segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

LENDAS DE PEDRA - EPISODIO 3 (Eloy CIA Teatral)

Você nobre leitor que sempre esteve acompanhando nossas atividades e publicações deve estar se divertindo com a série "Lendas de Pedra". Eis o terceiro e penúltimo episódio da temporada 2016.


LENDAS DE PEDRA 
Episódio #3

As almas acreditam que Jonas entregou as velas prometidas, no entanto a alma do coronel alerta-os para a travessura de Jonas. O agricultor leva as lamparinas até o Padre Vicentino para que ele as benza. Na ocasião, o líder religioso narra a estoria da alma de Nazarena que não queria ir sozinha pro além, por isso assombrava sua mãe D.Tica e o irmão Olavo.

JOEL PETER WITKIN - FOTOGRAFIA DA INDIFERENÇA


"A obra é o possível e o provável, nunca é o certo. A estética vem sempre primeiro; a obra de arte não apresenta a mensagem de um conhecimento, desenvolvido exteriormente a si, por imitação ou intuição, independentemente da vontade do artista (...) O que o artista fixa, não é o que ele viu ou apreendeu; é o que ele procura e o que ele quer revelar aos outros. (FRANCASTEL, 1998)
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Joel Peter Witkin
Nascido em 1939, na cidade de Nova York, EUA, Witkin começou a se interessar por fotografia aos cinco anos de idade, por influência do Pai. Desde cedo, o pai lhe mostrava imagens da LIFE, LOOK, Daily Mirror, de modo a incentivá-lo ao trabalho de fotógrafo e a concretizar uma experiência fotográfica. Algumas experiências o marcaram e o influenciaram em sua maneira de encarar a vida, servindo de inspiração para sua obra fotográfica e são descritas em seu livro, The Bone House. Filho de Pai Judeu e Mãe Católica, Witkin estudou profundamente a arte religiosa, com ênfase em Giotto e em simbolistas como Gustav Klimt e Alfred Kubin. Além destes, importantes autores como Picasso, Diego Velasquéz, Bosh, Leonardo da Vinci, Goya e Miró fazem parte de suas referências e são descritos claramente em suas imagens.
Gods of earth heaven 1988.jpg

