domingo, 17 de julho de 2011

Ara (By Lidiane Blanch3tT)

Infinita dor que me cobre,

Com seu gosto de mortandade.

Frias, carícias, frias...

Minha carne misturada a esta terra.

Dói o pouco ar que me resta,

Atravessa minha garganta

Como um soluçar doentio

Que silencio em meu seio torto.

Era de se esperar a vela, branca,

Quando toquei com o gelo das mãos.

Estou eu sim, nua, nostálgica,

Solta e só.

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