segunda-feira, 28 de março de 2011

Contact Improvisation

Funk (Bó do Catarina - Vida loka também ama )

A gente está acostumado a ver geralmente o funk como música sem letra significativa, sem poesia e uma arte pejorativa, mas não podemos generalizar , uma vez que o funk é um estilo músical que prioriza o ritmo e uma batida diferente da música convencional, pois houve uma busca nos DJ's de experimentar novos ritmos para chegarem a esse resultado atual.
Resolví postar esse funk romantico pra lembrar que nem tudo está perdido, esse é o funkeiro Bó do Catarina interpretando "Vida Loka Tambem Ama", pra mostrar que não existe simplesmente algo fútil quando nos referimos ao funk brasileiro
.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Making Off - Bom Dia Bia

Pra quem viu o curta "Bom Dia Bia", eis a oportunidade de acompanhar um pouco do processo de gravação de video:


Processo de condução e direção do curta "Bom Dia Bia".

Direção: Fabinho Fernandes

com: Lamonielle Oliveira e Emanuelle Fernandes
2011

sábado, 19 de março de 2011

Trilhas Potiguares (UFRN)- Teatro- Pendencias 2010 parte 1

Ação realizada no Trilhas Potiguares 2010 (UFRN) no município de Pendências,onde trabalhamos com os grupos de teatro local, esse video mostra alguns depoimentos dos jovens da cidade sobre o nosso trabalho. Essas oficinas foram conduzidas por mim e Rose Lotte (colega de turma da univesidade do curso de teatro).

Veja o Video:

Pensamento (Ozeias Alves)

Do silêncio,
faz-se poesia
música
paixão
atenção
tudo!

menos mentira.

sexta-feira, 18 de março de 2011

(Ensaio) Circulo de giz cena 2

Como vejo o teatro de Bertold Brecht.

A visão sobre o teatro épico parte do pressuposto de dialogo com o espectador, fazendo com que o mesmo não se torne um mero observador da cena, mas um ser que pode dialogar com a obra. Percebo um teatro vivo, questionador e de certa forma implicante. Na perspectiva do teatro de Brecht, é comum um texto que busca revelar o fenômeno teatral, isso portanto possibilita que o encenador possa criar novas imagens baseadas nas que já estão escritas pelo teatrólogo alemão, não tornando o espaço cênico uma mera representação do texto.

Pensando na idéia de criar e “brincar” com a poesia do texto brechtiano , surge uma forma de estudar e montar sua obra, e podemos optar em montar “O Circulo de Giz Caucasiano”. Tivemos que cortar algumas cenas, devido ao tempo, espaço e a carência de atores, mas com todos os contratempos, foi possível montar um trabalho onde o que estava em destaque era a verdadeira essência da obra, a metáfora da disputa de terra, o direito de posse. Desta forma o processo criativo veio a tona , e desta feita conseguimos elaborar a imagem do circulo de giz e todo seu contexto segundo a proposta de Brecht.

O Circulo de Giz Caucasiano

O que faz desta peça a nossa escolha de trabalho é : A temática pertinente a disputa e o direito de posse da terra, no texto que Brecht usa por meio de uma metáfora bíblica , o direito de posse de uma criança, a qual levanta a questão de quem realmente tem o direito de possuí-la.

Neste video, os atores Paul Moraes e Stephane Louise experimentam a construção da segunda cena dessa encenação, sob a direção dos encenadores Hikel Brauwn e Fabinho Fernandes.

O Circo (Quarteto em Cy)

Canção que muito reflete o mundo da arte, em especial a arte circense, letra de "O Circo" do grupo Quarteto em Cy. Composição: Sidney Miller.

