buscando simular o luxo da aristocracia.

A mostra examina o momento em que começaram a vender lixo arquitetônico às pessoas, afirmou Bronstein nas escadarias do ICA, que pela primeira vez dedica todos seus três andares a um só artista.

O que me interessa na construção do século XVIII é que arquitetura é de má qualidade. São edifícios ruins, muitos nem têm alicerces (...) e foram feitos por gente que queria fazer dinheiro e vender um estilo de vida o mais barato possível, declarou Bronstein.

Entre as obras mais espetaculares expostas no ICA está um grande mural feito em pintura acrílica que representa um majestoso edifício público sem um fim específico, segundo Bronstein, e cujo sóbrio aspecto contrasta com os sinuosos movimentos de duas dançarinas que se alternam para representar coreografias criadas pelo próprio artista.

Gosto da ideia de cidadãos virtuais, como a de edifícios virtuais e ponho os dançarinos como ornamentos humanos, disse. Também chama a atenção o espaço teatral que desenhou em outra das salas do ICA. Pintado cor azul elétrico, o local contrasta com uma fachada branca cuja decoração é uma cornija pré-fabricada de design antigo, uma nova paródia do tipo de arquitetura que nasceu 200 anos atrás.

Os móveis são parte importante da exibição, com duas mesas que se transformam em cama e um armário de proporções gigantescas que se transforma em escritório, com mesa de trabalho e caixa-forte incluídas.

A ideia é falar do gosto do século XVIII, dessa necessidade que eles tinham de transformar uma coisa em outra. (Os móveis) são totalmente inapropriados. Eles criaram uma necessidade baseada no gosto, considerou Bronstein.

Em breve, o artista aprofundará sua linha crítica com uma instalação em Copenhague descrita como um gigantesco urinol unissex, que o permitirá falar do paralelismo entre o esgoto e o mundo moderno. Este grande mictório estará aberto ao público e será arquitetura com cheiro, tema que Bronstein relaciona com os momentos de rebeldia contra a arquitetura, como quando as pessoas se embebedam e urinam nos edifícios.


Fonte

http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Noticias.asp?id=3511

sábado, 11 de junho de 2011

Tomates Verdes e Fritos

Acabei finalmente de assistir a esse filme maravilhoso, e é claro que não posso deixar de recomendá-lo, vale muito a pena ver, pois é uma verdadeira obra de arte na história do cinema mundial.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Arte latino-americana se destaca em Londres

Arte latino-americana se destaca em Londres

- LONDRES - A arte brasileira e latino-americana ganha nova visibilidade em Londres com a segunda edição da feira de arte moderna e contemporânea Latino-Americana PINTA, uma vitrine para mais de 100 artistas consagrados e emergentes de um continente que se destaca e pisa cada vez mais forte na Europa.

Cerca de 60 galerias dos dois lados do Atlântico participam do evento no centro de convenções Earls Court, que a cada dois anos acontece entre a Bienal de Veneza e a Art Basel na Suíça.

"PINTA serve para muitos artistas como plataforma para poder entrar nessas feiras mais globais", explica o presidente da feira, Alejandro Zaia.

A PINTA Londres, que por enquanto atrai mais instituições e colecionadores privados do que o público geral, abrange seis décadas de arte latino-americana com pinturas, esculturas, instalações, fotografias e vídeos, mas com uma forte influência do movimento conceitual dos anos 70 e 80.

Quatro exposições individuais prestam homenagens a alguns importantes artistas como os brasileiros Regina Silveira e Waltercio Caldas, além do mexicano radicado no Brasil Felipe Ehrenberg e do argentino Eduardo Costa. Para o autodidata Ehrenberg, que este mês completa 68 anos, a PINTA é a primeira feira depois de ter iniciado uma nova fase em sua vida com "Manchúria, visão periférica", una retrospectiva de 50 anos de trabalho apresentada com êxito no México, Estados Unidos e Brasil a partir de 2007.

"Desde então tenho uma galeria brasileira e agora está me levando de um lugar para outro", explica à AFP, visivelmente satisfeito de voltar à cidade onde viveu durante seis anos a partir de 1968, antes de descobrir sua "vocação latino-americanista" que o levou de volta às raízes. Sua galeria Baró, em São Paulo, guarda obras desde os anos 70 até hoje e explora alguns dos seus temas prediletos como a manipulação da informação, a ocupação do espaço, entre outros.