Uma das primeiras experiências relatadas é que, ainda pequeno, presenciou um grave acidente de carro em frente à sua casa, recordando a imagem de uma garota decapitada e sua cabeça rolando até os seus pés. Conta que o que mais lhe chamou a atenção foi a impressão obtida a partir dos olhos já sem vida da garota. Logo após os estudos do Ginásio, Witkin conseguiu um trabalho que lhe proporcionou os primeiros conhecimentos sobre as técnicas fotográficas, PB e em Cor. Em 1961, alista-se ao serviço militar, servindo como sargento até 1964, onde foi incumbido de documentar fotograficamente as mortes acidentais ocorridas em treinamentos militares. “Cheguei a me endurecer de tal forma em relação à morte que me alistei como fotógrafo para ir ao Vietnã. Depois de receber treinamento especial, enquanto esperava ser chamado para o front, tentei me suicidar”.
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Ao sair do serviço militar, retorna a Nova York e trabalhou como fotógrafo profissional atuando como freelancer, assistente e realiza fotografias comerciais e na área de medicina. Após receber o prêmio BFA da Cooper Union, conseguiu uma bolsa de estudos em Poesia na Universidade da Columbia e estudou escultura. Um pouco mais tarde, em 1974, recebeu bolsa de estudos CAP em Fotografia no New York State Council on the Arts. Realizou graduação e pós-graduação na Universidade do Novo México e ganhou diversas bolsas de estudos posteriormente: Fundação Ford – 1977; 1982, 1984 e 1986 – Bolsa NEA; MFA- Universidade do Novo México – 1986; International Center of Photography Awards e Distinguished Alumni Citation da Cooper Union; Prêmio Chevalier des Arts et de Lettres – França – 1990; Em 1993, o American Center in Paris em parceria com o NEA possibilitaram-no criar um programa permanente de Fotografia na França, que posteriormente foi expandido para outros países como a Itália, Eslováquia e Reino Unido. Suas obras fazem parte de acervos permanentes de museus, como a Bibliothèque Nationale – Paris, San Francisco MOMA, o Amsterdam’s Stedelijk Museus, MOMA New York, dentre outros.
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Cada imagem é realizada de maneira única, com laborioso método de execução. Inicia-se com um esboço feito em papel. A partir disso, modelos e objetos de cena são procurados e meticulosamente é realizada uma sessão fotográfica em estúdio, com árdua etapa de pós produção na revelação dos negativos, que são maltratados com agentes químicos e ações físicas, dando acabamento final. Devido aos tais detalhes, produzia em média, de 10 a 12 imagens por ano.
Le Baiser (The Kiss) - 1982.jpg
Pelo tema e composição empregados na construção de suas imagens, Witkin adentra o campo da imagem simbólica, subjetiva, impondo ao receptor a vontade de decifrar a imagem, dentro de um campo de interpretações que vai desde a representação do mundo de forma indireta, ao falso caráter das imagens técnicas, uma vez que a fotografia ali exposta foi concebida enquanto idéia, se realizou mediante um esforço de dedicação humana e não automática e ainda, é um símbolo que pode ser decifrada. Assim, Witkin, ao realizar suas imagens, impõe-se como autor aos olhos do receptor.
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Segundo Nietzsche “Quando você olha muito tempo o abismo, o abismo te encara de volta”. Essa citação talvez consiga resumir a obra de Witkin como um todo. Apesar de inovar e produzir imagens únicas dentro de um contexto atual e pluralista, Witkin aborda temas que manifestam-se recorrentemente nas artes desde sua existência, morte, religião, sexo, padrões estéticos. O fotógrafo faz uma leitura crítica da beleza artificial e padronizada, mostrando o grotesco nos tempos modernos, sempre utilizando como referências a pintura e a escultura clássica.
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Witkin criou uma forma de linguagem inovadora e diferente, que ao mesmo tempo prende e espanta nossos olhos. O artista ganhou o mundo das artes no contexto moderno fazendo sua interpretação da sociedade, dissolvendo limites através do surrealismo fotográfico. Joel Peter Witkin apresenta-nos sob perspectiva singular uma poética inovadora, distante do senso comum. É entre o depravado e o divino que encontra-se o artista. O que o diferencia de seus contemporâneos é a inquietação e o desejo de explorar aquilo que os outros tem medo. Ele desafia o lado negro, onde um vislumbre de luz é puramente autentico. Sua substancia é o maior mistério da humanidade, a questão fundamental da vida e da morte, suas análises são irrespondíveis como regra, mas possíveis de interpretações pessoais. Arte neste caso preenche as lacunas entre os sentidos e o intelecto, justificando então o porquê deste tipo de linguagem.
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Renasciment.jpg
Harvest -1984.jpg
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Jorge Michael

Um dia após a morte do cantor Jorge Michael, posto um clássico de sua carreira musical. Esta canção "Careless Whisper" embalou muitos momentos românticos pelo mundo, sua introdução ao som do saxofone inconfundível nos leva a ligar a musica diretamente ao artista. Saudades de quem admira uma boa musica.

SOBRE MINHA NOITE NATALINA TOTALMENTE PROFANA.

