Uma exposição de pinturas de Bob Dylan em Nova York gerou uma polêmica motivada por sua originalidade, uma vez que várias telas parecem ter sido inspiradas em fotografias conhecidas, e não em "reflexões visuais" das viagens do músico americano por Japão, China e Vietnã, como haviam indicado os organizadores.
- Nova York - A exposição "Bob Dylan: The Asia Series", composta por 18 pinturas com paisagens, motivos e personagens asiáticos, está em cartaz desde o último dia 20 na Galeria Gagosian, localizada no Upper East Side, perto do Central Park.
Segundo os organizadores, a mostra é "uma reflexão visual das viagens de Dylan por Japão, China, Vietnã e Coreia, e inclui pessoas, cenas de rua, arquitetura e paisagens". Mas fãs de Dylan e o jornal "New York Times" descobriram que pelo menos três das pinturas exibidas se parecem com fotografias conhecidas e de domínio público.
Em sites dedicados ao músico, como o www.expectingrain.com, fãs comentam o assunto e manifestam sua decepção. "Acho triste. Estúpido e triste. Prefiro ter pendurados na parede os rabiscos feitos com lápis de cor por meus netos. Algo honesto e único", diz um seguidor.
"Enquanto algumas das pinturas de Dylan foram baseadas em uma variedade de fontes, incluindo arquivos e imagens históricas, seu frescor e vivacidade vêm das cores e texturas encontradas nas cenas diárias que ele observou em suas viagens", assinala Meg Blackburn, diretora de relações com a imprensa da galeria, em um comunicado enviado.
Bob Dylan, 70, é um mito do rock e folk célebre por suas composições, muitas delas de conteúdo político. Em 2004, ele publicou uma autobiografia que se tornou um best-seller nos Estados Unidos.
A exposição é a primeira de Dylan em Nova York, embora o músico já tenha exibido parte de sua obra na Alemanha e Dinamarca.
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