A responsável do stand, Marta Ramos, destaca que para sua galeria o principal da PINTA é que "tem um programa institucional muito bom". A feira criou, desde que foi criada em 2007 em Nova York, o programa de aquisições para museus, no qual este ano participam a Tate Modern de Londres, o Centro Pompidou de Paris, a Coleção de Arte Latino-Americana da Universidade de Essex e o Museu de Arte Contemporânea de Castilla e León.

O programa consiste em disponibilizar fundos destas institucições para que sejam multiplicados e totalmente investidos na ampliação das coleções na feira, que segundo os organizadores "encoraja as galerias a levarem o que temos de melhor".

Luciana Brito, de uma galeria de São Paulo, que apresenta a obra "Quimera", um jogo de luzes e sombras da veterana Regina Silveira, 73 anos, decidiu ir à capital britânica porque os colecionadores europeus "estão cada vez mais interessados na arte brasileira e latino-americana". Para Luis Guillermo Moreno, diretor da LGM Arte Internacional de Bogotá, Londres "é o lugar onde estão os maiores colecionadores do mundo", que devem aproveitar que "a arte latino-americana está ganhando força em leilões e feiras" atualmente.

A LGM levou à PINTA dois retratos do consagrado Santiago Botero, que acaba de quebrar recordes num leilão em Nova York, e obras de artistas mais novos como Alfonso Álvarez e Gustavo Vélez. Outras poderosas propostas são 11 projetos de artistas emergentes especialmente selecionados, entre os quais se destacam "paisagens urbanas" do guatemalteco Darío Escobar, feita com bastões de beisebol, e "Prosopopeia" da brasileira Rivane Neuenschwandertschander, uma peça de arte conceitual interativa que recria jogos de palavras a partir de materiais orgânicos como laranjas desidratadas e ovos.

Os preços das obras variam entre 5 mil e 50 mil dólares para os emergentes, e chegam a "centenas de milhares" de dólares para os artistas consagrados internacionalmente, um preço no entanto acessível para colecionadores. "Desde que começamos a Pinta fica cada vez mais difícil para nós mesmos comprarmos a arte de latino-americanos, porque cada vez é mais cara", afirma Diego Costa Peuser, diretor da PINTA, antes de acrescentar: "É um reconoconhecimento aos nossos artistas".

Fonte

http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Noticias.asp?id=3476

domingo, 5 de junho de 2011

CORPS DE WALK teaster I | CARTE BLANCHE | SHARON EYAL

Poema de "Escrituras Sangradas" de Civone Medeiros

BATICUM!
BATICUM!
BATICUM!
TRUE REAL WIRKLICH
TRAUM SONHO DREAM
SÓ ALONE ALEIN

BATIDA SCHLAG DRUMM
HERZ CORAÇÃO HEART
BATE BEAT BATICUM

PALAVRAS SOLTAS NUM CADERNO
REPETECOS, TELECOS-TECOS...

À TONA NA TÔNICA ATÔNITA
D'UMA NOITE TAMANHA

COMO TODAS AS EMOÇÕES IN/
POSSÍVEIS TONS SONS CORES

CARAS PERSONAS SERES PESSOAS
AMORES LIEBE LOVE
DONS...

E APÔIS?

SER DOIS É DOM!

MEIN HERZ SÓ BATE EM MIM!
BATICUM!
BATICUM!
BATICUM!

Autenticidade de esculturas inspiradas em obras de Dalí é questionada


Londres - Dezenas de esculturas inspiradas em criações de Dalí e apresentadas como obras suas estão expostas atualmente na capital britânica, embora a Fundação Gala-Dalí questione sua autenticidade.
O multimilionário marchand italiano Beniamino Levi, que organizou em Londres uma exposição para venda dessas esculturas similar a outra que ocorre em Paris, garante ter comprado os direitos dessas esculturas nos anos 1980 do então secretário de Dalí, Enrique Sabater.

Na galeria Moor House londrina, uma peça de cinco metros de altura intitulada "Alice no País das Maravilhas" é vendida por US$ 24,6 milhões, junto a versões menores em múltiplas edições e várias cores. Algumas dessas "Alices" foram feitas em 2005, ou seja, anos depois da morte do artista espanhol, em 1989, e nenhuma delas teve como base um modelo criado pelo próprio Dalí.

Mas Levi sustenta que, segundo documentos apresentados por Sabater, o artista aprovou a escultura de Alice, que é baseada em um desenho de 1977. O marchand se negou a mostrar ao jornal britânico o contrato original e os documentos da Fundação Gala-Dalí, responsável pela obra do artista espanhol, que comprovem que muitas reproduções de obras de Dalí foram fabricadas e vendidas após sua morte. O gerente da Fundação Gala-Dalí, Joan Manuel Sevillano, declarou estar investigando como foram comercializadas milhares de reproduções de esculturas atribuídas ao artista.

