Em Buenos Aires, no ano de 2009, artistas e teóricos se reuniram em um simpósio, realizado pela Fundación Telefónica e pelo Instituto Sergio Motta de São Paulo, para discutir a presença das mídias móveis nos mais diversos setores da sociedade. Agora, os resultados dos debates podem ser conhecidos com a leitura do livro "Nomadismos Tecnológicos". Organizada pelo curador e professor titular da Universidade de Buenos Aires Jorge La Ferla e pela artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Giselle Beiguelman, a publicação reúne artigos de estudiosos e artistas ligados a importantes universidades e instituições de diferentes partes do mundo. Os textos abordam as mudanças do conceito de mobilidade através dos tempos, o impacto da chegada das mídias móveis sobre a sociabilidade e, principalmente, o uso das tecnologias móveis como suporte artístico. Nesse contexto, destaca-se o artigo do artista Lucas Bambozzi, que realiza uma abordagem crítica sobre a constante apropriação de novas tecnologias por artistas, argumentando que em geral eles a fazem sem a reflexão e o aprofundamento necessários. Já Wolfgang Schäffer, importante pesquisador sobre a história da ciência da Universidade de Humboldt, em Berlim, afirma que ao mesmo tempo que as tecnologias se tornaram massificadas e padronizadas, sua popularização resulta em novos paradigmas, principalmente no que diz respeito ao campo das imagens. Para Schäffer, a explosão do consumo de celulares com câmeras implicou no surgimento de um novo modo de produção audiovisual que se tornou referência para a produção de imagens na atualidade.
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