terça-feira, 30 de abril de 2013

Arte na pré-história


A pré-história é o longo período do passado que abrange desde o surgimento do “homem primitivo” (hominídeo) até a invenção da escrita.

Divisão do período pré-histórico

Paleolítico – Período em que predominaram as sociedades de coletores. Os seres humanos viviam da casca, da pesca e da coleta de grãos, frutos e raízes. O termo “Paleolítico” é de origem grega, sendo que Páleo = velho e Lítico = pedra; Ou seja, denomina-se Velha idade da pedra ou Idade da pedra lascada.
Neolítico - Período em que a pedra recebeu nova forma de tratamento: antes lascada passou a ser polida, sendo melhorado o fio de seu corte. Por esse motivo o neolítico também é conhecido como idade da pedra polida. O termo Neolítico também é de origem grega, Neo = novo Lítico= pedra; Ou seja: Nova idade da pedra.


Os homens pré-históricos foram os primeiros artistas da história alimentavam-se da caça, da pesca e da colheita de frutos. Dois fatos foram importantes nesse período; o homem aprendeu a fazer o fogo com o qual afugentava os animais e se aquecia, e a utilizar pedras lascadas com as quais confeccionava instrumentos pra caçar, guerrear e realizar entalhes nas paredes.

 Mesmo construindo um instrumento, nota-se que o homem primitivo importava-se com a forma e a beleza das peças.

Como os homens pré-históricos moravam em cavernas, são nesses locais que encontramos as primeiras pinturas realizadas pelo homem. São verdadeiros “salões de arte” com pinturas de ursos, cavalos, veados, bisões entre outros.
Para pintar o homem produzia suas próprias tintas misturando terra (geralmente avermelhada por ser rica em minérios) com carvão, sangue e gordura de animeis. Utilizava os dedos e provavelmente, também pinceis rudimentares (como toco de madeira) .
As caças eram representadas pelas figuras conhecidas como “pinturas rupestres”, esta ação poderia ser tida como forma de registro, ou seja: “uma verdadeira fotografia do dia da caça”.
Os artistas pré-históricos também realizavam trabalhos em escultura. Nota-se a ausência de figuras masculinas, predominando assim, as formas femininas. Isso se deve a importância do homem da caverna com a continuidade da espécie. Esses artistas esculpiam em pedra ou marfim mulheres com seios, quadris e ventres enormes (avantajados). O que ressalta, portanto, a importância da fertilidade. Essas esculturas são chamadas de Vênus.
O homem do neolítico começa deixar as cavernas e passam a construir suas próprias moradias. Essas construções são conhecidas como “Nuragues”; edificações em pedra em forma de cone.
A pré-história, portanto, revela que as modalidades artísticas por meio das expressões e necessidades humanas, se mostram com grande importância no dia-a-dia do homem e justifica que a arte sempre esteve presente na trajetória  cultural da humanidade de forma geral.

Fontes:
Imagens: internet
Pesquisa Teórica : Historia da Arte- Graça Proença, ED àtica

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Arte dos Índios Brasileiros


Uma arte utilitária.  
A primeira questão que se coloca em relação à arte indígena é defini-la ou caracteriza-la entre as muitas atividades realizadas pelos índios. Quando dizemos que um objeto indígena tem qualidades artísticas, podemos estar lidando com conceitos de nossa civilização, mas estranho ao índio. Para ele o objeto precisa ser mais perfeito em sua execução do que na sua utilidade exigida. Nessa perfeição para alem da finalidade é que se encontra a noção indígena de beleza. Desse modo um arco cerimonial emplumado dos Bororo, ou um escudo dos Desana, podem ser considerados criações artísticas, pelo fato de ser objetos cuja beleza resulta de sua perfeita realização.
Outro aspecto importante a ressaltar: A arte indígena é mais representativa das tradições da comunidade em que está inserida do que a personalidade do individuo que a faz. Por esse motivo, os estilos da pintura corporal, do trançado e da cerâmica variam significativamente de uma tribo para outra.

A tendência indígena de fazer objetos bonitos para usar na vida tribal pode ser parecida principalmente na cerâmica, no trançado e na tecelagem. Mas ao lado dessa produção de artefatos úteis há dois aspectos da arte índia que despertam um interesse especial. São estes: A arte plumária e a Pintura corporal .
Arte Plumária – Esta arte não está ligada a nenhum fio utilitário, mas apenas a pura busaca da beleza. – Existem dois grandes estilos na criação de peças de plumas.As tribos dos cerrados fazem trabalhos majestosos e grandiosos como os diademas dos Bororo, ou os adornos de corpo dos Kayapó.
Pintura corporal – As cores mais usadas para pintar seus corpos são o vermelho vivo do urucum, negro esverdeado do suco de jenipapo e o branco da tabatinga. A escolha dessas cores é importante, porque o gosto pela pintura corporal está associado ao esforço de transmitir ao corpo a alegria contida nas cores vivas e intensas.
Cerâmica – As peças de cerâmica testemunham muitos costumes dos diferentes povos índios e uma linguagem artística que ainda nos impressiona.
Mascaras – Para os índios, as mascaras têm um caráter duplo: Ao mesmo tempo em que é um artefato produzido por um homem comum, é uma figura viva do sobrenatural que representa. As mascaras são feitas com troncos de arvores, cabeças de animais e palhas de buriti; e são usadas geralmente em danças cerimoniais como, por exemplo, na dança do Aruanã, entre os Karajá, quando representam heróis que mantêm a ordem no mundo.
Enfim, é possível perceber que a arte sempre influenciou os costumes dos mais diversos grupos culturais, sendo que é notável sua importância e valor para significar algo valioso para um determinado coletivo ou individuo social.

