Como vejo o teatro de Bertold Brecht.
A visão sobre o teatro épico parte do pressuposto de dialogo com o espectador, fazendo com que o mesmo não se torne um mero observador da cena, mas um ser que pode dialogar com a obra. Percebo um teatro vivo, questionador e de certa forma implicante. Na perspectiva do teatro de Brecht, é comum um texto que busca revelar o fenômeno teatral, isso portanto possibilita que o encenador possa criar novas imagens baseadas nas que já estão escritas pelo teatrólogo alemão, não tornando o espaço cênico uma mera representação do texto.
Pensando na idéia de criar e “brincar” com a poesia do texto brechtiano , surge uma forma de estudar e montar sua obra, e podemos optar em montar “O Circulo de Giz Caucasiano”. Tivemos que cortar algumas cenas, devido ao tempo, espaço e a carência de atores, mas com todos os contratempos, foi possível montar um trabalho onde o que estava em destaque era a verdadeira essência da obra, a metáfora da disputa de terra, o direito de posse. Desta forma o processo criativo veio a tona , e desta feita conseguimos elaborar a imagem do circulo de giz e todo seu contexto segundo a proposta de Brecht.
O Circulo de Giz Caucasiano
O que faz desta peça a nossa escolha de trabalho é : A temática pertinente a disputa e o direito de posse da terra, no texto que Brecht usa por meio de uma metáfora bíblica , o direito de posse de uma criança, a qual levanta a questão de quem realmente tem o direito de possuí-la.
Neste video, os atores Paul Moraes e Stephane Louise experimentam a construção da segunda cena dessa encenação, sob a direção dos encenadores Hikel Brauwn e Fabinho Fernandes.
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