domingo, 9 de janeiro de 2011

O Bode Feio

Confira

Um bode com limitações físicas vive um conflito no rebanho; poder se relacionar de forma aceitável e viver normal, mas este vive o drama de ser "diferente" entre os outros, mesmo assim persiste em continuar na socialização com o bando.

A Menina e o Bambolê (Fabinho Fernandes)

Confira
Uma menina solitária, sai de sua casa pra se divertir numa antiga estrada de ferro onde não passa trem há muito tempo, em meio a sua observação aleatória, percebe um bambolê jogado ao tempo e esquecido por alguma criança. O que vem a tona na mente da garota é simplesmente brincar com o objeto, logo que se estabelece uma relação do bambolê com a menina, torna-se clara a lembrança de uma vaga ludicidade que hoje, na contemporaneidade encontra-se restrita simplesmente aos jogos eletrônicos e a internet.

O Bode Feio



Em 2011 comecei o ano pesquisando, sem deixar o que há de criativo passar despercebido. Viajando pelo estado do RN pude notar a demanda de material disponível, ao registrar todo o percurso por onde passava, ví que havia a possibilidade de gravar "algo", o que pra mim sempre foi um desejo, hoje começa a se realizar e ficar "sólido". Na busca incessante por imagens naturais coletei varias figuras, baseado nas possibilidades de criar toda a dramaturgia tendo como base o sertão potiguar. Depois de Gravar "A Menina e o Bambolê" continuei na pesquisa, e nessas locações realizei outro trabalaho, "O Bode Feio", tratando da temática voltada as necessidades especiais em conflito com certa parte da sociedade.

Um bode com limitações físicas vive um conflito no rebanho; poder se relacionar de forma aceitável e viver normal, mas este vive o drama de ser "diferente" entre os outros, mesmo assim persiste em continuar na socialização com o bando.
A paisagem natural, os movimentos propostos pelos animais e a observação através deles. Revelavam uma dramaturgia que se apresentava nítida no que as imagens propunham, as cenas naturalmente foram consatruídas e a música inserida neste filme, faz de "O Bode Feio" uma obra subjetiva e forte.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Carta ao Corpo

Por Simone Brilhante :

Olhando pra você, meu corpinho, minha morada, me inspiro a tal ponto de te fazer uma poesia, pois eu não vivo sem você e nem você sem mim.
caminhamos sempre juntos nessa vida, somente na morte nos separaremos, onde eu seguirei sozinha... serei alma leve, e sentirei muito a sua falta... triste saber que esse dia chegará, mas até lá, vamos vivendo juntos, sentindo, caminhando, dormindo, odiando e amando, sempre juntinhos.
para tí dedico estes versos como uma demonstração do meu afeto:


Máquina perfeita
complexa, côncava, convexa
pequenas partes de um todo
engrenando uma a outra
num funcionamento perfeito
mãos, pés, pernas, braços
ventre gerador de vidas
mente produtora de sonhos
membros, movimentos suaves, bruscos
o corpo...
que se funde com a alma
doces sentimentos que surgem
no corpo através da alma
sorriso, choro, raiva, calma
amor e ódio caminhando lado a lado
e o doce afago de um abraço
o corpo...
no sexo, paixão, prazer
nos movimentos compassados, loucos amassos
sinfonia de uis e ais
suor, calor, arrepio, calafrio
ahhh o corpo...
vivo, movimento, sentimento e calor
morto, inerte, pálido e frio
significativo sempre, mesmo calado
corpo, alma, amor, dor, frio, calor
corpo...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Arte Potiguar - (Cosmofagitas)

Queria desta vez, destacar um grupo que atua nas vertentes da arte contemporânea; Os Cosmofagitas , com uma linguagem rebuscada e subjetiva, propõe ao público diversas possibilidades de leituras em sua obra.
...
O Coletivo Cosmofagitas surgiu em 2009 a partir a inquietação de três amigos: Josie Pessoa, Jota Mombaça e Sussa Rodrigues. O primeiro trabalho realizado pelo grupo foi a intervenção urbana “Correria”, que contou com a participação de Babi Baracho, Pc Gurgel, Izabela Câmara, Jackson David, além dos 3 integrantes do coletivo. A intervenção foi aprovada no XIII Enearte em Salvador. Tempos depois os três amigos se reuniram e decidiram trabalhar mais a fundo com a linguagem áudio-visual e fizeram o “Chá da Tarde”. O vídeo-arte foi convidado a participar do prospecta 2010. Além do “chá da Tarde” também fizeram o “Experimento câncer”, que contou com a participação de Babi Baracho, Elis Pinheiro e Ian B. uma intervenção que posteriormente virou vídeo e o video-arte “Que Bom se Ele Soubesse” que participou do XIV Enearte em Ouro Preto.
O coletivo esta desenvolvendo um pesquisa intitulada por eles de “cine-improviso”, que consiste em criar, escrever e filmar durante um pequeno intervalo de tempo utilizando apenas aquilo que estiver ao alcance no momento de criação. O cine-improviso tem influências no cinema marginal, no dogma 95, no cinema olho do diretor soviético precursor do vídeo-arte, Dziga Vertov e na famosa frase de Glauber Rocha “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”.
Além da parte áudio-visual também temos o Zaragata que é um pedaço de pele do Cosmofagitas que vem pesquisando temas sócias e demonstrando através da dança e da performance. O trabalho do Zaragata se chama “Aboio”, um experimento sem fim.

A mais recente produção do grupo é o vídeo-arte “Que bom se ele soubesse”, que de início buscou uma produção mais planejada, no entanto acabou por se desenvolver dentro da pesquisa já decorrente no grupo. Trata-se de um quebra cabeça com uma narrativa inteiramente desconstruída onde o espectador se vê perdido na rotina entediante de um casal, rotina esta mais confusa ainda por se tratar de uma atuação inteiramente influenciada pela dança-teatro, ou seja, as personagens se movimentam de maneira à sempre fugir do óbvio, Joana Lourdes (personagem do vídeo) cozinha e anda através de uma releitura do espetáculo Café Muller de Pina Bausch precursora da dança-teatro, da mesma maneira ocorre o sufocamento de Roberto Ferdinando, outro personagem da trama.
O vídeo é cheio de referências desconstruídas, entre elas podemos destacar: Laranja Mecânica de Stanley Kubrick. Também podemos identificar como referência as novelas bregas mexicanas.
Por fim nos deparamos com um vídeo que tenta passar o tédio de uma rotina, a confusão existente no se adaptar ao outro, porém não suportar mais sua companhia e ficar junto sem entender o porquê e por fim o quão o amor é brega e tolerável.

Conheça os Cosmofagitas


sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz 2011 !!!


Que nesse ano possamos ter mais ARTE em nossas vidas.