“O Final Sempre Desfecha”
(Dãããããã)
(Dãããããã)
SEBIM – Pois é isso ai que aconteceu, não me tornei barão... Martinha se casou com Lucílio...
MARTINHA --- Meu amor por favor me dá um celular, um vestido de 500 reais,um salto de 600,uma TV de plasma, quero grana pra ir ao cabeleireiro e quero ir pro forró do Dagô com a roupa mais elegante e cara que tem aqui nessa cidadezinha ralé.
SEBIM – Claro que boa mentira tem perna curta...
LUCILIO --- Quer saber sua mocréia, eu não gosto de mulher, tu é chata pra caramba! me casei contigo pra fazer os gostos de mamãe e pra provar que nenhum tal de Sebim seria capaz de me desafiar...
MARTINHA – Azar o seu, se gostar ou não gostar não faz diferença, eu não gosto de você mesmo, sempre soube que sua praia era o Tonhão , e só casei contigo porque é rico e não queria passar a vida toda sendo sustentada com o amor de um pobre roceiro...(Fica como estátua)
SEBIM – É claro que ela não esperava ouvir da boca do Lucilio, que ele era uma bixa pobre...(risos)
MARTINHA --- Nãããããããããããõ!
SEBIM – Claro que o jeito foi ficar sozinha e procurar Artênio pra trocar figurinhas, porque através da chantagem que kakinha deu em Mãezona , a mãe de Artênio se curou com o dinheiro da propina, e Artênio nunca ficou sabendo que Kakinha também sabia da farsa do Lucílio... O velho Leopoldo perdeu suas ovelhas e agora recebe em dia sua pobre aposentadoria, e claro que se juntou com Mãezona e parou de beber...
LEOPOLDO --- (Cantando) Garçom, aqui nessa mesa de baaaaaaaaaaaaaar! (Desmaia bêbado)
SEBIM – Pelo menos até onde sei... (Risos)
(Entra Artênio abraçado com Kakinha, e é abordado por Martinha toda maltrapilha)
MARTINHA – Por favor Artênio , precisamos conversar...
ARTÊNIO — Nossa , eu não acredito que ela pronunciou meu nome! Ta doente é?
KAKINHA - Azar o d’ela vamos embora d’aqui, que eu sou uma ex-drogada e posso contagiá-la.
ARTÊNIO — Não Kakinha, deixa eu trocar algumas idéias com ela...
MARTINHA - Que bom que você me deu essa chance.
ARTÊNIO — Pois fale logo, que tenho o resto do domingo pra curtir minha folga com minha noiva e futura esposa .
MARTINHA - Você ainda vai continuar nessa farsa? Você não ama a minha prima, eu sou o grande amor de sua vida, você vivia dizendo isso pra todo mundo...
ARTÊNIO — Pois é , agora você tem razão, eu ainda à amo, mas tu só quer saber dos bens que comprei com o suor do meu trabalho... e esquece que sou uma criatura que também tem sentimento. Tudo que você queria era casar com um cara rico, pois bem , você conseguiu.
MARTINHA - Você não pode fazer isso comigo, eu te amo Artênio.
ARTÊNIO — Posso sim, sei que você sempre me quis e que me ignorava por eu ser um pobre pastor de ovelhas, hoje por me ver um pouco bem financeiramente, viu a burrada que fez em não confiar em mim.
MARTINHA --- Não é isso, me perdoe, ainda há tempo pra sermos felizes.
ARTÊNIO — Esse tempo já acabou faz exatamente dois anos, tempo em que você ficou casada com um charlatão e que estava simplesmente nas mãos de Sebim, durante esse tempo trabalhei, estudei e agora sou respeitado, tenho a força do trabalho e nunca precisei usar os outros como escudo.
MARTINHA -- Me da uma chance pra eu provar que mudei.
ARTÊNIO — Não, você plantou o erro agora colha seus frutos.
MARTINHA– (Chorando) Por favor não faça isso comigo, você não ama minha prima, por favor!
ARTÊNIO — você tem razão , e como você mesma falou “nunca é tarde pra ser feliz”.
Espero que encontre alguém que te complete. Passar bem.(sai de cena com Kakinha)
(Martinha fica a se lamentar e cai no choro profundo)
SEBIM – Pois é Martinha, olhe só o que você conseguiu com tanta ambição, Nada!
Vai ficar pra titia, ao contrário de sua prima Kakinha.
(Pausa em cena, Martinha olha bem nos olhos de Sebim, e o observa dos pés à cabeça e de repente fala)
MARTINHA --- Ficar pra titia... é o que você pensa.
(Avança pra cima de Sebim e tasca um beijo suculento).
*(Caem as cortinas)
NARRADOR --- Moral da história: uma andorinha só não faz verão.
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