            A imagem pode conter: 1 pessoa, close-up
Nada melhor do que sair da rotina.
Tumá uma, biritá, dançá, sair falando com quem você jamais falaria estando sóbrio, cumprimentar colegas duFÊICIbuqui que curtem até "bom dias" mecânicos mas que pessoalmente jamais falou "OI" ou te convidou pra tomar um café cum " Bulachá ou pro níver da cachorra vira-lata com pitbull de feira. 
Como é necessário pagar 35 conto numa vodka que na bodega custa 6,50. Como é necessário sair do mundinho certinho por uma noite mesmo que ao chegar bêbado em casa a gente vomite e jure até prós céus que nunca mais vai misturar cachaça com gudang.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Lendas de Pedra. Episodio 2


LENDAS DE PEDRA
Episodio # 2
Jonas é um homem bom, vive sossegado junto de sua fiel esposa Terezinha numa pacata fazenda. Certo dia ele notou a falta de sua novilha Esqueleta e prometeu às almas dos vaqueiros uma caixa de velas em troca de sua vaquinha. Devido ao esquecimento e por não pagar a promessa pelo milagre alcançado, as almas aparecem pra ele cobrando as tão benditas velas, pois elas vivem nas trevas e precisam de luz.

BRASIL: UMA CULTURA FEITA DE CULTURAS


Os processos de transformação cultural dentro da formação identitária do Brasil, segundo Darcy Ribeiro: desde o início, somos impositores da lei que nos oprime.

A cultura está em constante mudança, basta olharmos para o passado, mesmo que por um breve momento, para encontrarmos diferenças culturais entre as gerações mais antigas e as que viveram posteriormente. Bauman (2012) acredita que a cultura pode ser herdada ou incorporada, como um produto a ser consumido por cada ser humano que nasce, e sendo uma propriedade, é passível de ser “adquirida, dissipada, manipulada, transformada, moldada e adaptada.”

Laraia (2009) afirma que a cultura é dinamica na medida que os homens “têm a capacidade de questionar seus próprios hábitos e modificá-los” (p.95). O autor discorre sobre dois processos de mudança cultural: o primeiro diz respeito à mudança que ocorre intrinsecamente em um sistema, resultado da reavaliação das interações sociais e produto das forças de protesto e das lutas de um determinado grupo social.
O segundo processo ocorre através do choque entre culturas diferentes, situação na qual pode haver uma aculturação civilizatória brutal e impositiva ou branda e sutil. Seja qual for a natureza da influencia de uma cultura sobre a outra, o autor defende que esse processo de transfiguração cultural existe em praticamente qualquer cultura: o encontro entre sociedades difirentes sempre resultará em algum tipo de intercâmbio cultural.
Durante toda a história da humanidade observamos como o confrontamento entre culturas resulta em uma luta de poder pela conquista não só de capital e recursos, mas também da supremacia ideológica, o que se configura em vários aspectos sociais e áreas do conhecimento. Poucas foram as culturas que, havendo dominado outra militarmente, respeitaram-na e permitiram que os derrotados mantivessem suas crenças, costumes e valores, enfim, sua cultura.
O Brasil não foi uma exceção, porém, aqui, diferentemente da maior parte dos outros lugares do mundo, houve uma intensa mistura entre culturas advindas de continentes diversos. Tal mistura gerou as sementes que, nesta terra, dariam início ao povo brasileiro. Desde então, nossa população se tornou cada mais um produto hibrido que carrega não só os genes de índios, africanos e europeus, mas também a bagagem histórica de supremacia e sofrimento vivida por eles ao chocarem-se em si. Nas palavras de Darcy Ribeiro (2006):
“Todos nós, brasileiros, somos carne da carne dos pretos indios supliciados. Todos nós brasileiros somos, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos.” (p.108)
No momento em que a cultura brasileira passou a se consolidar e os integrantes das três matrizes culturais que a compunham começaram a efetivamente se ver como brasileiros, um novo processo foi criado: o processo de mudança interna do recém-construído povo brasileiro. Foi quando os primeiros brasileiros, diferentes em suas raízes, mas majoritariamente uniformes em sua condição como oprimidos, “se configura como um povo em si, que luta desde então para tomar consciencia de si mesmo e realizar suas potencialidades” (RIBEIRO).