Vai, vai, vai começar a brincadeira
Tem charanga tocando a noite inteira
Vem, vem, vem ver um circo de verdade
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade

Corre, corre, minha gente, que é preciso ser esperto
Quem quiser que vá na frente, vê melhor quem vê de perto
Mas no meio da folia, noite alta, céu aberto
Sopra o vento, que protesta
Cai no teto, rompe a lona
Pra que a lua, de carona, também possa ver a festa

Bem me lembro, trapezista, que mortal era seu salto
Balançando lá no alto, parecia de brinquedo
Mas fazia tanto medo que Zezinho do trombone,
De renome consagrado, esquecia o próprio nome
E abraçava o microfone pra tocar o seu dobrado

Faço versos pra o palhaço que na vida já foi tudo
Foi soldado, seresteiro, carpinteiro, vagabundo
Sem juíz e sem juizo, fez feliz a todo mundo
Mas no fundo não sabia que em seu rosto coloria
Todo o encanto do sorriso que seu povo não sorria

De chicote e cara feia, domador fica mais forte
Meia volta, volta e meia, meia vida, meia morte
Terminado seu batente, de repente a fera some
Domador, que era valente, ante as feras se consome
Seu amor indiferente, sua vida e sua fome

Fala o fole da sanfona, fala a flauta pequenina
Que o melhor vai vir agora que desponta a bailarina
Que o seu corpo é de senhora, seu rosto é de menina
Quem chorava já não chora, quem cantava, desafina
Porque a dança só termina quando a noite for embora

Vai, vai, vai terminar a brincadeira
Que a charanga tocou a noite inteira
Morre o circo e nasce na lembrança
Foi-se embora eu ainda era criança
...
Ouça essa canção

http://www.4shared.com/audio/sy7sTL8x/Quarteto_em_Cy_-_O_circo.htm

quinta-feira, 17 de março de 2011

Arte Potiguar (Letto )

Meu Verso Mais Que Fiel - Letto
Videoclipe do cantor potiguar Letto, apresentado na semana de integração dos estudantes de teatro da UFRN 2011.

Música: Meu Verso Mais Que Fiel
Álbum: Pare, olhe, escute
Artista: Letto
Produção: Cosmofagitas [cine- Improviso]
Edição: Josie Pessoa
Direção: Josie Pessoa


quarta-feira, 16 de março de 2011

A Loucura De Hoje ( Lidiane Blanch3tT )


As lágrimas de ontem não rolaram

Alojaram-se no meu peito afugentado.

Escondi-me num pano negro,

E mesmo assim não foram embora.

Eu estava lá, coberta.

Senti que puxavam-me os pés

Gelei, e os trouxe de volta pra mim,

Para minh’alma envolta em luto.

Pensei apenas em sobreviver.

Então, me encolhi, respirando transparente.

Mas já não me havia túnel, nem luz.

Havia lobos ferozes de fantasia,

Que mordiam-me sem dó a mão.

Porém, apodreceram...

Restou-me a loucura de hoje.

RE-Postagem - As cores de Frida (Grupo Cores)


As Cores de Frida

Pensado a partir da vida e obra da artista plástica mexicana Frida Kahlo que autobiograficamente pintava quadros surrealistas, o espetáculo “As Cores de Frida” traz em cena a angústia do homem na contemporaneidade. Criadas, dentro do universo feminino, as cenas intimistas remetem aos sentimentos universais humanos, como o amor, a frustração, a dor e a esperança no recomeço. Com linguagem visual marcante, roteiro não linear, sonoplastia autoral,a apresentação induz o espectador à reflexão sobre o seu lugar; enquanto platéia, enquanto sujeito social e individuo.

“As Cores de Frida”, primeiro trabalho do “Coletivo Cores”, é formado por jovens artistas, em sua maioria estudantes dos cursos de graduação em Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN –. E nesta Universidade é Projeto de Extensão, o “Projeto Cores”,tendo como coordenador o Professor Doutor, artista plástico e muralista Marcos Andruchak.

O grupo já realizou apresentações em diversos eventos como o Festival “Usina da Cultura” em Mossoró-RN (2009), na Semana de Artes Cênicas da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE -, Recife-PE (2009) , no Encontro Nacional de Estudantes de Arte – ENEARTE - em Salvador-BA(2009) e em Ouro Preto-MG (2010), Semana de Designe da UFRN (2010) e no Departamento de Arte da UFRN, Natal-RN (2009, 2010).

domingo, 13 de março de 2011

Amigo Punk (Flores do Mal)

Como adoro essa banda baiana dos anos 80 gostaria de postar esse video que considero muito bacana.

Um clássico do rock soteropolitano, gravado nos imponentes estúdios da tv itapuã, lá pelos idos de 1987.

