segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lançamento

Teatro em Bar - um diálogo com o criador A atriz e Professora Elisete Teixeira, mineira, residente em Brasília - DF lança nesta quinta feira, 29, apartir das 19h no Bardallos Comida e Arte livro resultante de sua monografia sobre um momento significativo da cultura teatral Brasiliense.
Teatro em Bar um diálogo com o criador, trata-se de um registro da memória teatral dos experimentos cênicos apresentados em bares de Brasília no final da década de 1970 à 1990 e homenageia Lauro Nascimento, dramaturgo mineiro e pioneiro dessa ação em Brasília. Durante o lançamento o espaço estará aberto prá intervenções poéticas e artísticas a autora, também atriz fará performance do poema da "Negra Fulô" de Jorge de Lima.Sobre a Autora[Image]Elisete Teixeira, nasceu em Patos de Minas/MG em 1956. É Bacharel em Comunicação Social pelo UNICEUB, Licenciada em Artes Cênicas e Visuais pela Universidade de Brasília – UNB e Pós-Graduada em Linguagem Teatral e em Linguagem Artística e Educação pela Faculdade de Arte Dulcina de Moraes – FADM. Veio para Brasília em 1971, iniciou-se no Grupo de Teatro Ariano Suassuna, integrou o grupo Máscaras sendo também uma das fundadoras da Companhia de Artes Cênicas do Terceiro Mundo e doTeatro Menospausa . Atualmente ministra oficinas de Teatro e de Contadoras de histórias.Sobre o Homenageado : Lauro Nascimento em 1962 foi para Brasília, licenciou-se em Artes Plásticas pela UnB. Professor, ator, cenógrafo, encenador, dramaturgo e diretor. Foi um dos maiores incentivadores e pioneiros da Arte Educação, das Artes Cênicas e Plásticas nesta capital . Atualmente reside em Montes Claros onde nasceu em 1938, desenvolvendo trabalhos nas Artes Visuais.Trechos do livro que relatam a experiência vivida no período“Nos dias de apresentações, dividíamos a cozinha do bar com o camarim. Às vezes, entrávamos com um leve perfume de fritura. Mas, nos quatro dias que antecediam a estréia, ficávamos reunidos no porão criando, experimentando, colando, ensaiando, gargalhando e exercendo tudo que o motor do fazer artístico nos provoca. A surpresa e o mistério eram nossos temperos”, conta Elisete Teixeira. “Além dos fregueses do bar, poetas, músicos, escritores e professores, nosso público era composto por gente de teatro, trabalhadores da construção civil, servidores públicos, empregadas domésticas e moradores das redondezas. Tenho certeza de que para os mais humildes aquele foi o único teatro que conheceram na vida”, observa Lauro Nascimento. Os experimentos cênicos de Lauro Nascimento nasceram em 1979, no porão do Papos & Panquecas, no Lago Sul, com o espetáculo Romaria, uma colagem de textos sobre noite, boêmia, solidão e dor de cotovelo, com Gê Martú e Elisete Teixeira no elenco. E seguiram até 1992. Mas se intensificaram em 1985, quando ele retornou a Brasília. Ali, no Bar Cafofo, o criador ocupou, com 11 atores, o porão, batizado de Empório de Teatro da Asa Norte. As apresentações eram gratuitas e não havia cachê para os atores. O que unia todos era o desejo de estarem inseridos naquele movimento. Durante dois anos consecutivos, foram montadas 24 peças curtas que, no livro de Elisete Teixeira, ganham preciosa catalogação com fichas técnicas. “A partir daí, as sucessivas mudanças de espaço (o Cafofo enfrentou crises) dispersaram o grupo. Era como se nós tivéssemos perdido uma referência. No entanto, a ideia dos experimentos continuou viva. Tanto é assim que, em 1989, retornamos ao Cafofo para mais duas experiências. Depois disso, a nosso pedido, antes de virar definitivamente depósito, o porão foi cedido, comercialmente, para a temporada do espetáculo Esperando Godot, de Beckett, com direção de Mangueira Diniz”, avalia Lauro Nascimento. “É difícil falar desse processo todo, porque são tantas histórias, mas o principal foi aprender a possibilidade de fazer teatro do nada. Pintou a ideia e a gente ia atrás, em pouco tempo, sem medo da produção. Fizemos de tudo. Hoje, eu continuo fazendo o que nasceu dali”, conta a atriz Kuka Escosteguy. Os 60 lugares marcados no Cafofo não davam para quem queria. Era preciso se entregar ao chão ou se espremer num vão qualquer. No palco, o improviso era só para lidar com a falta de recursos financeiros a fim de montar luz, cenário e figurino. A qualidade dos espetáculos, no entanto, se sobrepunha. E isso habita as lembranças descritas no livro de Elisete Teixeira.A presente obra conta com o patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura - FAC, da Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal. É uma publicação da Editora Thesaurus. Serviço Teatro em Bar: um diálogo com o criadorLançamento do livro de Elisete TeixeiraLocal: Bardallos Comida e Arte ás 19h

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