De uma lista de 15 museus mundiais considerados pela generalidade do público e por alguns orgãos de comunicação social dos mais assustadores, destacam-se museus como o Museu Vrolik, em Amesterdão, com uma colecção composta, entre outras, de peças, como espécies que sofreram de patologias diversas, embriões anómalos ou caveiras e ossos com uma formatação estranha. Entre outras coisas, é possível observar corpos de fetos siameses, pequenas colecções de ossos e de dentes, normalmente com problemas. Este museu é um espaço acinzentado, fora da moda actual, usado para estudo principalmente dos estudantes de Medicina da cidade. Consegue ser, para alguns “sites” turísticos, assustador e, por isso, não apropriado para crianças.
O Museu de Antropologia Criminal Cesare Lombroso, em Roma, é composto maioritariamente pela colecção do reconhecido criminologista italiano que dá nome ao museu. As suas maiores atracções são cabeças de criminosos e armas usadas por estes, coleccionadas por Cesare. Este criminologista acreditava que o interior dos cérebros dos criminosos seria diferente dos cérebros de outros indivíduos.
Outro museu, o Museu de Múmias de Guanajuato, uma pequena cidade no México, é composto por 108 corpos mumificados, mulheres na sua maioria, mortos por um surto de cólera que atingiu a cidade, em 1833. Os corpos foram desenterrados, entre 1865 e 1958, e acabaram por ficar preservados pela própria composição do terreno onde se encontravam.
Estes “museus” primam pela invulgaridade e encontram-se em expansão, no mundo de hoje. Reflectem mudanças nos modos de educar públicos, talvez acompanhadas de uma predisposição do público para tal. Quando estas mudanças passaram a ser a regra, tornaram-se banais. Ao se banalizarem, facilmente se tornou notório o impacto das mudanças que estes museus promoveram no espírito do público e que este acabou por “ir aceitando”. Talvez por mera e contínua interiorização. O que antes foi “mudança”, deixou de o ser. Tal como quando a poeira se levanta e acaba por assentar, inevitavelmente.
© Museu da Falologia, Pénis não Humanos (Wikicommons, Wellington Grey).
© Museu da Arte Má, Dedham, Massachusetts (Wikicommons, Kafka Liz).
© Museu da Arte Má, Dedham, Massachusetts (Wikicommons, Kafka Liz).
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