Fontes:
Imagens: internet
Pesquisa Teórica : Historia da Arte- Graça Proença, ED àtica




quarta-feira, 17 de abril de 2013

Aprendendo a aprender a cada dia com a arte teatral.

Atualmente estou muito feliz e realizado com minha nova etapa profissional, esta que consiste na incrível jornada de professor da Escola Municipal Dr. Eloy de Souza, em minha querida cidade natal Lajes -RN. Ao trabalhar as mais diversas formas de arte, percebo o quão importante é aprender, seja com os erros, acertos   ou com as pessoas que dividem o mesmo espaço de labuta. Me sinto feliz em dialogar teatro com os alunos, me vejo como nos tempos de universidade , só que no lugar tão importante e crucial do professor.
Nesta pagina virtual, aproveito pra divulgar um pouco desse trabalho que realizo:

No blog da escola:

Em nossa escola há exatamente um mês, realizamos aulas de teatro para atender aos alunos que se identificam com a linguagem artística afim, e os frutos já começam a surgir. Coordenado pelo professor Fábio Fernandes, os alunos aplicam técnicas em experimentos teatrais que visam educar o corpo em sua postura adequada para a cena e o cotidiano, incentiva o hábito da leitura, facilidade no improviso e na retorica, liberdade de expressar os movimentos corporais com maior fluidez, possibilita a disciplina individual e o trabalho mutuo em equipe além de possibilitar ao aluno a ampla liberdade de poetizar  seu conhecimento individual acerca da relação espaço-tempo erguidos pelo fazer teatral. 

As aulas teatrais ocorrem todas as segundas feiras, a partir das 9 horas com turmas de 6º ao 9º ano's, e ja se moldam os primeiros trabalhos cênicos. Os alunos da turma 1 ,(8º e 9º) estão investigando o universo poético do sertão seco e complexo do nosso Nordeste enquanto que a turma 2 (6º) experimentam a montagem da peça "A Cemente Mágica" de Walmir Ayala, o grupo 3 experimenta uma peça de autoria coletiva denominada "A Grande Confusão". 


Confira algumas imagens das aulas em questão:
  Grupo 2 - 6º ano
Proposta cenográfica do experimento atual
 Processo criativo


Veja mais : AQUI

O teatro que quer imitar a TV. (opinião)


Ao ler o seguinte artigo, lembrei de muitas produções teatrais que se aproveitam do sucesso de produções animadas da TV, para assim "garantirem" o respectivo retorno financeiro e ou simplesmente manter a cena teatral ou algumas casas de teatro funcionando. Na minha interpretação singular notei um certo radicalismo por parte do artigo em destaque, mas como creio que a arte é pre ser discutida e através do seu diálogo constante suprir nosso deleite ou (des)necessidade intelectual e pessoal.

DESENHOS DA TV NO TEATRO, VÊ SE PODE?


Por:  Paulo Sacaldassy

Antes de mais nada, quero deixar bem claro que sou e sempre fui fã de desenhos animados, aliás, eles também contribuíram na minha decisão por escrever. Quando criança, não perdia um, e hoje, mesmo sendo mais difícil, por conta dos compromissos, sempre que posso, dou um jeito de dar uma espiada em alguns dos meus desenhos favoritos, mas sempre gostei de assisti-los ali, na tela da TV, acontece que hoje em dia, resolveram levar alguns deles para os palcos do Teatro.

Desenhos da TV, é da TV, não tem nada a ver com teatro, teatro é outra coisa. Mas a cobiça, travestida de desculpa mercadológica e que no fundo não passa de ação oportunista, faz com que muitos produtores estejam produzindo espetáculos de teatro com personagens de desenhos que fazem sucesso na TV. Puros espetáculos caça-níqueis e que não acrescentam nada para a difusão e popularização do Teatro. São entretenimentos, e só!

Levar desenhos que as crianças assistem incansavelmente por horas e horas, confortavelmente em seus sofás para o palco do teatro, só tem um fim: o financeiro. É a busca do lucro fácil e a certeza de casa cheia, nada mais, esse é o intuito dessas produções. Já os espetáculos de teatro infantil de muitos grupos, mal conseguem espaços para suas apresentações e quando conseguem, quase não tem público.