"As peças não podem ser classificadas como obras de arte. Trata-se de esculturas comerciais, produzidas com fins decorativos", explica Sevillano, citado pelo "The Guardian".

Fonte

Eugène Delacroix



Ferdinand Victor Eugène Delacroix, pintor francês, nasceu em Charenton-Saint-Maurice, em 26 de abril de 1798, e faleceu em Paris, no dia 13 de agosto de 1863. Começou seus estudos de pintura em 1813 na École des Beaux-Arts (Escola de Belas Artes), no ateliê de Pierre-Narcisse Guérin, onde foi colega de Theodore Géricault.

Sob a influência do realismo romântico de Géricault, Delacroix expôs no Salão de 1822 a tela "Dante et Virgile aux enfers" (1822), também chamada de "A barca de Dante", que provocou críticas favoráveis e contrárias. A polêmica se acentua quando apresenta no Salão de 1824 "Scènes des massacres de Scio" (1824), ou "O massacre de Quios", narrando episódios dramáticos da guerra da independência da Grécia contra a Turquia. Em 1828, refaz a tela, separando as pinceladas e avivando o colorido, após ter visto em Londres, em 1827, obras de Bonington e de John Constable.

Delacroix é considerado o mais importante representante do romantismo francês. Na sua obra convergem a voluptuosidade deRubens, o refinamento de Veronese, a expressividade cromática de Turner e o sentimento patético de seu grande amigo Géricault. O pintor, que como poucos soube sublimar os sentimentos por meio da cor, escreveu: "…nem sempre a pintura precisa de um tema". E isso seria de vital importância para a pintura das primeiras vanguardas.

Delacroix nasceu numa família de grande presti

gio social , e seu pai virou ministro da república. Alguns estudiosos por exemplo acreditam , que seu pai natural teria sido na realidade o príncipe Talleyrand, seu mecenas. O fato é que Delacroix teve uma educação esmerada, que o transformou num erudito precoce: freqüentou grandes colégios de Paris, teve aulas de música no Conservatório e de pintura na Escola de Belas-Artes. Também aprendeu aquarela com o professor Soulier e trabalhou no ateliê do pintor Pierre-Narcisse Guérin, onde conheceu Géricault. Visitava quase todos os dias o Louvre, para estudar as obras de Rafael e Rubens.

Seu primeiro quadro foi A Barca de Dante — a obra deste escritor italiano foi um dos temas preferidos do romantismo. A tela lembra A Barca da Medusa, de Géricault, para quem o pintor havia posado.

Algumas pessoas viram no artista um grande talento como o de Rubens e o as semelhanças deMichelangelo. Não tão apreciados da mesma maneira: O Massacre de Quios (1822), A Morte de Sardanápalo (1827) e A Tomada de Constantinopla pelos Cruzados (1840), baseadas em temas exóticos e históricos, de composições bem mais caóticas e de uma dramaticidade e simbolismo cromático incompreensíveis para a Academia.

Com a tela "La mort de Sardanapale" (1827), "A morte de Sardanápalos", de composição extremamente movimentada e cores vivas, passa a ser considerado como o chefe da escola romântica francesa de pintura. Cada vez mais se inspira em temas românticos ou em episódios medievais. Converte-se então no alvo principal dos acadêmicos da Escola de Belas Artes, adeptos do neoclassicismo de David e Ingres, seu rival na época. Comovido com os acontecimentos políticos de julho de 1830, pinta uma alegoria à liberdade, à França e ao seu povo, que representa em suas diversas classes sociais: "A Liberdade guiando o povo" (1831), hoje no Museu do Louvre.

De janeiro a julho de 1832, visitou o Marrocos como membro de uma delegação francesa. Seduzido pelo exotismo e pela luminosidade do país, executou uma série de desenhos e aquarelas sobre os costumes pitorescos dos árabes, que mais tarde utilizará em telas como "Les femmes d'Alger" ("As mulheres de Argel").

Em 1836 executa para o governo uma série de decorações, entre as quais a do salão do rei no palácio Bourbon (1833-1836) e a da biblioteca do palácio de Luxembourg (1849-1861). Um de seus maiores murais é o da capela dos anjos da Igreja de Saint-Sulpice (1849-1861). Especialmente no quadro que representa Jacó em luta contra o anjo, Delacroix revela-se o último grande muralista de tradição barroca.

Algumas importantes obras de Delacroix