(Nesta cena , Artênio vem chorando por causa da doença de sua mãe - que piora a cada momento - encontra-se com Leopoldo, que na o ocasião, traz Martinha pra conhecer o noivo Lucilio)
ARTÊNIO – (Desesperado) Ai meu Deus o que é que eu faço da minha vida? minha mãe está piorando a cada momento e não tenho o dinheiro pra comprar seus remédios...
LEOPOLDO — Ora! Ora! Não é o pastorzinho que está em minha frente?
MARTINHA - Ele deve estar pedindo esmola, pois não tem mais trabalho, (Pra Leopoldo) eu não sei papai, porque o senhor teve que suportar este rapazinho, esse tempo todo trabalhando pro senhor, olha como ele é ridículo...
ARTÊNIO – Não sei o que te fiz Martinha, pra você me tratar tão mal desse jeito. Por você eu só tive respeito e é assim que me trata?
MARTINHA—Não posso fazer nada, se você se apaixonou por mim, sei que sou poderosa e maravilhosa, não deixaria de viver minha vida com um homem que me daria tudo pra ficar ao lado de um pobre coitado como você.
LEOPOLDO - Diga pra ele querida, onde você está indo agora.
MARTINHA— Nesse momento estou indo ao encontro do meu noivo –Um homem rico e com algum futuro pra me dar - não um coitado como você, pobre , ignorante e rabugento.
ARTÊNIO – (Irritado) Já chega! Minha mãe está doente e não tenho tempo à perder com suas criancices, breve vocês irão sentir o peso de um coração partido, agora vou á cidade encontrar algum bico pra trazer os remédios de mamãe.
LEOPOLDO—(Irônico) Vai com Deus meu filho, desejo melhorias pra vossa mãe.
ARTÊNIO – Obrigado, mas o senhor ainda me deve muita coisa.
LEOPOLDO-- Você sabe que estou falido num é?
ARTÊNIO – Passar bem. (Sai de cena)
MARTINHA --- Vamos papai, preciso conhecer meu futuro esposo.
(De repente Lucilio e Sebim se encontram com Martinha e Leopoldo no meio da rua, Sebim vai logo dialogando)
SEBIM – Ora! Ora! Num é que estávamos á sua procura seu Leó!
LEOPOLDO – Mas que intimidade é essa comigo?
SEBIM – Querida Martinha, eis o seu futuro marido, é um homem rico, inteligentíssimo e muito caridoso,é uma boa alma, vai até me dar dinheiro pra comprar roupas pra ir pro forró do Dagô.
LEOPOLDO – Isso é verdade meu filho?
LUCILIO -- É sim,(irônico) minha mãe me ensinou o quanto é nobre fazer o bem aos menos favorecidos, (Ignorando Sebim) ta dinho! ele é tão maltrapilho, coitado... este, a mãe teve pena de parir de tão feinho e desnutrido.
MARTINHA -- Papai , esse é o meu futuro marido?
LEOPOLDO – Sim filhinha, deixe que eu te apresento à ele.
MARTINHA -- (Tomando a frente do pai e se cumprimentando-o ) Olá Lucilio , a quanto tempo não é?!
LUCILIO – Oi queridíssima “milêide”, é um prazer cortejá-la!
SEBIM -- (Interrompendo) Eu também acho, mas só que tem uma coisinha, o meu dinheiro.
LUCILIO -- Já vai mendigo.
SEBIM--- Nada disso, eu quero agora!
LEOPOLDO – Quanto você quer pra cair fora, vagabundinho?
SEBIM--- Nada ,seu velho maricas.
LEOPOLDO – Mas o que é que você tem pra falar desse jeito comigo moleque atrevido?
SEBIM --- Eu e o (Irônico)”doutor” temos um assunto pra resolver, portanto deixe-nos ir, vamos doutor?
LUCILIO -- É sim senhor, vou ao banco com esse pobre trapo e já -já estou de volta.
(Saem)
LEOPOLDO – Alguma coisa está errada... essa história, ta muito mal contada.
MARTINHA— Vamos embora papai, não vejo a hora de falar com minha querida sogrinha!
(Saem)
LEOPOLDO – Bela sogra você foi arrumar! Mas são minhas ovelhas que estão em jogo!
ARTINHA—Como é que é papai?!
LEOPOLDO --- Nada “muié”, nada!
(Nessa hora Kakinha entra em cena desconfiada, pois ela viu e ouviu toda a conversa que houve naquele instante)
KAKINHA – Ah mas tio Leopoldo falou uma coisa , e ele tem razão, tem alguma coisa errada acontecendo, e eu vou descobrir o que é.. ah se vou!
(Apagam-se as luzes)
[fim do segundo ato]...
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