New Wave (Música)


New Wave é um género musical surgido nos meados da década de 1970 ao lado do punk rock. O termo new wave era considerado sinônimo do punk rock antes de se tornar um estilo musical independente, que incorporava elementos da música eletrônica musica experimental, mod, e disco assim como o pop dos anos 60. Nos anos de 1990 e2000 houve alguns revivals, assim como o surgimento de outros estilos influenciados pelo movimento.

O termo "New Wave" é fonte por si só de muita controvérsia e confusão. Ele era usado em
1976 na Inglaterra por inúmeros fanzines punks, como o Sniffin' Glue, além da impressa oficial. Em novembro de 1976, em um artigo intitulado Melody Maker, Caroline Coon usou o termo "New Wave" para caracterizar o som de bandas que não eram exatamente punks, mas que estavam relacionadas com a mesma cena musical. Por certo tempo os dois termos termos eram permutáveis, ora punk ora new wave. Nos EUA, a Sire Records precisava de um termo novo para conseguir comercializar as bandas que haviam acabado de assinar contrato com a gravadora, que freqüentemente tocavam no clube CBGB. Como os críticos e as rádios americanas chamavam o punk de monda passageira, a gravadora resolveu usar o termo "New Wave”. Os primeiros escritores americanos usavam o nome New Wave para caracteizar as novas ondas punks da Inglaterra. O historiador musical Vernon Joynson sustenta que a new wave surgiu na Inglaterra no final de 1976, quando diversas bandas começaram a se afastar o movimento punk. [6] A música que seguiu o anarquismo das bandas de garagem , como o Sex Pistols eram caracterizadas como "punks", enquanto a musica que tendia para a experimentação, complexidade lirica, ou até mesmo uma produção mais elaborada foi caracterizado com "New Wave".

A banda Talking Heads foi responsável pela definição do estilo New Wave naquela época. A sonoridade representava a ruptura do blues suave e do rock & roll dos anos de 1960 para o novo rock dos anos de 1970. De acordo com o jornalista especializado em musica, Simon Reynolds, a sonoridade era mais rápida e agitada no novo estilo. Os músicos da New Wave tocavam suas guitarras num andamento mais rápido que o comum naquela época. Os teclados eram recorrentes, e a estrutura das musicas tinham constantes mudanças de andamento. Reynolds também nota que os vocalistas cantavam de forma mais estridente, uma forma de cantar totalmente suburbana .


No Brasil
O movimento New Wave coincidiu com o surgimento do Rock Brasil , que foi fundamental para os alicerces do rock atual brasileiro. Basicamente as bandas e artistas da época importavam muitas das características sonoras e estéticas de fora. Aos poucos, porém, foi sedimentando toda uma estrutura inexistente, que acabou por colocar os fundamentos musicais do rock brasil. Não se pode falar de rock feito no Brasil, sem falar da geração 80. O mais interessante que o movimento New Wave no Brasil fundiu-se com o Punk, Diretas Já e o fim do regime militar. Realmente um caldeirão efervescente de idéias e ânimo.

Alguma referencia da New Wave no Brasil

Titãs (os Titãs do iê iê),Kid Abelha (e os Abóboras Selvagens),Eletrodomésticos, Fausto Fawcett (e os Robôs Efêmeros)Blitz,Metrô,Ira,Inimigos do Rei, paralamas do Sucesso, Legião Urbana,Neuzinha Brizola,Lobão,Alice Pink Punk, RPM,Plebe Rude,Radio Taxi,Dr.Silvana & Cia,João Penca & seus miquinhos amestrados,Léo Jaime,Barão Vermelho,Utraje a Rigor,Gang 90 & As Absurdettes, Tokyo...


Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/New_wave_%28m%C3%BAsica%29#cite_note-Bomp-6

sexta-feira, 11 de março de 2011

A patrulha está de olho em Didi Mocó

Vi essa crítica no Yahoo e resolvi postar aqui, neste blog.

Com o samba-enredo “De eterna criança a embaixador da esperança, Renato Aragão, Didi Trapalhão!”, um dos maiores comediantes brasileiros foi homenageado pela X-9 Paulistana no Carnaval de 2011.

Muita gente, infelizmente, conhece Renato Aragão pelo sofrível “Turma do Didi” ou pelos lamentáveis especiais como “Acampamento de Férias” e “Deu a Louca no Tempo”.

