quinta-feira, 11 de julho de 2013

O Bom Teatro sempre Causa


Por Fábio Fernandes

 Depois de algum tempo sem postar opiniões (I)relevantes nessa página virtual, venho me apoderar da liberdade proposta pela internet, pra justamente dizer que ser livre é IMPOSSÍVEL na sociedade contemporânea. Sempre temos que estar submissos a uma ordem de grandeza "maior".
  Recentemente montei "Capelinha de Melão e o Casamento de Jurema" no intuito de que iria abordar os problemas sociais por um víeis diferente, mas esqueci (ou não) que estava lidando com um público carente de informações científicas acerca da própria arte. Sei que peguei pesado, pois estou tentando elaborar um formato de teatro crítico, sem parcialidade e digno de reflexões positivas sobre. Acontece, no entanto que mexer em feridas até então tapadas com ataduras causa um certo desconforto.
   Numa das "análises" sobre este trabalho em especial tive que ler que os subsídios da fé são coisas irrefutáveis, então onde fica o livre pensar, a liberdade de não ter fé? Noto por conseguinte, que sempre temos que fazer nossos trabalhos como se tivéssemos "pisando em ovos", com cuidado, cautela e também fazendo uma arte parcial que seja distante do fazer artístico mas que se aproxima a uma mera reprodução que se veja no intuito de agradar um ou outro.
   Se surgem as criticas, isso já mostra que a obra teve impacto, foi decisiva, gerou discussão e inquietamento. Essa revolta do receptor ao perceber a mensagem leva a crer que: Mesmo a piada sendo boa, se você é o alvo dela, tão grandioso vai ser o esforço pra não sorrir. E quando o teatro é de qualidade, pautado numa pesquisa sincera e honesta, sem parcialidade, mas com o pensamento de liberdade critica e expressiva, sem a menor sombra de dúvida vai causar muitos sorrisos contidos.

Nenhum comentário: