Não era escuro nem nada.
Nem muito tarde, nem muito
cedo. Via-se pingos de gente
nas calçadas aqui e acolá.
Ainda assim, ela se atreveu
a observar o meu percurso,
macia, como se já tivéssemos
combinado uma rendição.
Pensei rápido, antes de
apressar o passo:
Até que não seria má ideia.
Diferente de outros dias, ela
estava frente a frente comigo.
Parecia que tinha a necessidade
de me contar algo inédito.
Dizem que ela é feita de queijo.
Talvez por isso estivéssemos
nos encarando.
Por que assim feito ela, um
rato tinha me roubado a metade.
4 comentários:
Andei muito inspirada na composição desse poema. Abri mão da metáfora nesse dia, pelo menos no aspecto lua. Se eu tentasse descrever hoje é provável que não obtivesse êxito. Lindo poema, amo a encenação dessas palavras.
Que lindo Lidiane... sou seu fã muito intenso, muito toetico...
Somos fãs da Li... muito intenso mesmo0!
Brigada Rapazes. Também sou sua fã Mauricio. Fábio, nem se fala... adoro!
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