Porém, não se deixe enganar. Didi Mocó Sonrizep Colesterol Novalgino Mufumbbo. Com dois bês, importante lembrar. Nascido em Fortaleza (CE), amadurecido no Rio de Janeiro, é um dos maiores personagens cômicos do Brasil.

Ex-oficial do Exército e aluno de Direito da Universidade Federal do Ceará, Renato Aragão sonhava em ser comediante. Tímido, não se achava muito engraçado, mas queria fazer o público rir. A oportunidade surgiu em 1959, com a chegada da televisão em Fortaleza. Após passar em um concurso, começou a trabalhar como produtor, roteirista e diretor na TV Ceará.

Sua primeira tarefa foi criar um programa humorístico para a emissora. Sem experiência anterior na área, quebrou a cabeça para escrever uma história. Decidiu falar sobre a chegada da televisão e de um certo “passageiro Renato” na capital cearense. Não gostou do nome do personagem. Pensou em outro. O segundo que veio à cabeça foi Didi.

Renato Aragão não tinha intenção de interpretá-lo, pois não imaginava sair dos bastidores e ir para frente das câmeras trabalhar como ator. Mas, como nenhum integrante do elenco da emissora topou fazer Didi Mocó, ele criou coragem e encarnou sua criação no programa “Vídeo Alegre”. O personagem foi inspirado nos papéis que Oscarito, um dos comediantes mais populares do Brasil na época, interpretava nas famosas chanchadas cinematográficas.

Sucesso no Ceará, Renato Aragão desembarcou no Rio de Janeiro em 1964. Didi Mocó fez participações no humorístico “A E I O Urca”, da Tupi. No ano seguinte, migrou para a Excelsior, onde era a estrela principal de “Adoráveis Trapalhões”. Contracenava com o cantor Wanderley Cardoso, o ator Renato Corte Real e o lutador Ted Boy Marino.

Em 1971, foi para a Record, onde começou a formar o grupo que o sacramentou na galeria dos grandes personagens cômicos do Brasil. Ao lado de Dedé (Manfried Sant’Anna) e Mussum (Antônio Carlos Bernardes Gomes), Didi Mocó estrelava “Os Insociáveis”.

renatoaragao

Dois anos depois, os três foram para a Tupi, onde estrearam o programa que teria o mesmo nome com o qual passaram a se apresentar: “Os Trapalhões”. Nesta época, Zacarias (Mauro Faccio Gonçalves) ingressou no grupo.

Em 1977, “Os Trapalhões” estrearam na Globo. Foram anos de sucesso na TV e no cinema. Liderados por Didi Mocó, o quarteto – que antes era admirado apenas pelo público – começou a ganhar respeito da imprensa, principalmente após a boa recepção de “O Cinderelo Trapalhão” no Festival de Berlim, em 1979.

Em 1995, após a morte de Zacarias (1990) e de Mussum (1994), “Os Trapalhões” chegaram ao fim. Didi Mocó retornou para as telinhas três anos depois, com a estréia de “A Turma do Didi”.

Muita gente associa Didi Mocó apenas às crianças. Sem dúvida, o humor patético tem forte apelo junto ao público infantil. No entanto, o personagem carrega uma boa dose de crítica social.

Didi Mocó lembra João Grilo, de “Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna, e Macunaíma, do livro homônimo de Mário de Andrade. O personagem de Renato Aragão, que muitas vezes parece uma ode à malandragem, na verdade revela uma característica brasileira que, ao mesmo tempo em que garante a sobrevivência de milhões de pessoas, amarra o desenvolvimento social do país.

Dedé Santana, companheiro de Didi, afirma que não é fácil fazer humor nestes tempos de patrulha moral e imposição de arcaicos conceitos politicamente corretos. Segundo ele, quando começaram o humor era ingênuo e havia liberdade para fazer qualquer coisa.

“Hoje, não posso mais chamar um afrodescendente de ‘negão’. Eu seria processado na hora. Nos ‘Trapalhões’, brincávamos muito interpretando bichas. Se fizéssemos isso hoje, todo o grupo seria processado. Ficou mais difícil fazer humor hoje”, declarou recentemente.

Uma pena. A patrulha que insiste em transformar a televisão em algo insípida e estéril, permeada apenas de atitudes moralmente positivas – como se a moral fosse um conceito estanque e monótono – apagou o talento de um grande comediante, que hoje faz piadas tolas aos domingos, receoso de desagradar a audiência.

De qualquer forma, nada apaga o brilho de Renato Aragão. O do jabá, como o chamava o saudoso Mussum, tem valor indiscutível para o humor nacional. Sabe tudo!

Fonte: http://colunistas.yahoo.net/posts/9340.html

A Poesia Hall - ( Lidiane Blanch3tT )

Eu desejo servir a tua necessidade,

Guardar a tua alma já que não o faz.

Farias eu, sem aquele medo inocente

Que consumia-me os movimentos,

E tornava-me robótico na menor idade.

Eu era a amplitude visionária,

Tu apenas a amplitude tinhas.

Não fiz mais a não ser tocar-te visualmente o corpo,

Desde os cabelos finos amarelados até os pés.

Decorei um pouco teu modo de andar,

Servia-me em momentos de mais ansiedade.

Então, certa vez acertei-a nos olhos,

Mas como pude nada dizer!

Como pude nada dizer por horas, dias, anos!

Eu esperava o certo,

Mas o certo que alguém diria errado, certamente.

Mas quem agora vai dizer que eu não posso está certo?!

Claro, estará errado!

Pois, agora, vejo-te mais desejosa.

Por isso escrevo e escrevo sem parar,

Bem que imaginei que deveras ser algo.

Talvez não estivera, assim, mórbido,

Se tivera cedido a mim mesmo.

Mas, então, onde estaria a graça?!

Provavelmente eu estaria dormindo numa hora dessas,

Ao invés de estar aqui formando frases

E que tu se quer estimas alcançar.

Mas, então, onde estaria a graça?!

Senão no erro que todo tempo esteve certo,

E que aparenta o inverso porque nem eu me ajudo.

Sei apenas que desejo a tua necessidade,

Guardar a tua alma já que não o faz.

É que continuas insinuante como nunca.

Imagina só a minha inocência...

Não aquela inocência daquele medo.

Daquele medo de minha menor idade,

Mas, sim, porque pensei em instantes

Que podias paira o campo.

Mas poder, poder, poder, não podes não.

Senão onde estaria a graça?!

Eu desejo servir a tua necessidade,

Guardar a tua alma já que não o faz.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Experimentos- Registros

Aqui posto algumas imagens de uma encenação teatral que ocorreu na semana de integração dos novos estudantes do curso de licenciatura em Teatro da UFRN, nessa apresentação fiquei designado a coletar imagens das performances apresentadas no evento, confira a execução desse registro fotográfico.


Tragédia - Coisas da Carne (Fabinho Fernandes)

Re-Postagem de Meu segundo Curtametragem "Coisas da Carne".

Base cientifica para Justificar elementos desta obra
Tragédia (do grego antigo τραγῳδία, composto de τράγος "bode" e ᾠδή "canto") é uma forma de drama, que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade, frequentemente envolvendo um conflito entre uma personagem e algum poder de instância maior, como a lei, os deuses, o destino ou a sociedade. Suas origens são obscuras, mas é certamente derivada da rica poética e tradição religiosa da Grécia Antiga.
O filósofo Aristóteles teorizou que a tragédia resulta numa catarse da audiência e isto explicaria o motivo dos humanos apreciarem assistir ao sofrimento dramatizado. Entretanto, nem todas as peças que são largamente reconhecidas como tragédias resultam neste tipo de final catártico - algumas tem finais neutros ou mesmo finais dubiamente felizes. Determinar exatamente o que constitui uma tragédia é um assunto freqüentemente debatido. Alguns sustentam que qualquer história com um final triste é uma tragédia, enquanto outros exigem que a história preencha um conjunto de requisitos (em geral baseados em Aristóteles) para serem consideradas tragédias.

Sinopse

Um homem chega em sua humilde casa e encontra um animal assassinado,
e por isso sente todas as dores de uma perda, a poesia está proposta quando
o animal é substituído por uma pessoa que por ventura parecia ser muito amada.
Tanto que há uma "humanização" do animal .