Ver espetáculos apoiados em desenhos da TV ocupando espaço de grupos de Teatro que lutam para levar a arte do Teatro até a primeira infância, definitivamente não me agrada. Não é uma disputa justo, e muito menos limpa. Perde-se um tempo precioso oferecendo o quê? Nada! E cultura que é bom fica relegada a alguns poucos bem aventurados, enquanto as raposas embolsam os lucros fáceis.

É claro que é legítimo o direito de se produzir espetáculos calcados em personagens de desenhos animados da TV e cada um é livre para buscar a melhor maneira de como faturar o seu quinhão no mundo do entretenimento, mas uma coisa é líquida e certa, a dramaturgia infantil, definitivamente, não precisa dos desenhos da TV. Como diz o povo: cada um no seu quadrado. Desenhos, na TV e teatro infantil, no Teatro.

Eu sei que não há nada o que se possa fazer, apenas protestar e demonstrar o meu enorme desapontamento com aqueles que buscam lucrar com espetáculos baseados em desenhos animados da TV, que nada tem a ver com a história do teatro infantil no Brasil e no Mundo. O Teatro Infantil é um celeiro de ótimos dramaturgos, com histórias maravilhosas e encantadoras, capazes de seduzir qualquer criança sem a ajuda de nenhum dos desenhos da TV.

Agora, preciso terminar este artigo, pois senão perco o episódio do meu desenho favorito que já está quase para começar. E como não é todo dia que tenho tempo pra isso, vou ficando por aqui, pois desenho de verdade eu gosto de assistir na TV. Ah, antes que eu me esqueça, quero afirmar que no Teatro eu gosto mesmo é de ver uma peça de verdade.


Colaborou: Poucas Palavras de Paulo Sacaldassy; Foto: Peça "Os Smurfs"

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Barreira's Poétika's #6 ( Baboseiras, Cactáceas, Cegueira Lumi (nus), Composição Arbórea, Cabugizando e Encurralado)

 A ultima postagem da serie de fotografias "Barreira's Poétika's" traz um ensaio sobre a flora da caatinga potiguar. Nesse extrato imagético estão os fragmentos "Baboseiras, Cactáceas, Cegueira Lumi (nus), Composição Arbórea, Cabugizando e Encurralado".

Por: Fábio Fernandes

Envolto viajo pelo seco chão e vejo o verdume pairar
 Quero entender o motivo de tal resistencia...
Sobreviver a duros dias é missão árdua porém utópica real
Espinho-me numa resistência e proteção sobre as rochas da vida
 Cego-me, Clareia,  embassa o ver-me causticante
 De certo modo, confundo-me com esse ar de frigidez 

 Retorno a ver tudo em cores veridicas

 Curvo minha cabeça ao entender o brilho do tempo-espaço...
 Até entender que essa composição natural, ja se entrelaça com a minha arte-vida...

Consigo doravante perceber um caminho que ao ápice resultará
Porem minha estirpe, me possibilita viver eternamente a divagar sobre meu ser encurralado e livre segundo seus critérios torpes.


FIM 
Barreira's Poétika's

[Clipe] CAOS À VONTADE - NUVENS

Dica de banda alternativa:

Sem pausa não há respiro nem vazio
Sem silêncio não haveria qualquer som
Sem silêncio, não.

Se cria espaço pra poder ser preenchido
Só há sentido no olho do furacão
Tem mais sentidos quem tateia na escuridão

Acalma essa alma imoral.
Não se judia assim.
Nem tudo que é caos é mal.
Nem o que é errado é ruim.

Sem lado, não há torcida ou partido
Não há conflito e nenhuma solução
Se não há abismo não há salvação

Acalma essa alma imoral.
Não se judia assim.
Nem tudo que é caos é mal.
Nem o que é errado é ruim.

Desfazer, desorientar, desacelerar,
Desamarrar, destemer.
Desaprender, descompassar, destruir,
Desmembrar, desquerer.

Desafiar, despoluir, desalienar,
Desnudar, descobrir a voz.
Despertar, desiludir, deslimitar,
Despossuir, desatar os nós

Acalma essa alma imoral.
Não se judia assim.
Nem tudo que é caos é mal.
Nem o que é errado é ruim.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Barreira's Poétika's #5 - "Bode no Chiqueiro" e "Orgânicidade vegetativa".

Esta semana mais dois fragmentos da série Barreiras Poétika's. As sequencias de fotos são "Bode no Chiqueiro" e "Orgânicidade vegetativa". Confira:

Por Fábio Fernandes:

Ele caminha, vem, anda, vagueia...
No chão seco e petrificado, busca continuar a jornada incerta...
Prosto-me a essa natural exatidão inexata...
Se me resta o acalento do dia, me acurrala o pensamento singular...


Me cerca cercando o cercado cercado de ilusões fugidias
                           Defeca os sonhos decompostos
Refrigera o quentume do mato matoso...
 E findam o infinito campo das células cíclicas e infinitas do existir.