terça-feira, 4 de outubro de 2011

Artista usa cinzas humanas em quadros de exposição em Praga


Uma exibição de quadros contendo cinzas humanas do controverso artista tcheco Roman Tyc causou surpresa depois de sua abertura , em uma galeria no centro histórico de Praga.

"Quando você tem seis anos e sua mãe morre, você a vê como uma urna metálica e a conhece apenas por fotografias pelo resto de sua vida, você passa a acreditar que há um jeito de libertá-la da garrafa", diz a introdução à exposição, escrita por Tyc."É um depoimento pessoal de Tyc. A mãe dele morreu quando ele tinha seis anos, e ele está tentando lidar com a morte dela", disse Edmund Cucka, diretor da galeria de arte contemporânea Dvorak Sec, durante a abertura da exposição, chamada Grave Robber (ladrão de sepulturas).O artista de 37 anos criou 19 retratos usando cinzas humanas para fazer a silhueta dos rostos, contrastando com o fundo preto. "Os retratos são limpos, não há nada chocante", disse Cucka, acrescentando que cinzas humanas já foram usadas como material por artistas tchecos nos anos 1960.Cucka afirma que os retratos não são de pessoas famosas. São pessoas que ele escolheu aleatoriamente, por estar interessado em suas histórias. Quando consultando, Cucka se negou a informar a origem das cinzas humanas. O artista, que afirma, também, que o excesso de cinzas nas funerárias faz com que elas acabem no lixo, não estava presente na abertura da exibição. "Ele disse que talvez viesse. Mas está muito nervoso, não está aqui agora", disse Cucka.A galeria informou que as pinturas não estavam à venda, e que o artista recebeu o pedido de espalhar as cinzas em um "lugar digno" após a exibição. Tyc é membro do grupo Ztohoven, formado por artistas controversos que ficaram famosos em 2007 depois de piratear uma transmissão de uma TV pública.No mesmo ano, Tyc substituiu o símbolo de 50 semáforos para pedestres em Praga por desenhos de homens pulando ou urinando, o que fez com que recebesse o principal prêmio do Festival de Arte de Viena e tivesse de passar um mês na prisão.
Fonte:
O Estado de Minas

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