Fonte

1ª Pessoa - Amigos de Teatro - Assu-RN


Neste carnaval , viajando por algumas partes do RN, passei pela minha querida cidade do Assu, lugar pelo qual tenho um grande carinho,pois durante 18 anos tive a honra de ser um cidadão assuense, neste período pude conhecer muito sobre esse município, desde seu espaço geográfico até os cidadãos que o compõe. Tambem fiz muitos amigos, e em meio as festividades carnavalescas re-encontrei alguns companheiros da arte, no caso : o teatro local. Amigos que fiz durante o processo do 1º Auto de São João, dirigido por Diana Fontes, com texto de Paulo Varela e grade elenco de Assu, como foi uma das primeiras experiências teatrais que me fizeram continuar a pesquisar esse campo das artes, deixo aqui a minha satisfação em re-ver esses artistas que tanto me admiro.
Talita Cunha,Wine Claine,Renato Mark, Danielle Kelly e Fabinho Fernandes.

As Cinzas Poéticas

Eis duas poesias dedicadas a quarta feira de cinzas, uma de um amigo que não conheço pessoalmente, mas que escreve divinamente suas visões cotidianas. Falo de Ozeias Alves do blog "Heroinas", este descreve de maneira ímpar sua visão poetizada da quarta feira de cinzas em "Todo Cinza".O outro é também um amigo que sempre aparece por aqui, falo do paraibano Mauricio Alexandre do blog "Sentimento das Horas", ele descreve em "Cinzas do Dito Carnaval" uma lembrança do que havia no periodo carnavalesco. Confira as duas versões poéticas de uma mesma idéia.

Todo Cinza

Sou carnaval
e o meu peito é a terra
onde samba o coração
fantasiado de amor
embriagado de felicidade
mas então o samba cessa
a ressaca vem
e a fantasia rasga
só nos resta a lembrança.

E os confetes se foram
estão varridos
os risos se perderam
os abraços marcaram
findou-se o carnaval
a quarta é de cinzas
e eu sou todo ela.
...

Cinzas do Dito Carnaval

é. tinha frevo, bloco e batuque
serpentina, confete, festa e cordão
a colombina, rei momo e o malandro
e o truque de quem se perdeu na multidão

na quarta a carne enfraqueceu
o que era fogo, agora é cinzas
vai, toca só mais um samba ai, seu!!


é que quinta volta tudo ao normal
ela moça tímida, ele velho ranzinza
e o que lhe restou?
as cinzas do dito carnaval.

...



terça-feira, 8 de março de 2011

Feliz dia da Mulher!

"Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores." Com essa frase genial da nossa saudosa Cora Coralina, publico o poema que mais se mostra fiel a força da mulher, parabens mulheres do mundo!

Todas as vidas
Cora Coralina

Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé do borralho,
olhando pra o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...

Vive dentro de mim
a lavadeira do Rio Vermelho,
Seu cheiro gostoso
d’água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde de são-caetano.

Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.

Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada, sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.

Vive dentro de mim
a mulher roceira.
– Enxerto da terra,
meio casmurra.
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos.
Seus vinte netos.

Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo alegre seu triste fado.

Todas as vidas dentro de mim:
Na minha vida –
a vida mera das obscuras.

domingo, 6 de março de 2011

O dito Carnaval ( Mauricio Alexandre)





é. nem tudo vai bem,
mas agora é normal
tem gente na rua, festa e riso
e no rosto um aviso
que isso tudo é legal!

bem que o velho gonzaga falou
"cê merece!", tá dito,
e há tempos que isso tudo é igual

mas hoje é dia, é noite
e você se guardou
o ano todo esperou
enfim chegou o dito carnaval!!



