terça-feira, 1 de maio de 2012

MUSAS INSPIRADORAS DO MUNDO DA ARTE

Lindas, inteligentes, intrigantes ou tudo isso e muito mais. Conheça algumas das musas inspiradoras de carne e osso por trás de grandes obras de arte.

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Da Grécia antiga pra cá, a função de inspirar artistas passou das mãos de entidades mitológicas para criaturas de carne e osso. Calíope, Clio, Euterpe e companhia cederam lugar para modelos, esposas e outras artistas, que desde então vem tocando o coração e a alma de grandes realizadores, sejam eles músicos, escritores, artistas plásticos ou cineastas. Conheça agora algumas dessas mulheres maravilhosas e os “frutos” que elas geraram.

Patti Smith – a musa de atitude

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E quem disse que uma musa só tem que ficar paradinha e ser bela, sem receber os louros por seus próprios feitos? De cara, a cantora Patti Smith prova que seu talento e personalidade pode ser inspiradores, pois foi exatamente isso que chamou a atenção dos fotógrafos Judy Lyinn e Robert Mapplethorpe para a roqueira. Linn teve Patti como modelo quando ainda era uma estudante de fotografia no final dos anos 1960, em sessões nas quais ambas imaginavam situações cinematográficas para comporem a imagem. Já Mapplethorpe iniciou não apenas uma parceria artística com Patti, mas também um namoro (apesar de homossexual). Muito da Nova York dos anos 1970 pode ser admirada junto ao casal em registros que figuram na história da fotografia com o selo arte de garantia.

Alice Liddell – a musa menor de idade

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A pequena Alice Liddell foi a fonte de inspiração de um dos livros mais conhecidos no mundo inteiro (e não, não é a Bíblia). Trata-se de “Alice no país das maravilhas”, obra infantil que esconde por trás de sua trama a história de uma musa um tanto controversa. Charles Dodgson, mais conhecido por Lewis Carroll, conheceu a menina quando ela tinha apenas três anos. Aos dez, Alice pediu a Carroll que passasse para o papel as fantásticas histórias que ele contava para ela e suas irmãs sobre sua xará em um mundo fantástico. Muitos biógrafos defendem a teoria de que Carroll e Liddell tinham algum tipo de envolvimento romântico, seja ele sexual ou platônico. Verdade ou não, a “parceria” rendeu livros inesquecíveis.

Anna Karina – a musa nova onda

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As más línguas dizem que a atriz Anna Karina conheceu o diretor de cinema Jean-Luc Godard através de um anúncio que ele colocara no jornal em busca de um grande amor e de uma musa para seus filmes. Não foi exatamente esse o percurso, mas o diretor conseguiu o que queria na figura da bela e talentosa dinamarquesa. Juntos, eles fizeram os filmes que definiram a nouvelle vague francesa e vem influenciando diretores de todas as gerações desde então: “O pequeno soldado”, “Uma mulher é uma mulher”, “Viver a vida”, “Bande à part”, “Alphaville”, “O demônio das onze horas”. Tá certo que a relação não durou para sempre e os dois deram um ponto final no casamento em 1965, mas a sétima arte tem muito a agradecer ao amor eterno enquanto durou de Jean-Luc e Anna.

Yoko Ono – a musa destruidora

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A mulher que “destruiu” a maior banda de rock do universo é baixinha, esquisita e só não era chamada de bonita no final dos anos 1960. Yoko Ono colou em John Lennon quando a amizade entre os Beatles já estava em final de festa e iniciou uma parceria para a vida e para a arte com o compositor. Quanto mais a relação se intensificava, mais o Beatle abria o coração em músicas sobre a vida, seus medos, inseguranças, e claro, sobre o amor. Seja em canções totalmente deprê como “Yer Blues”, na estranha “Happiness is a warm gun”, na doce balada “Don`t let me Down” ou na adorável e bobinha “Oh, Yoko”, era a japonesa que estava na cabeça de John. Apesar de problemas no relacionamento, foi a morte prematura do rockstar que deu um ponto final na relação.

Gala Dalí – a muda groupie

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Elena Ivanovna Diakonova (ou melhor, Gala Dalí) era praticamente uma groupie no mundo das artes no século XX. Ela conheceu o poeta surrealista Paul Éluard em um sanatório e os dois de casaram aos 17 anos em 1916. O casal viveu um triângulo amoroso com o pintor Marx Ernst durante u bom tempo, mas em 1929 Gala largou os dois para ficar com o surrealismo em pessoa: Salvador Dalí! Apesar de o pintor ser dez anos mais novo e afirmar ter repulsa pela genitália feminina, ele adorava a companheira com tanto fervor que a utilizou como modelo em inúmeros quadros, além de passar a assinar vários quadros como “Gala-Dalí”. O motivo: ele sentia como se os dois fossem a mesma pessoa. Dentre os quadros mais conhecidos que retratam Gala estão “Galatea de esferas”, “A madona de Port Lligat” e “Leda atômica”.

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Artigo da autoria de Susy Freitas.
Susy Freitas é formada em Letras e Jornalismo pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e hoje se aventura no mundo mágico da pesquisa acadêmica em Ciências da Comunicação. Adora cinema, músicas velhas e rúcula!.
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