quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Leitura de pensamento (Lid Galvão)


Enquanto minhas córneas enxergam paredes invisíveis lustradas de tecidos cor de terra e minha loucura chega a seu ponto mais crítico aplaudido pela lei do silêncio, seu corpo ameaça abdicar de tal nobre forma nua, crua do arrependimento de seu carma. Era então, missão minha aflorar novamente sua despenteada vergonha, fazer-te aventurar em planos terrenos em quaisquer que fosse as estações, frias ou rosadas, mediante apelo soluçante de sua ainda viva vitalidade medonha, de uma filosofia administrativa grotesca em seus olhos oceânicos; doces e ainda assim: ponderáveis.

Folcloricamente suas carnes deliciam primórdios com veias de barro e sede insaciável, supre a decadente moralidade crédula de aspirantes a conservados. Naturalmente, embora o presente retroceda, e me abrace com suas patas e unhas grandes direto no peito seu, tenho a livre convicção de uma águia faminta a flanar rasteira sobre a relva que a decência foi extinta quando (supostamente) tiveram a ideia de inventar o ser humano.

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