sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ápice (Lidiane BlanchetT)

Só de observar a fotografia sua,

meus olhos fingem que acariciam

seus cabelos, como se eles estivessem

vivos e remexentes a meu lado;

Minhas mãos, transpirantes, seguram

sua face, ainda por temer o óbvio;

meus lábios riem, de maneira a

corresponder também o riso seu;

O palpitar no coração se apressa,

feito outrora, quando invadia o

quintal vizinho em traquinagem.

E me restava tempo para correr faceira.

Minh’aura floresce, mesmo estando

numa estação contrária; Pensa a

sobriedade que está a despir seu silêncio,

e me exibe a um alienado ápice...

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