Nos séculos seguintes, o povo nascente construiu e incorporou as características que hoje o definem, agregou um pouco de cada matriz que o originou e, por isso, se tornou único.
A duplicidade moral defendida por Darcy Ribeiro tornou-se parte do que é a cultura brasileira, carregada de estereótipos que buscam uniformizar uma gente tão complexa que dá a impressão de unir vários mundos em um só país.
Com ideais de igualdade e união, esperamos que o processo de endo-transformação cultural aflore cada vez mais o lado humano e resiliente que nos faz ter orgulho da terra onde nascemos.
Referências:
BAUMAN, Zygmunt. Ensaio sobre o conceito de cultura. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Fábio Fernandes pelas lentes de Everton Fernandez

Por: Fábio Fernandes
Imagens: Everton Fernandez
 O artista Everton Fernandez imprimiu em sua essência óptica e fotográfica, a sutileza de poder experimentar as possibilidades de transpor a imagem de um ator que vive a metamorfose cotidiana de maneira impar e singela. Permitiu despir-me da imagem "formada" pra suprir algumas necessidades imagéticas para a sociedade em detrimento dos padrões impostos para as formalidades cabíveis e pertinentes ao nicho social. O que se "esconde" pela imagem singela e invisibilizada talvez seja a ocupação de uma possível rebeldia natural. 
Brincar com os signos sociais modifica uma certa expectativa imagética que o "outro" obrigatoriamente espera de si. Mas afinal, qual é o formato ideal, qual o perfil, qual a personificação que se encaixa com a comunidade? São divagações assim que estreitam as relações de autonomia das pessoas nos seus espaços de atuações. 








Existe mesmo um tabu a ser quebrado em meio as formalidades? Será mesmo que é necessário ser cortês sem  expressar o seu desafeto? Não sei, nem sabemos se essas divagações podem nos mover a formula da boa relação de si com o outro, ou outros ou até mesmo nós mesmos. 
 Sabemos, no entanto que no fim...
  Tudo se perde na fumaça vital. 

Expande-se. Some.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Lendas de Pedra Episodio 1

Quem não conferiu os episodio de Lendas de Pedra no facebook da Eloy CIA Teatral. Eis que  está disponível no YoyTube. Confira o episódio 1.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Projeto 4 Cantos - Sino de Belem

Como definir essa obra de arte?
"Simplesmente a perfeição".Saber retratar a diversidade cultural brasileira de forma sutil e rica, sintetiza o poder da arte representado pelo artista que pesquisa, discute, faz, refaz e finaliza com um tratamento desses. Parabens aos artistas e em especial ao diretor desse clipe Betão Aguiar. Este que realmente evidenciou a riquíssima cultura diversificada do nosso Brasil. Obrigado por mostrar que é possível fazer poesia em tempos difíceis. Obrigado! Estamos carentes de obras assim. Aguardo outros e outros trabalhos como esses!

Música gravada com músicos dos 4 cantos do país, integrante do DVD exclusivo da Luigi Bertolli, 4 Cantos.

Autor da obra original "Sino de Belém": Ewaldo Ruy 
Direção: Betão Aguiar
Produção Musical: Betão Aguiar e Chico Salem
Direção de Fotografia e Câmera: Arthur Roessle e Carina Zaratin Direção de Produção: Mara Zeyn
Roteiro e Montagem: Haná Vaisman
Assistente de Montagem: Cristian Bueno
3ª Câmera e Still: Samuel Macedo
Técnico de som Direto: Felipe Magalhães
Músicas Mixadas por: Gustavo Lenza no Estúdio Navegantes / SP Masterizado por: Carlinhos Freitas no Classic Master / SP
Gravado por: Felipe Magalhães e Chico Salem - Unidade Móvel Nagoma
Assistente de gravação: Silvio Carreira
Correção de Cor: Marco Del Fiol
Coordenação de Finalização: Milena Machado