Maurício Alexandre.

sábado, 5 de março de 2011

1ª Pessoa- (Carnaval Cultural =)

Neste período carnavalesco, andei percorrendo alguns lugares do meu querido Rio Grande do Norte, e tive grande alegria ao perceber que na minha cidade natal (Lajes do Cabugí ) se cultiva um movimento cultural de grande valor etnocêntrico¹ até então desconhecido pra mim ; Falo do cortejo denominado Zé Pereira, o qual ha alguns anos fora resgatado por pessoas interessadas no valor dessa manifestação popular.
O cortejo é uma homenagem a esse antigo carnavalesco: O Zé pereira. Muito me deixou feliz o fato de ver as pessoas saírem de suas casas para participarem de uma manifestação lúdica² de qualidade, o público era do mais jovem ao mais idoso, tudo regido por uma bandinha de fanfarra ao som de músicas vindas do frevo³ e marchinhas “clássicas” de antigos carnavais. Esse cortejo abre o carnaval do município, a sexta feira às 00h00min e percorre toda a cidade, muita disposição dos populares fazem desse evento uma verdadeira obra de arte, pois deixa claro a organicidade cultural e étnica.
O que se torna importante neste exemplo de evento é a prova de resistência de um movimento cultural em meio a um carnaval extremamente capitalista e sem total qualidade, onde se explora a venda de idéias vazias, musicas sem qualidade alguma e extrema apelação, por trás de um divertimento sem fundamento e motivos de verdadeira festa consciente.Desde já parabenizo os responsáveis por esse evento, e desejo que continuem olhando o valor artístico-cultural com mais prudência e qualidade. Parabéns!











Eis-me aqui com um amigo blogueiro Lagense de "Lajes do Cabugí" o vereador Canindézinho, o mesmo forneceu algumas informações sobre esse evento.

... Glossário
1-Etnocêntrico – Referente a uma raça ou povo
2-Lúdico – Relativo a jogos e brinquedos (Brincadeiras)
3- Frevo – Musica e dança em Andamento rápido, originalmente africana,dançada em conjunto mas individualmente sem formação de pares.

RE- Postando : Bom Dia Bia (Fabinho Fernandes)

Essa Re-postagem do curta Bom Dia Bia veio com uma informação científica adicional, crucial para o esclarecimento contextual desta obra, baseado na teoria dos estágios de desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson: o estado da confusão de identidade que marca o período da adolescência. É neste estágio que se adquire uma identidade psicossocial. O adolescente necessita compreender o seu papel no mundo e tem consciência da sua identidade. Nesse período acontece uma recapitulação e redefinição da identidade (chamada crise da adolescência). Os fatores que contribuem para a confusão da identidade são: perda de laços familiares, falta de apoio no crescimento, expectativas parentais e e sociais divergentes do grupo, dificuldade em lidar com a mudança, falta de laços exteriores a família e insucesso no processo de separação entre a criança e as figuras de ligação.

Siopse
Bom Dia Bia - Uma menina de 9 anos sente-se no direito de boicotar sua infância, quando de repente se vê mulher, o que causa em sua irmã menor o medo de perder a unica irmã com a qual se diverte, o que a deixa com determinada revolta interior a ponto de se tornar mal humorada. Tudo que Bia quer é ser mulher, desta forma antecipa o seu desejo tão almejado usando roupas maiores, os saltos possivelmente da mãe e assume uma postura corporal que não condiz com sua idade. A não aceitação de tempo-espaço de Bia rege toda a trama dessa obra.

Reveja "Bom Dia Bia"

Arte Periférica- Ursos de Mossoró RN

Gostaria de divulgar essa manifestação cultural que muito me chamou a atenção, no aspéctos que condiz a resistencia da arte em meio as manifestações culturais que se mostram detidas pelos processos capitalistas e a falta de investimentos pelo poder público em muitas as vezes. Eis um video sobre os ursos, um bloco de carnaval feito por alguns adoescentes de Mossoró, aqui no nosso belo Rio Grande do Norte.

Veja o video

quarta-feira, 2 de março de 2011

Hoje A Lua Me Seguiu ( Lidiane BlanchetT)

Não era escuro nem nada.

Nem muito tarde, nem muito

cedo. Via-se pingos de gente

nas calçadas aqui e acolá.

Ainda assim, ela se atreveu

a observar o meu percurso,

macia, como se já tivéssemos

combinado uma rendição.

Pensei rápido, antes de

apressar o passo:

Até que não seria má ideia.

Diferente de outros dias, ela

estava frente a frente comigo.

Parecia que tinha a necessidade

de me contar algo inédito.

Dizem que ela é feita de queijo.

Talvez por isso estivéssemos

nos encarando.

Por que assim feito ela, um

rato tinha me roubado a metade.